Compass

117 27 222
                                    




Vimos o sol se por na praia de Santa Mônica, comemos um hambúrguer e fomos todos para o carro de Noah. Eu e John estávamos no banco de trás, ele segurou minha mão e acariciou com seu polegar.

-Acha que tem problema se eu parar na sua casa? Acho que precisamos conversar.

-Claro que não, Miller. – Abro um pequeno sorriso. – Você sabe que sempre será bem-vindo na minha casa.

O moreno sorri de volta e continua a segurar minha mão.

No silêncio, só consigo pensar sobre suas palavras. Ele não estava pronto para ter um relacionamento sério, ele estava passando por situações difíceis e não conseguiria ser o namorado que eu mereço. O que John não percebe, é que tudo o que eu quero é estar ao seu lado, em seus melhores ou piores dias. Eu preciso mostrar isso para ele.

Olhando pela janela do carro, as luzes das casas e prédios passam como um borrão. O tempo passou depressa, e nem percebi quando entramos na pequena cidade de Sunset Hills e paramos na frente da minha casa.

-Emma. – John aperta levemente minha mão e eu acordo de meus devaneios.

-Han, oi. Obrigada Noah. – Me inclino e dou um beijo em sua bochecha para me despedir. – Tchau amigo, me chama depois?

-Claro, tchau Emma. – Ele sorri para mim.

Aceno para Melissa e saio do carro. Ando em direção a porta procurando as chaves em minha bolsa enquanto John se despede dos dois. Percebo que as luzes dos cômodos estão todas apagadas e que provavelmente meus pais não estão em casa.

Alguns segundos depois ele se junta a mim e entramos na sala.

-Emma eu acho que talvez tenha me expressado mal lá no píer. – Vejo seu olhar chegar em mim assim que eu acendo a luz. – Eu gosto muito de você, e não quero que você duvide disso por um segundo... – Ele se aproxima de mim e me encosta na parede. – Não vou deixar que nada nos afete. Entendeu?

-Mas você disse que...

-Eu sei o que eu disse, ainda mantenho que não estou preparado para namoro ainda, mas eu quero você e quero estar com você. Eu não quero estragar o que a gente tem.

Sua boca encosta na minha, ele me beija como se nunca mais na vida fosse fazer isso. Suas mãos passeiam pelo meu corpo e param na minha cintura enquanto ele junta nossos corpos.

- O que acha de subirmos? – Pergunto ofegante. – Para o meu quarto?

-Vamos. – Responde, igualmente ofegante.

Assim que chegamos no quarto, ele me deita na cama e fica por cima de mim. Sinto seus lábios tocando meu pescoço e cada pelo do meu corpo arrepia. Entrelaço minha perna em seu quadril.

O beijo começa a esquentar cada vez mais até que eu começo a beijar seu pescoço e arranhar suas costas.

-Emma... – John sussurra em meu ouvido. – Emma, espera. - Ele sai de cima de mim e deita do meu lado. – Não vamos fazer nada que você não queira fazer, sabe disso né?

-Sei. Mas acontece que eu quero. – Digo enquanto volto a beijá-lo.

John me coloca em seu colo e o beijo começa a esquentar novamente. De repente (e no momento mais inoportuno de todos), ouço a porta de entrada sendo destrancada. Saio rapidamente de eu colo.

-Meus pais.

-Seus pais... E agora?

-Vamos fingir normalidade.

Acendemos a luz do meu quarto e ajeitamos a cama.

-Filha, está aí? – Ouço a voz de minha mãe falando alto.

The BeginningOnde histórias criam vida. Descubra agora