Capítulo 20 - Momentos de Tensão

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Acelerei meus movimentos ouvindo os sons baixinhos produzidos por sua boca. Quando cheguei a altura de sua cintura eu parei, olhei pra ele, notei sua barba começando a crescer. Abaixei sua calça e cueca até os joelhos ainda olhando pra ele e comecei a masturbá-lo. Nossos olhares inquebráveis não se descruzavam por nada e nem 1 minuto se quer.

— Chupa - Ele pediu fanhoso. Sorri observando sua expressão de prazer e abaixei minha cabeça.

— Ah - Soltou quando coloquei a cabecinha na boca. Fiquei chupando lentamente ouvindo o barulho do pequeno riacho que cortava o caminho na mata e de seus grunhidos. As vezes ele colocava sua mão na minha cabeça e me fazia engolir tudo, uma tarefa difícil, mas não impossível. Eu não estava orgulhoso pelo que fazia, tá, talvez um pouquinho. Mas caramba! O cara disse que nunca gostou de outra garota como gosta de mim e isso serviu de incetivo para aumentar a velocidade e caprichar. Soltou um gemido alto quando o fiz.

Ao invés de pressionar minha cabeça  com sua mão, agora ele movia o quadril pra cima e pra baixo me fazendo engasgar com seu tamanho. Tirei rapidamente para tossir e voltei a engolir tudo. Quando foi a última vez que nos tocamos assim?

Continuou fazendo isso até enfim se derramar em minha boca.

— Tinha esquecido de que você faz isso bem.

— Levo isso como elogio?

— Claro - Passou o dedo sob minha bochecha e apertou levemente.

Eu queria beijá-lo, queria mais do que o que aconteceu ali e, mesmo que eu soubesse que ele sabia, ele não iria fazer nada. Me inclinei para alcançar seus lábios mas parei no meio do caminho e o esperei corresponder.

Demorou, o encarei, e desacreditado fechei os olhos. Foi então que senti seus gélidos lábios colarem nos meus e iniciarmos um beijo apressado.

— Só uma vez - Disse baixinho antes de se levantar e me deixar sentado no chão. A sua atitude não me deixara chateado como as anteriores, eu já sabia o porquê dele fazer aquilo. Mesmo assim eu não entendia ele não ficava comigo pelo menos enquanto estávamos juntos.

(...)

— Por que não me disse antes? - Perguntei sentando em meio a pedras que estavam a beira do riacho.

— O que? - Se virou para me encarar.

— Por que não me disse tudo?

— E correr o risco de você surtar e estragar tudo? Sem chances - Respondeu e voltou seu olhar a frente.

— Se me explicasse direito e me pedisse calma. Talvez fosse diferente.

Ele riu.

— Eu conheço você, Daniel - Disse com as sobrancelhas arqueadas e um sorriso de canto. Caminhei até onde ele estava e tirei o capuz que o cobria.

— Por que você olha tanto pro meu rosto ? - Questionou olhando o riacho.

— Ah... Er... Bom, eu meio que tenho uma quedinha por garotos com barbas - Cocei a cabeça me afastando um pouco olhando pra onde ele olhava.

Riu novamente.

— Quer que eu deixe ela crescer ?

_Barba rala, sabe ? Tipo curta - Expliquei.

— Ata, então eu vou deixar como está pra você - Sorri brevemente. Eu tinha ficado feliz e excitado ao mesmo tempo. Quem poderia me culpar?

— Como você vai me levar pro meu pai?

— Eu não vou - Franzi o cenho.

— Vou te levar a pessoas que vão te levar ao seu pai - Explicou voltando a entrar na casa.

Sentei na margem do riacho e fiquei observando a correnteza.

Minutos se passaram até eu ouvir passos atrás de mim novamente, não me virei para olhá-lo, não achei necessário já que provavelmente ele me chamaria pra cair fora dali. Até que eu gostei deste lugar.

Senti sua mão cair sobre o meu ombro estranhei o peso e a pegada diferente.

Me virei pra trás e percebi não ser ele e sim um cara com uma arma. Tapou minha boca e me puxou pra cima com força apontando a arma na minha cabeça. Gritar parecia impossível e eu ainda estava em choque com o acontecimento. Disparou. Meu Deus.

Puxei o máximo fôlego possível quando sua mão saiu da minha boca e o seu corpo caiu dentro do riacho sendo levado.

Olhei espantado pra porta da casa e vi Taylor apontando a arma na minha direção.

— Ta na hora de irmos. A essa altura todo o pessoal está nos caçando. Sorte só esse ter vindo por essa região - Assenti ainda horrorizado.

— Vem logo.

Voltamos pra nossa jornada de onde paramos e vamos continuar até sair da floresta. Em suas palavras ele disse que me deixaria perto de um lugar onde alguém iria me ajudar, ou algo assim. Ele não me deu muitos detalhes.

— Por onde estamos indo ? - Puxei seu ombro atraindo sua atenção. Ele iria me responder, mas ao invés preferiu me pressionar contra uma árvore e olhar em outra direção.

— O que...- Tapou minha boca. Pediu silêncio em gesto com a outra mão e apontou com a cabeça pro outro lado. Olhei, 2 caras olhando pra todos os lados a procura de algo, nós obviamente.

— Eles estão muito perto - Sussurrei. Ele concordou com a cabeça e me forçou a descer pra baixo. Sentei no chão cheio de folhas secas e esperei qualquer outro sinal.

Alguns segundos depois ele se abaixou rapidamente com o olhar assustado.

— Atira neles - Fez que não com a cabeça. Não entendi bem. Fez o sinal novamente para eu fazer silêncio e se expremeu comigo. Péssima hora para se ter uma ereção.

Os passos estavam cada vez mais próximos da nossa localização, o amassar das folhas denunciava isso.

— Castanha tá morto! Hugo quer ver vocês! - Alguém gritou. Castanha deveria ser o que morreu no riacho a poucos. 

Os passos ascenderam para logo em seguida se tornarem inaudíveis.

— Que merda! 

Revisado

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