Capítulo 6.

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Esquizofrenia? Escutara bem? Isso não é possível, dentre muitos problemas que Peter pensou que Wade poderia ter, ele não saberia citar exemplos agora que estava tão surpreso, esquizofrenia era suas últimas opções, porque quando se tem alguém tão próximo a si, e você realmente a considera algo, isso se torna um impedimento de querer algum mal para ela.

- Esquizofrenia? D-Desde quando? - ele se pragejou por gaguejar, demostrando seu nervosismo.

- Ah, Petey, a história é longa e os  remédios deixam a gente com sono, queremos dormir - ele bocejou, dando ênfase ao seu estado sonolento.

- Ok... -  falou enquanto observava o mais velho,  que deitava na cama - mas me prometa que quando acordar vai me explicar direitinho.

- A gente promete foder você até nosso pau cair - murmúrio sonolento, não intendendo realmente o que estava prometendo - a gente promete.

Peter, um pouco contra sua vontade, continuou á adiantar alguns trabalhos, coisa que ele via que seu colega de quarto pouco ligava pra fazer. Sentindo o desânimo bater assim que olhou para os livros, ele quis gritar só de imaginar ter que fazer aquilo tudo sozinho.

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Wade acordou meio grogue por conta do sono recente, se sentindo um pouco, ao menos mais que o normal, lerdo. O rapaz olhou em volta e deparou-se com um Peter o encarando pensativamete. E aos poucos, poucos mesmo, ele foi se lembrando do que foi exigido a si antes de se deitar, por isso tentou fingir que ainda estava dormindo. Tentativa essa que foi falha já que Peter percebera.

- Nem adianta, Wade, você prometeu e você vai cumprir.

O mais velho suspirou pesadamente e endireitou-se, ficando sentado de frente com o menino questionador.

- Ok. O que você quer saber da gente?

- Sua história - o mais novo o olhou atentamente, respondendo rápido e direto.

- Bem... - Wade suspirou e resolveu que já era hora mesmo de contar, ao menos se ele queria alguma coisa com o rapaz de cabelos castanho e bunda grande - sabe aqueles caras que vieram falar com a gente depois da aula de Educação física? - o mais novo assentiu, prestando bastante atenção - então, antes a gente fazia parte do mesmo grupo, tipo uma gangue, ou alguma coisa assim. Uma vez, quando voltei de uma noitada, tipo a gente bebeu muito mesmo, meus pais estavam discutindo mais uma vez, aí a gente já tava bêbedo pra caralho e resolvemos esquentar alguma coisa pra mandar pra dentro. Até que eu ouvi alguma coisa caindo no chão - ele baixou o olhar, e Peter resolveu relevar o fato do mais velho estar trocando os pronomes e sujeitos das suas próprias falas - e aí, quando a gente foi olhar, encontrei minha mãe jogada com a mão no rosto e meu pai apontando o dedo pra ela. Eu não me lembro muito bem do que aconteceu depois disso, só sei que eu bati nele até minhas mãos não aguentarem mais, e depois uma explosão e fogo, muito fogo. O resultado foi que a gente ficou com essa cara de maracujá podre e com sequelas da esplosão, que no caso foi a esquizofrenia.

Peter não tinha expressão definida, algo que mesclava entre compaixão e confusão, ele queria fazer mais perguntas, mas não sabia como o mais velho reagiria, então teriam que ser feitas com calma.

- E como você está em relação à isso?

- Estamos bem Petey, a gente tem você - deu de ombros.

- A mim? - perguntou confuso.

- Sim, quando você está com a gente, elas não falam coisas ruins, elas dizem coisas boas.

- Como o que?

- "Abraçar", "beijar", "proteger" e o melhor...-  ele ergueu a sombrancelha sugestivamente - "foder", mas claro, de um jeitinho carinhoso.

  Falando seriamente? Não há como ficar um clima tenso quando se estamos falando de Wade Wilson. O rapaz mesmo que involuntariamente consegue arrancar um sorriso de qualquer um.

  Mas o grande "x" da questão é que: como Peter poderia estar ajudando sendo que ele mesmo não sabia da história?  Ok, Wade sim, realmente precisa de ajuda. Mas como? É claro que Peter percebera que ainda faltam algumas partes dessa história, mas ainda sim, deixaria para perguntar ao mais velho em outro momento. Eram informações demais para um dia só.

Peter olhou atento para figura a sua frente. Wade parecia manter uma conversa interna com as "elas", e pelo que Peter entendeu, "elas" deveriam ser as vozes que lhe tanto atormentam. O mais velho maltratava o tecido do moletom, apertando-o  freneticamente em seus dedos.

- Ainda está com fome? - perguntou atraindo a atenção do encapuzado.

- Óbvio, a gente poderia comer um cavalo, menos as bolas é claro, você já viu o tamanho daquele caralho? É enorme, da até pra f... -

- Wade?! - Peter o chamou antes que essa conversa fosse mais além -  só vamos para o refeitório, ok?

- O baby boy fala, a gente obedece - falou, passando o braço ao redor do pescoço do castanho e puxando contra seu próprio peitoral.

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Continua...

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Obrigada por lerem meus anjos!!!

Até a próxima.

BJS ♡♡

Colegas De Quarto Onde histórias criam vida. Descubra agora