Colegas De Quarto

Capítulo 18.

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Quando o táxi enfim estacionou em frente ao prédio, os cinco amigos encararam a fachada destruída do local. O prédio era, apesar da localização ser em um bairro nobre, tinha toda uma estrutura destruída, que, no projeto inicial, deveria ser um hospital. Mas de um todo, era ruim.

- O que, exatamente, nós estamos fazendo aqui? - Gwen falou, dando voz ao questionamento de todos os outros.

Peter a olhou. Gwen, assim como os amigos, não sabia o que estava acontecendo. Aliás, nem o Parker sabia ao certo o que está acontecendo, obviamente, ele tem uma noção, mas saber, ele não sabe.

Flash tinha seus braços ao redor do namorado, ambos com uma expressão preocupada. Mary Jane, com os cabelos um pouco bagunçados, ostentava a mesma expressão. Eles pareciam se importar, e Peter confiava neles, apesar de um fundamental turbulento, todos são seus melhores amigos.

- Acho que.... que o Wade está aí dentro -  ele falou, a voz um pouco grogue. Parker nem havia percebido o momento em que começara a chorar.

- E.... Por que o LeléWade estaria nesse moquifo?

O apelido totalmente estranho que Harry havia dado a Wade a alguns dias quase fez Peter rir. Quase. Ele amava o jeito que seus amigos aceitaram o Wilson tão bem no grupo.

- Eu espero, realmente, que minhas intuições não estejam certas - o moreno declarou, não tendo confiança em sua própria fala.

                               ...

Ao entrarem no lugar, puderam confirmar que o prédio estava mais destruído por dentro do que por fora. Eram cascalhos espalhados por todo canto, o cheiro de cimento e poeira predominaram em seus olfatos, dando-os uma leve dor de cabeça.

- O que nós estamos procurando? -  Flash questionou, desviando de uma pilha de blocos quebrados.

- O Wade - o castanho respondeu.

O restante do grupo se entreolharam confusos, não sabendo se perguntavam o porquê ou não, obviamente dava para ver que Parker estava abalado, mas o motivo de tal abalo era a questão.

Eles subiram, em algo que deveria ser uma escada, em direção, a algo que também deveria ser o segundo andar do prédio. Os destroços pareciam não ter fim, nem parecia que um dia aquele local teve uma afinidade maior.

Quando todos conseguiram, desajeitadamente, subir no local, eles se separaram, decidindo que juntos não conseguiriam ver uma grande proporção do prédio, porque bem ou mal, o edifício era amplo e, por mais infantil que isso soe, eles tem aula amanhã.

Peter seguiu por onde ele acha que é a recepção, podendo ver o que restara do balcão. Olhou em volta, não achando nada, também levantou alguns destroços, obviamente os que conseguia, mas também não achar nada.

O Parker já se sente agoniado com toda essa situação. Essa coisa de não saber o que pode estar acontecendo, afinal, ele sempre fora uma pessoa que nada, nunca, saída da rotina e de seu controle. As vezes ele se pega pensando que em um mês de namoro, ja tivera mais emoções do que em seus dezessete anos de vida.

Expulsando os pensamentos, ele resolveu olhar em outras direção, sentindo lágrimas de frustração banhar seu rosto ao não ver nada.

- GENTE! PETER! PETER! - o Parker ouviu, não muito longe dali, os gritos histéricos de Flash.

Ele correu, como pode, pelos destroços, até onde ele acha que o loiro poderia estar. Peter cambaleou algumas vezes, mas pode assim, avistar Flash. Por estar atrás de um pequeno murinho de destroços, o loiro olhava de modo totalmente horrorizado para algo no chão.

Parker chegou ao seu encontro, encarando os olhos verdes amedrontados do amigo. Ele estava pronto para queriona-lo do porquê daquela expressão quando resolveu seguir o olhar do outro e, quando o fez, senti lágrimas se acumularem em seus próprios olhos.

- Wade...- ele susurrou, não sabendo se teria forças para outra coisa.

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Vo continuar quietinha