Capítulo 19 - Reconciliação

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Ele me puxava feito louco pela floresta em que estávamos e eu não conseguia dizer nada. Estava tão atordoado com a situação anterior e deveras aterrorizado. Sim, eu já tinha visto ele matar alguém antes, mas não dessa maneira e não duas vezes seguidas com um assassinato extra.

— O que aconteceu? O que... O que? - Ainda babulciando qualquer coisa e tentando processar exatamente o que havia acontecido naquela casa, eu me soltei de sua mão com força e me recusei a seguir em frente.

— Fala comigo merda! O que tá acontecendo? - Gritei andando pra trás.

— Eu vou te dar a sua liberdade, mas não vai ser tão fácil quanto parece. Na verdade é mais complicado do que isso e não temos tempo.

— Como não temos tempo? Você matou todo mundo daquela casa, não tem mais ninguém nos perseguindo, certo? - Questionei me sentando na raiz de uma árvore.

Ele bufou irritado e se abaixou a minha altura.

— Olha, eu não matei Hugo, só o acertei para termos tempo de fugir. Ele vai acordar e vai avisar os outros então temos que sair daqui. - Explicou.

— Que? Que outros? Como assim?

— Vamos sair de perto dessa casa, achar um abrigo seguro e eu te conto tudo que você precisa saber, ok? Mas temos que nos apressar - Se levantou me puxando novamente com uma mão, na outra ele tinha uma arma que a poucos estava nas mãos de Hugo.

(...)

— Que lugar é esse? - Perguntei entrando na casa de madeira pequena que parecia abandonada.

— Essa é a pergunta que você quer fazer?

— Não, eu... Quem são esses outros e porque você tá com tanto medo deles?

— Uma organização criminosa. Ou você acha que sequestramos garotos como você por gostarmos ? Hugo talvez, mas não eu. - Atônito novamente.

— Mas e o fato do meu pai ter tirado a alegria do 14?

— Ele matou a garota dos sonhos dele - Colocou a arma sobre uma pia e começou a lavar as mãos ainda com manchas vermelhas.

— Por que meu pai fez isso? Eu não entendo.

— Simples, seu pai também faz parte da organização.

— O QUE?!

— Ou ele fazia, sei lá. Só se sabe que ele era um de nós. Conseguiu ficar rico fazendo o mesmo trabalho que fazemos e sumiu, não sem antes sumir com todos que sabiam disso.

— Ah... Isso incluía a garota do 14? - Sentei-me em um lugar qualquer perguntado o óbvio como se fosse óbvio.

— É isso aí.

— Como nos acharam ? Ou acharam ele ?

— Foi fácil. Seu pai alcançou uma notoriedade pública muito rápido. Seu rosto era estampado em jornais dia sim e dia não. Vou te falar, vijiamos vocês por meses, Daniel.

— Entao... Tudo isso?

— É - Mal terminei a pergunta e ele respondeu.

— E o que fizemos na casa vai desencadear uma perseguição de todos procurando por nós agora?

— Não, por nós não. Por mim - Fechou a torneira e sentou-se no mesmo lugar que eu eu.

— Relaxa. Duvido que consigam me pegar.

— Mas e eu?

— Por isso eu tô te levando pro seu pai. Ele vai te proteger melhor do que eu - Segurou minha mão.

— Então o que você disse sobre não termos uma relação era mentira né? - Soltou minha mão andando em círculos pela mini casa.

— Daniel, não podemos estar juntos. A maneira como eu tratei você na casa foi pra você entender que eu não sou o que você pensa.

— Você é exatamente como eu penso. Insensível! Durão e não se importa com os sentimentos dos outros! - Esbravejei.

— Como não? Acabei de salvar você, não foi?!

—E daí... Isso não muda nada - Foi uma resposta tolamente infantil. Reconheço.

— Muda sim. Eu gosto de você, mais do que já gostei de outras garotas, mas ficar com você significa te por em risco. E se pra manter você à salvo eu preciso fazer você me odiar, então farei - Dito isso, saiu pra fora batendo a porta com força.

Eu ainda estava chateado, com raiva e tremendamente machucado. Mas era inegável que ele estava certo. Mas eu não queria proteção, eu queria ele.

Me deitei sobre alguns sacos que no momento não sabia identificar o que era e dormi. Me lembro de ver ele entrar algumas horas depois mas simplesmente apaguei.

No dia seguinte, sentado sobre os sacos. Acordei mais cedo que ele e o observei dormir sobre o chão de madeira.

Comecei a ignorar a razão e me abaixei deitando com a cabeça colada em seu peito. Talvez ainda fosse efeito do sono ou eu quisesse muito aquilo.

Não fechei os olhos, só continuei fazendo carícias em seu peito vendo o mesmo subir e descer. Havia um notável volume no meio de sua calça e me repreendi por olhar tanto tempo pra lá. 

Merda!

Me atrevi a descer a mão em direção ao local do volume relutando e com medo o bastante pro meu consciente me dizer para desistir. Mas eu não iria parar.

Pousei minha mão bem em cima, comecei a fazer minhas carícias agora naquele local. Pena que o pano grosso da calça impedia muito do meu contato. Não por muito tempo. Abri seu zíper. E meti minha mão.

Seu membro já estava duro. E a respiração dele acelerou demasiadamente. Enfiei minha mão por dentro da cueca e senti seu membro quente.

— Se você não parar agora não vai gostar do que está por vir - Falou me assustando, mas não parei.

— Vou gostar sim! Senão não estaria fazendo o que faço - Aumentei os movimentos masturbatórios e ele arfou no meu ouvido. Uma de sua mão começou a me empurrar pra baixo em direção ao meio de suas pernas e eu cedi descendo conforme era empurrado. Eu queria fazer aquilo. Eu iria fazer aquilo.

Revisado

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