Somewhere only we know

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— Você perdeu completamente o juízo! — Hyori bradou exasperada. — NÃO ERA ESSE O PLANO!

— Eu não salvei a sua pele há oito anos atrás pra você me dizer o que fazer agora.

Changmin se referia à época em que Taemin ainda estava em sua cruzada para erradicar, completamente, os genes da família Lee. Qual era a intenção de Taemin naquele dia, o alfa nunca entendeu, provavelmente mataria Hyori assim que assassinasse todo o restante da sua linhagem, ou, tentaria pelo menos.

Por isso mesmo, se apressou em dar um jeito de salvar a esposa daquele ser completamente transtornado. Apenas nesse dia, Hyori descobriu que Changmin ainda estava vivo e que, enfim, poderiam dar continuidade ao plano deles. Já Taemin perdeu a cabeça ao descobrir sobre os planos dos pais, e partiu, a pé mesmo até a maldita cabana onde seu filho havia escondido a família. Ninguém poderia culpá-lo por não tentar, no final das contas.

— Não vem bancar o alfa pra cima de mim, Changmin. Não agora. Nós tínhamos um plano. O Mark e a Yeri, lembra? Esse era o plano. Você quis a Luda, e eu concordei com você, mas, o Taeyong????? Isso está completamente fora de questão! — a ômega caminhava de um lado ao outro da cabana, totalmente fora de si, em pânico com aquela ideia que o alfa tivera.

— Certo, e quem você acha que vai gerar essa quantidade de híbridos que você sonha? Você? Devo lembrar a sua idade? — rolou os olhos impaciente.

— Qualquer ômega pode fazer isso, não precisa ser o Taeyong! — comentou, gesticulando nervosamente.

— Eu não quero qualquer omega! Depois de todo trabalho que eu tive pra manter minha linhagem pura, você quer estragar tudo? Não seja ridícula... — segurou a ômega pelos ombros, fazendo-a parar de caminhar aleatoriamente e encará-lo.

— O Jaehyun não vai nos deixar em paz... Você sabe disso! Se nós levarmos os filhos dele, o ômega dele, ele vai até o inferno pra nos encontrar!

— Hyori, você parece que bebe, deixar o ômega aqui não vai impedi-lo de nos perseguir. E é por isso que eu não pretendo deixar aquele alfa vivo pra nos importunar. — ela ficou em silêncio por alguns segundos, seus olhos fixando-se um pouco mais atrás do alfa, onde uma pequena criatura de fios rebeldes os encarava com os olhos arregalados.

Mark estava de pé, ouvindo atentamente a discussão que acontecia entre seus avós, na sala improvisada da cabana. Assim que ouviu o nome do pai, deixou o quarto de fininho e esgueirou-se pelo corredor até poder ouvi-los melhor. Mas, seu plano de passar despercebido falhou quando escutou seu avô dizer que mataria o seu pai. Foi isso que ele disse, não foi?

Um choramingo seguido de um chiado chamou a atenção do alfa, que se virou quase imediatamente para encarar o neto.

— Kiddo, eu não mandei você ficar no quarto? — ele perguntou impaciente.

Mark não respondeu, apenas sustentou o olhar do avô, quebrando aquele contato apenas quando Yeri murmurou e choramingou em seus braços curtos, novamente. O garoto a segurava de mal jeito, mesmo porque, ele não saberia como segurar um bebê corretamente e fazia um esforço dos diabos para mantê-la segura em seu aperto.

— Volta pra lá agora, garoto. Eu e a sua avó estamos conversando — o menino não se moveu, permanecendo parado no mesmo lugar, sem saber o que fazer — Mark, eu não vou falar de novo. — a voz do alfa soou mais alta, assustando o menino.

— Ela tá com fome. — disse a primeira coisa que veio à sua mente, tentando não parecer abalado com a nova descoberta.

— Eu vou preparar o mingau dela, vá para o seu quarto, querido. — afastou-se do alfa, tocando levemente o ombro do neto, empurrando-o de forma suave, até que ele entrasse no cômodo.

MARK'S CURSEOnde histórias criam vida. Descubra agora