Capítulo 4 - LAURA

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Olás, amores meus!

Deu até saudade de vocês.

Gente, estou escrevendo o final desse livro e genteeeeeeeem estou muito apaixonada!

Esse com certeza será um dos meus queridinhos, dos meus xodós, espero muito que vocês gostem também e se apaixonem como eu.

Um beijão pra vocês e uma linda semana!

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Acordo com o barulho do despertador me sentindo tão cansada quanto na manhã anterior. Minhas duas últimas noites foram tão mal dormidas, que meu corpo reage como se eu não dormisse há muitos dias. Tão logo me lembro que ele está logo depois dessa porta, dormindo em meu sofá, me coloco de pé. Não sei onde estava com a cabeça quando o convidei a entrar, de repente parecia que ambos estávamos cansados demais.

Lavo o rosto, escovo os dentes e me visto para trabalhar, acordo Eva e então o observo encolhido em meu pequeno sofá na sala. Dorme pesado, como se não tivesse passado a noite fria sentado na calçada, na minha porta. Ele continua um louco. Apesar do sono, suas feições são a de alguém extremamente cansado. Imagino como deve ter sido difícil a notícia da iminente morte de seu pai. Quando foi comigo, isso quase me levou também. Um dia eu tinha tudo, no outro, nada. A morte dele foi um divisor em minha vida.

Lembrar disso me faz lembrar que a prisão de João Pedro foi o outro divisor em minha vida.

— Acorda! — chamo e ele nem se mexe.

De repente Eva aparece com a carinha de sono de toda manhã. Ela detesta acordar cedo. Assim que vê o pai, seu rosto se ilumina, ela corre pela sala e pula sobre ele, acordando-o no susto. Ele finge não saber o que o está dominando e se vira, prendendo-a nos braços e fazendo cócegas que a fazem rir alto.

— Eva, já escovou esses dentes?

— Eu já vou, mamãe — responde saindo do colo do pai e correndo até o banheiro.

Junto as pastas que vou precisar hoje enquanto ele se espreguiça, dobra o cobertor que emprestei a ele e o deixa em um canto no sofá. E preciso me segurar para não comentar. Quando éramos casados, ele nunca dobrava a própria coberta. Ele anda devagar até a cozinha, onde estou. Toma mais um pouco do café, esse café que até agora não entendo porque fiz. Depois de tomarmos, fugi como uma covarde, e ele se aconchegou em meu sofá ao invés de ir embora, como deveria.

— Obrigado pela estadia. Foi só pela manhã, depois de eu ter quase congelado lá fora, ainda assim obrigado — diz.

— Não há de quê — respondo sem olhá-lo.


Um motorista nos espera quando saímos. Não consigo esconder o quanto estou nervosa por estar entrando nessa casa, por ver de novo aquele monstro cruel. João Pedro disse que as maldades do pai foram para puni-lo e não a mim. Ele não podia estar mais errado. Ele não faz ideia do que já passei com seu pai, quando ele não estava, mas não vou contar isso a ele agora, quando o homem está prestes a morrer, quando nossa única relação é a de pais da Eva, e nada íntimos um do outro. Nem faria sentido remexer nessa parte do passado.

— Amor, escuta — chamo minha pequena quando o carro se aproxima da mansão Fagundes. — Você vai conhecer agora o seu avô. Ele é pai do seu papai.

— Eu sei, o papai me disse. Eu estou bonita? Você acha que ele vai gostar de mim? — pergunta preocupada.

— Você é a coisa mais linda desse mundo e ele te ama mesmo sem te conhecer — garante João Pedro arrancando um sorriso aliviado dela.

Desde que errei - DEGUSTAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora