Capítulo 5- A decisão

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"Nem todas as verdades se dizem".

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  11:05, foi a hora em que Alexis entrou na escola, ao entrar uma das primeiras coisas que vira fora a cena de Tony saltando e batendo os pés ao sair da porta da diretoria, uma reação bem inesperada de alguém ao sair de lá, mas gostou quando Leslock adentrou o "Corredor Maldito" e ele a pegou, a girou em todas as direções, ela dizia naquele seu clássico sotaque:
__ Solte-me! Solte-me seu grande idiota! Pare! É sério! Pare seu palhaço!
  Pela primeira vez achou aquele sotaque engraçado, Tony a solta e ela cai de costas colidindo com os armários, mal conhecia o ruivo e já o achava bastante legal, nunca havia visto alguém saindo tão feliz logo da diretoria (Com exceção de Marcelo), Tony corre em alta-velocidade e ás vezes saltando, Alexis o segue ansioso por perguntar a ele o que havia acontecido. O garoto oriental estava com os cabelos molhados e oleosos, espetados na parte de cima, o ruivo não economizava no gel, usava a mesma jaqueta do dia anterior, a diferença era que havia algumas partes rasgadas, poucas no peito e nas laterais da barriga, mas um pouco abundante nas costas, mas ninguém parecia notar, pois sua alegria era imensa, sua calça também estava com alguns rasgos, a camiseta era a única coisa que havia mudado, era amarela com um sol laranja no meio com uma face radiante.
  Alexis usava uma jaqueta de couro vermelha, por baixo uma camisa listrada azul e verde, calça cinza e cabelos razoavelmente penteados.
  Tony apenas cessou ao sair do corredor e encontrar Micaelle, que vestia um lindo vestido branco com regata grossa; com círculos pretos como estampas; um pouco acima dos joelhos, cabelos amarrado e usando tênis roxos, Alexis se encantou ainda mais, pois estava mais bela do que ontem, ela cessou-o perguntando com um grande sorriso:
__ Qual é o motivo de tanta felicidade?
__ É que o Sr.Cole... Cole...__ estava tão fadigado que mal conseguia falar.
  Com as mãos gesticulou e disse:
__ Acalme-se, respire
Alguns instantes se passam com Tony respirando e inspirando fundo, então ele diz:
__ Sr.Coleman disse que tem uma atividade super-divertida pra mim, imagine qual seja! . Ela franze a sobrancelha e diz intrigada:
__ Sr.Coleman... diretor cruel... sabe, não consigo imaginar diversão com ele, tem certeza que ele falou isso mesmo?
__ Absoluta
__ Tem certeza mesmo? Talvez tenha interpretado mal
__ Claro que não, ele falou com todas as letras
__ Quem que falou com todas as letras?__ indagou Alexis logo atrás de Tony.
__ Sr.Coleman__ disse Tony
__ O que?
__ Que ele ia dar uma atividade super-divertida exclusiva a ele__ disse Micaelle.
 __ Sr.Coleman? O mesmo velho careca cruel, rígido e autoritário?__ indagou Alexis.
__ É!__ disse Tony ainda mais animado. 
__ Olha, eu não sei mas... eu não consigo acreditar .
__ Somos dois__ disse Micaelle.
__ É sério! Ele falou mesmo!
__ Ok: primeiro motivo, você vive se metendo em encrencas, a escola inteira sabe dessa sua fama.
__ Você é mais famoso do que a cozinheira__ complementou Alexis e continuou:__ segundo motivo: diversão para o diretor é apenas para ele mesmo.
__ Milagres acontecem, sabem quem disse isso? Um sábio filósofo chamado Albert Einstein__ disse Tony.
__ Einstein nunca disse isso.
__ Que seja, o que importa é que enfim ganharei alguma coisa__ e então por alguns instantes Tony começa a sonhar acordado.
__ Acho melhor não contrariar__ disse Micaelle á Alexis sem que Tony ouvisse
__ É, afinal de contas o sonho é o equilíbrio, o avanço e o sol que alimenta a esperança e humildemente empresta seu brilho para que traga felicidade__ disse Alexis.
  Micaelle hesita pensativa e disse admirada:
__ Nossa, que lindo, essa frase é de quem?
__ Sr.Coleman.
  Oh não! Acaba de escapar um trecho de ontem! O que falaria se indagasse aonde havia ouvido aquela frase?
__ Sr... Coleman? Estranho, nunca ouvi ele falando essa frase, onde você a ouviu?
  "E agora?"; pensava Alexis e recordou do diário de seu pai, e logo surge o que parecia ser outra pessoa.
__ No ano passado uma das minhas classes teve o maior índice de notas máximas, Sr.Coleman foi até lá nos parabenizando, e então falou essa frase como incentivo e motivação.
  Tony saiu da teia de ilusões, ouviu Alexis falando aquilo, disse:
__ Viu? Sr.Coleman recompensa as pessoas
__ Recompensa quem merece__ disse Micaelle. 
__ Não foram recompensas, foram elogios__ disse Alexis.
__ Em algumas culturas, elogios contam como recompensas__ disse Tony.
  Alexis diz:
__ Que seja.
__ Ei! Essa fala é minha!__ disse Tony.
__ Que seja, conseguiu decidir sobre a resposta do diretor?
  Aquilo surgiu como um lampejo na mente do ruivo, ele exclama de forma altíssima:
__ Ah! O tesouro de Nicolau VII?! Aquele incrivelmente bom?!
__ Shii! Sr.Coleman nos disse que ninguém deve saber disso além de nós!__ sussurrou Alexis.
__ Ah, é verdade, tinha me esquecido, foi mal.
__ Vamos pro refeitório, lá é menos movimentado nesse horário já que todos os alunos da manhã estão saindo__ aconselhou Micaelle.
  Quando deram seus primeiros passos Alexis cessou e disse:
__ Esperem!
__ O que?__ disseram os dois juntos.
__ Onde está Marcelo?
  Tony franze as sobrancelhas e disse:
__ Por que o interesse pelo X-9?
__ Ele está nessa também nessa conosco, é importante ele estar aqui quer a gente queira ou não.
__ Eu acho que vi subindo agorinha__ disse Micaelle.
  E assim que subiram se surpreenderam em um dos corredores com ele zangado e o zelador também, Marcelo exclamava:
__ Como é que é? Você ousa me desafiar?
__ Sim, não aguento mais seus abusos!
__ Pois Sr.Coleman irá saber!
  Então ao ouvir aquilo o zelador se desarma e diz amedrontado: 
__ Não! Por favor!
__ Ou você vai comigo ou irei sozinho!
__ Não! Não irei!
Então Marcelo avança os passos, mas o zelador o segura pelo braço e diz:
__ Não faça isso! Eu imploro, não posso perder esse emprego!
  Marcelo novamente volta sua face a ele, e diz:
__ Deveria ter pensado nisso antes de me desrespeitar, "aquela cadeira" o aguarda__ deu um sorriso malicioso libertando seu braço da mão do funcionário.
__ Marcelo!__ disse uma voz.
  Ele se vira e percebe que era Alexis, o louro diz:
__ O que quer?
__ Será que podemos falar com você?
  Marcelo volta-se ao zelador e diz:
__ Pode ir, mas lembre-se que ainda não terminamos.
  Ele vai, dando um sorriso a eles como forma de agradecer.
  Marcelo usava uma jaqueta de flanela cinza, com uma camiseta polo preta, calça de um azul bastante escuro, com o seu cachecol verde enrolado no pescoço, Micaelle diz:
__ Você é muito cruel com ele.
__ Não pedi sua opinião__ retrucou Marcelo.
__ Calma aê cara, ela só está tentando ajudar__ disse Alexis
__ Vocês só me atrapalham, falem logo o que querem.
__ Só podemos falar melhor no refeitório.
Marcelo franze as sobrancelhas e diz:
__ Está bem, não entendo o motivo de tanto mistério, mas vamos logo.
E assim foram, dentre todos os locais daquela escola o refeitório era um dos mais fiéis ao Renascentismo, de tal forma que quando se sentavam á mesa ás vezes sentiam que mudavam para a antiguidade.
Sentaram-se á luz de uma das grandes janelas que havia lá, Tony e Marcelo defronte aos raios solares, Alexis e Micaelle na sombra, além deles, havia um grupo de jovens em uma mesa ao longe ambos dormindo.
A hora H finalmente havia chegado á Alexis, era agora ou nunca, sorte que os três estavam lá, pois assim era mais fácil convencê-los, inicia a conversa, ou melhor, dizendo, a reunião:
__ Então, já se decidiram?
__ Pelo menos eu não__ disse Tony e continuou:__ sabe, eu fiquei pensando a noite inteira, pensei, pensei e pensei e quase não consegui...__ seus olhos começam a cerrar, sua cabeça cai lentamente prestes a pousar sobre a mesa, quando ele mesmo bateu a mão contra ela e exclamou:__ dormir! Estou mega-cansado e apesar de ter pensado a noite inteira não me decidi, tinha vezes em que eu chegava a um concento...
__ consenso__ corrigiu Micaelle
__ A ponto de tomar uma decisão, sempre vinha outra coisa na minha mente que acabava me deixando em dúvida de novo, e quanto a você Micaelle?
__ Eu também estou indecisa, o mapa quase que destrói meu sono também, e você Alexis? Chegou a um consenso?
__ Sim, me decidi sim. Mas antes de dizer a minha decisão, queria saber a decisão de Marcelo
__ Confesso que me esqueci disso quando entrei nessa escola e que continuaria assim se não começassem esse assunto, mas não, não me decidi__ respondeu Marcelo.
__ Sei__ disse Alexis em tom baixo, realmente ele seria um problema, e retoma ao seu tom normal:__ Sim, eu quero caçar o tesouro.
__ Mas e quanto a Relic? __ indagou Micaelle como se fosse um louco, aliás, todos pensavam assim dele ao ter feito aquela decisão de forma tão apressada, parecia tão insensato e tão impossível para eles
__ Eu... posso ensinar depois de eu encontra-lo, e acho que deveriam fazer o mesmo.
__ Não posso abandonar meus estudos agora__ disse Marcelo e continuou:__ não sei quanto tempo esta viagem durará, e além disso, é um verdadeiro desperdício correr em busca de algo que não existe
__ O tesouro existe sim!__ contradisse Alexis
__ Não existe!
__ Existe!
__ Não existe!
__ Existe!
__ Não existe!
__ Por acaso algum de vocês dois viu o tesouro de perto?__ indagou Micaelle séria.
__ Não__ disseram os dois.
__ Então os dois estão errados e estão desperdiçando saliva, sabe, eu não entendo o motivo de ter decidido assim tão rápido, Alexis, ou é muito ninja ou não pensou nisso.
__ Eis a questão__ brincou Tony levantando uma das sobrancelhas.
  Alexis queria arquitetar um argumento, mas não soube encontrar nada, quando pensa no diretor e diz: __ Se Sr.Coleman nos propôs signi-signi-ni... ni...__ começou a gaguejar, pois sua mente dá um branco
__ Significa que ele irá tomar as providências necessárias__ disse Marcelo.
Alexis arregalou os olhos bastante surpreso, pois pela primeira vez havia concordado com ele em algo, Marcelo continua:
__ Se Sr.Coleman nos propôs uma caçada, é mais do que claro que ele sabe o que fazer para nós irmos
__ Está falando isso só porque é o queridinho dele__ disse Tony
__ Não, ele está concordando comigo e eu não sou o queridinho dele ( e nem pretendo)__ disse Alexis, desta vez Marcelo que arregalou o olhar, também pelo fenômeno da concórdia, continuou__ Não faz sentido ele fazer uma viagem que não tem nada planejado, é como um professor ensinar o que não sabe.
__ Isso é bem nítrido...
__ Nítido__ corrigiram os três
__ Tá, nítido, afinal ele sempre tem uma resposta pra tudo, mas tem uma coisa que ainda tenho dúvida
__ O que?__ indagou Alexis
__ Vocês dois concordaram com alguma coisa? Por acaso eu acabei em algum universo paralelo sem saber como?
  Micaelle disse com um sorriso:
__ Sinal de que essa procura é realmente importante, então? Vocês aceitam? Pois se depender de mim nós iremos.
__ Bem... eu sempre quis lutar contra um bárbaro__ disse Tony coçando o queixo e disse:__ Eu topo também, não preciso nem ser um mago pra adivinhar a resposta do Alexis.
  Alexis deu um pequeno sorriso e disse:
__ Pois não é!
__ Então nesse caso falta nada mais e nada menos que... o louro-tagarela, digo! Marcelo__ e deu um risinho.
Todos o olharam curiosos por sua decisão, Alexis torcia que aquele teimoso dissesse sim, o louro respirou fundo e disse:
__ Eu aceito
Logo os três põem uma de suas mãos sob a mesa amontoada em cima da outra, e olharam novamente para ele, que em resposta disse:
__ O fato de eu ter aceitado não significa que eu vá fazer isso.
E os três levantaram as mãos e exclamaram em um coro alegre:
__ Uuuuhaaa!!!
  Foi tão alto que aquele grupo dorminhoco acordou aos saltos, Marcelo dá um pequeno sorriso.
Um pequeno silêncio se fez, quando Alexis reparou novamente nas marcas na roupa de Tony, notou que pareciam ser de um animal, Alexis rompe o silêncio indagando:
__ Por que os arranhões?
  Tony examinou o seu corpo com os olhos, deu um pequeno sorriso travesso e diz: __ Ah, isto é uma história bem engraçada, ontem mesmo eu estava andando pela rua a pé pra voltar pra casa, tranquilamente andando na calçada, quando eu vi na outra calçada onde estava um cachorro com enormes garras e dentes mordiscando um osso, meus olhos brilharam e fiquei radiante quando vi o que o cachorro mordiscava, aquele osso... lindo, plano e fino osso
__ Por que alguém se interessaria num osso velho e babado?
__ Ó, meu grande colega, um alguém chamado "eu", e não é um interesse muito comum e visto
__ Percebe-se__ disse Micaelle
__ Lá estava o monstruoso animal mordendo aquele osso pra lá de importantíssimo
__ Era algum fóssil de dinossauro?__ indagou Micaelle curiosa.
__ Não, acho que era de galinha.
__ Então o que há de tão importante?
__ Calma, eu ainda vou chegar nesta parte e ninguém mais me interrompe, continuando, meus olhos fitaram como águia a última peça pra completar um artefato bastante raro, a espada de ossos.
__ O quê?! Uma espada feita de ossos?!__ disse Alexis que como resposta recebeu um olhar fulminante de quem contava a história, logo entendeu e disse:__ Desculpe, continue...
__ Uma espada ultra rara bastante complicada de se fazer, exige extrema concentração e cuidado para fazê-la__ Marcelo dá um pequeno sorriso irônico e em pensamento disse: "Percebe-se", Tony não percebeu ou deu de ombros pois continuou__ é uma grande responsabilidade__ e mais outro sorriso que ele parece não perceber:__ é por isto que meu avô faz estas raríssimas espadas, nunca o vi testando uma antes ou manejando, mas eu sei do que ele é capaz, tem mais de 1001 utilidades, tem energia de sobra, maior até que a de uma criança de cinco anos, continuando, atrás do cachorro havia uma grande árvore, então atravessei a rua veloz como a luz, mas ao mesmo tempo silencioso feito um livro e escalei a árvore mais ágil que um macaco, pulei de galho em galho pra arrumar um melhor ângulo para dar o bote. 
  O cachorro nem sonhou com a minha presença, enfim escolhi um galho, calculei a distância, dei alguns passos para trás pra tomar impulso, corri o mais rápido que podia e enfim saltei, arrancando o osso do cachorro. Meus cálculos estavam certos como eu previ, corri, quando uma maldita pedra se intrometeu no meu caminho e tropecei nela, o cachorro partiu pra cima de mim, eu lutei contra ele, se eu não soubesse lutar teria morrido lá mesmo, eu o joguei contra o muro, uma vitória temporária o suficiente para dar tempo de eu fugir com o que eu queria nas mãos.
__ Uaaaaau!!!__ disseram Alexis e Micaelle admirados.
  Marcelo disse:
__ Hunf, ainda não ganhou meu crédito, por acaso tem o osso para comprovar que essa história é concreta?
__ É... bem... eu-eu não trouxe, me esqueci
__ E onde está a ultra rara espada de ossos?
__ Ainda não está pronta.
__ Hum, sei, "pronta", que dia o seu avô imaginário de 1001 utilidades irá terminar?
__ Ele não é imaginário!
__ Real como a sua história__ disse ele com um sorriso zombeteiro e sarcástico.  Tony estava realmente enfurecido, Marcelo tinha o dom de fazer o ser mais sereno e plácido soltar fogo pelas narinas, se o sino não estivesse tocado naquela exato instante o atacaria lá mesmo, o refeitório começou a encher quando o menino começou a contar a história aos três, Tony sai da cadeira tentando não olhar para Marcelo para não enchê-lo de porradas, porém Alexis o olha grato, pois mesmo sem saber havia o ajudado a cumprir seu objetivo, disse em pensamento: "Valeu Marcelo, estou te devendo uma".
  Marcelo, porém pensava de forma mais diferente, pensou: "Vou fazê-lo acordar, sonhador", o chamou assim pelo fato de ele realmente acreditar na fantasia, mesmo tendo a tolice de não ter provas concretas.
  O tempo passou com Alexis, Tony e Micaelle indo ensinar e Marcelo passando por longos instantes no corredor antes de enfim de enfim ir para sua sala.
  O  sino tocou.
  E ambos saem de suas salas ás pressas e entram na diretoria, Alexis dirigiu a palavra:
__ Nós já nos decidimos
  Sr.Coleman estava sentado em sua cadeira, com seus óculos de leitura, de caneta na mão examinando uma série de papéis, usava um colete de veludo negro e camisa social branca, curioso para saber se Alexis havia desempenhado bem sua tarefa, olhou-os por cima dos óculos e disse: 
  __ Vocês tem certeza? Há mais um dia para se decidirem.
__ Absoluta__ disse Alexis muito confiante
  Os olhos cinzentos de Coleman examinavam cada ato e palavra do garoto, disse em sua voz crepitante:
__ Então digam-me.
  Tony disse:
__ Nós aceitamos.
  O diretor olha para Alexis sem provocar desconfiança nos outros de forma orgulhosa e satisfeita. Disse:
__ Eu... não esperava que decidissem tão depressa, vocês tem certeza que não querem mais tempo?
__ Sim, mais que absoluta__ disse Micaelle, determinada.
__ Vocês... realmente tem certeza?
__ Já dissemos que aceitamos. Com todo o respeito__ disse Marcelo.
__ Pois bem, sendo assim...__ e deu uma curta pausa e em seguida continuou:__ Ouçam, eu sei que posso estar exigindo demais de vocês, mas poderiam guardar um segundo segredo?
   Por alguns segundos entreolharam-se, Micaelle, Tony e Alexis com um pequeno sorriso, exceto Marcelo mantendo fielmente sua seriedade.
__ Qual é! Guardamos o segredo de um mapa que nem sabíamos que existia__ disse Tony meio feliz e irônico.
__ Sendo assim...__ e levanta de sua cadeira novamente trancando a porta e fechando os lugares onde poderia entrar luz.
  Foi até o cavaleiro da esquerda e abriu a sua joelheira esquerda, no interior havia um botão vermelho, o diretor o pressionou e fechou aquela parte.
  Os quatro levantaram-se despertos pela curiosidade, Sr.Coleman afastou-se para junto deles ao outro lado da mesa e passado alguns instantes os dois cavaleiros movem suas lanças para o lado um do outro, apontando para a estante, o quarteto achou aquilo impressionante, parecia que estavam vivos, e a estante se dividiu em duas partes, se movendo para trás em direções opostas, a parte esquerda para o cavaleiro desta mesma direção, o mesmo para a outra, como se estivessem se transformado em portões, se moveram rápido, porém de forma que nenhum livro caísse.
  A entrada em que deram abertura foi o que parecia ser uma caverna que percorria o subterrâneo, as paredes ilustradas de pinturas rupestres e o chão continuamente feito da mesma matéria marmórea da escola, não havia escada, mas uma rampa íngreme que era o corredor até lá, o teto descia junto, mas não poderiam ver o caminho pois era bastante escuro.
  Estavam curiosos, mas ao mesmo tempo amedrontados, Coleman disse:
__ Entrem, não tenham medo, a não ser que ainda pensem que eu seja um psicopata.

A trilha- O tesouro de Nicolau VIIOnde histórias criam vida. Descubra agora