The Book Of Devil

1:1.1

Várias vezes ele tentava manter a calma, desde que chegaram para a reunião, Hades tem sido extremamente arrogante. Na verdade, San não se importava, estava acostumado sempre com essa arrogância, são poucas as vezes na qual se lembra que ele foi gentil.

Sua preocupação não estava na reunião, mas sim, outra coisa que ocupava sua mente. Apertou os punhos, ele queria estar vigiando-a. San não gostava nem um pouco da ideia de ela ficar sozinha, por isso segurava a raiva de Hades ser tão babaca ao ponto de precisar de todos, sem necessidade.

A sala de Hades tinha acesso por um corredor. O seu palácio ficava em uma das partes mais altas das camadas do inferno, sendo a mais alta a torre de Perséfone, a esposa que ele raptou.

Uma grande porta negra separava o corredor da sala. Quando entrava, o trono de fogo na cor de vermelho sangue, estava no centro e ao lado direito do trono, uma abertura da sala fechada, onde dava para ver perfeitamente as camadas mais baixas do submundo.

Ao lado do trono de Hades, outros três podem ser vistos. Sendo eles pertencentes aos juízes do mundo dos mortos. Conhecidos como: Éaco, o piedoso; Radamanto, o severo e Minos, o dono da palavra final. Também atendiam por outros nomes, na qual San preferia chamar. Se recusava a chamá-los por esses nomes, ele achava ridículo.

Quando entraram na sala, os três juízes não estavam lá, apenas Hades, sentado em seu trono com a perna cruzada. A pele bronzeada, dava um grande contraste com os cabelos negros do diabo.

As vestes eram pretas, com detalhes em vermelho e outros em branco, com grandes aberturas, o que revelava bem a sua boa forma. Hades permanecia de olhos fechados enquanto os demônios se aproximavam do trono. Pararam a uma certa distância segura, enquanto esperavam Hades terminar seu raciocínio e olhar para eles.

San estava ficando sem paciência.

Queria que a reunião fosse a mais rápida para que pudessem voltar para o lado da garota, então sua impaciência estava aflorada de preocupação.

— Convoquei a presença de vocês com urgência porque temos alguns problemas — disse Hades finalmente abrindo os olhos e encarando com superioridade os rapazes.

— Senhor? — perguntou San, confuso.

— Aparentemente, metade sangues estão atacando civis sem motivo algum e os malditos do Olimpo estão culpando-nos.

Os rapazes se entreolharam, confusos demais.

— Um dos nossos trabalhos, rapazes, é manter o reino humano sem ataques ou atos sobrenaturais. O trabalho que vocês deveriam estar fazendo — criticou, se ajeitando no trono e descruzando as pernas. — Então me digam, o que diabos estão fazendo que não estão exercendo o trabalho de vocês?

Hades riu do silêncio dos rapazes. Se levantando do trono, andando até San. Nenhum deles estava sabendo de mais ataques que não fosse com a humana na qual fizeram o pacto.

— Não me digam que voltaram a fazer pacto com humanas, voltaram? — perguntou sibilando entredentes, visivelmente irritado.

Jongho foi o primeiro a sentir que uma aura estranha estava com as mãos sujas em volta do livro. Logo, os rapazes começaram a sentir algo estranho, uma sensação esquisita.

Hades não os deixaria sair assim que soubesse que era sobre uma humana, então Jongho sorriu de lado ao ter uma ideia.

— Senhor — chamou, fazendo com que o olhar de Hades ficasse nele. —, podemos enviar a Seonghwa e Hongjoong para abater um dos ataques que estão acontecendo agora?

Hades olhou torto para os rapazes. Não suportava que interrompessem enquanto estivesse falando. Revirou os olhos e fez um aceno com a mão, indicando que eles poderiam ir.