Capítulo 8.

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Lembram o quanto é reconfortante a frase "Tá com Wade, tá com Deus"? Pois é, Peter não está se sentido muito reconfortado caminhado ao lado de Wade para um lugar que ao menos conhece. O que não importou muito para o mais velho, já que ele não para de tagarelar sobre qualquer coisa que o castanho não estava interessado.

O que ele realmente estava prestando atenção era na decoração daquele bairro classe média baixa. O cheiro de cigarros e sexo emanava dos becos próximos em que eles passavam. Os moradores pareciam pouco se importar com o estado de poluição que estava o próprio bairro.

E de repente, como tudo que envolvia o mais velho, Wade parou, parou de falar e passou o braço ao redor da cintura de Peter de maneira protetora, ou até mesmo pocessiva, se for levar em conta o aperto no local, enquanto passavam por um grupo de rapazes, que até poderiam ser bonitos, não que Peter que estivesse reparando, estes rapazes pareceram reconhecer Wade, que portava uma carranca.

- Olha só quem resolveu dar as caras - um moreno se pronunciou de maneira debochada.

- Meus olhos estão me traindo, ou Wade Wilson está bem aqui na minha frente?! - um outro cara falou.

O incapusado suspirou e voltou a sua expressão debochada de sempre.

- Vamos lá, vira-latas, nós não queremos arrumar problemas com vocês, só queremos passar.

- Você já está arrumando problemas, Wade - o moreno rebateu - Venon andou vasculhando a minha área atrás de você. E você sabe que eu não gosto disso.

- Mas eu pensei que fossemos amigos - falou de uma maneira falsamente triste - você está nos devendo algumas coisas, e veja, eu nem te cobrei. Então, só nos deixe passar.

- Ok - o "chefe", aparentemente, autorizou, sem escolha alguma - mas quem é o bonitinho?

- Não interessa! - Wade respondeu, rude - mas está comigo.

- Boa escolha, Wilson, prefiro ele do que seu antigo brinquedo - sorriu sarcástico ao ver a fúria nos olhos azuis do outro - deixem eles passarem.

O aperto na cintura de Peter se afrouxou ao que começaram a se distanciar dos rapazes. O castanho podia sentir que Wade fica tenso com aquela situação, por isso ele repousou a mão encima da do outro e a deixou ali.

Wade relaxou um pouco, mas logo em seguida pigarrou para chamar a atenção do outro. E feito, Peter o deu total atenção.

- A casa do velho Logan é ali! - ele apontou para uma casa não muito desigual das outras, algumas diferenças eram nítidas, mas eram pouquíssimas.

Após andarem mais alguns metros e atravessarem a rua, chegaram na residência de aparência antiga.

Wade, como não é uma pessoa normal, ao invés de tocar a campainha, onde era um movimento simples de apertar a porcaria do botão, ele simplesmente resolveu "imitar" o som, o que claramente não saiu como o esperado.

Logo o som de trancas sendo desfeitas puderam ser ouvidas, e em seguida um homem que aparentava ter seus cinquenta anos, cabelos escuros e olhos igualmente apareceu. O olhar do homem pairou sobre Wade e ergueu uma de seus sombrancelhas.

- Você ainda está vivo? - ele perguntou com certa surpresa e o sarcasmo evidente.

- Nós que deveríamos perguntar isso - zombou - e a propósito, esse é Petey, e Petey, esse é o milenário Logan.

O homem mais velho examinou o castanho, dos pés à cabeça de um modo totalmente descarado.

- Ei, garoto! - chamou a Peter - ele está te ameaçando, ao algo assim? Porque você me parece normal demais para andar com esse desmiolado.

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