Capítulo 13- Colmeia vazia

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Alexis, Tony e Marcelo estavam amarrados em um grosso cipó de uma árvore morta, e logo abaixo deles estava um grande caldeirão de argila cinzenta com água fervente, com grande quantidade de fogo e lenha o aquecendo, suspensos os três, bastava apenas soltar a corda que mergulhariam na morte certa. 
A aldeia bárbara era grande, não tão distante do trio estavam os bárbaros sentados em uma grande mesa encoberta de banquetes, e outras para pequenas mesas para acomodarem os outros selvagens que não podiam ficar nesta, pois estava cheia, na maior estavam os guerreiros mais importantes, principalmente o Herzog junto ao seu filho, Rhodes, muitos selvagens riam, gargalhavam e diziam obscenidades uns aos outros, alguns já estavam caindo de bêbados, outros dançavam com suas mulheres, as beijavam, as apalpavam e as gracejavam, na música tocavam animadas mulheres com instrumentos de corda e sopro, dentre a multidão destacavam-se quatro pessoas que eram as únicas que pareciam não se divertirem, 4 homens que vestiam capas cinzentas com capuz que escondia bastante suas faces, apenas se alimentavam e não tanto quanto os outros.

Cavalos estavam amarrados com cordas nas barracas de madeira ou de palha, com certo medo como se estivessem receio de que algo ruim aconteceria os envolvendo.

O trio masculino despertou, Alexis disse:

__ O-onde estamos? E por que minha boca tá com gosto de terra?

__ Não faço a menor ideia__ começou a dizer Tony, então dilatou as narinas cheirando algo e disse:__ legal, finalmente vamos almoçar!

Marcelo então olhou para baixo e viu o enorme caldeirão de água fervente, e então disse:

__ Eu... acho que nós somos o almoço

__ O quê? Como assim nós...__ olhou para baixo e disse espantado:__ aaah, eu entendi

__ Poxa vida! Quanto azar!__ disse Alexis espantado

__ Azar nada! Catástrofe!__ disse Marcelo

__ Como nós chegamos até aqui mesmo?__ indagou Tony

__ A única coisa de que me lembro é desses malditos... bárbaros atirarem em minha coxa, e eu comecei a... ficar com sono de repente por conta do veneno e Micaelle tentou... ela tentou me...__ disse Marcelo

__ Que veneno?__ indagou Tony

__ Você não se lembra de ter sido atingido?

__ Eu pensei que fosse um mosquito

__ Mas você viu o dardo na nuca do Alexis!

__ Como eu ia adivinhar que passaria pela mesma coisa?

__ O que a Micaelle fez?__ disse Alexis interrompendo a conversa dos dois

__ Ela... tentou me ajudar e eu encorajei ela a nos abandonar e a caçar o tesouro sozinha, e depois eu dormi

__ O quê? Logo você que insiste tanto em me provar que o tesouro é uma farsa, por quê esse interesse repentino de uma hora pra outra?

__ Ordens do Sr.Coleman, não posso desobedecê-lo e também... é o mínimo que posso fazer antes que ele morra

__ Ele não vai morrer, Marcelo__ disse Alexis

__ Eu queria acreditar nisso, mas ultimamente ele anda muito doente, e depois do que Dom nos disse o meu receio de ele morrer apenas aumentou, ele deseja muito aquele tesouro e realmente acredita que há algo nele, bem, ninguém é perfeito, enfim, quero realizar esse último desejo dele

Alexis hesitou por alguns instantes, pensou que Marcelo estava envolvido nesta caçada pelo simples fato de provar a ele que estava errado, sempre o viu como um alguém que apenas sentia prazer em provocar tristeza nos outros, e que havia se aliado ao diretor por este motivo, então disse:

A trilha- O tesouro de Nicolau VIIOnde histórias criam vida. Descubra agora