One Million Bullets

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— Wendy... Você está com fome... — Sora se interrompeu quando não encontrou a garota no quarto. — Wendy? — perguntou apreensiva — Wendy, querida, onde você está?

A senhora começou a procurar por todos os cômodos da casa. Não havia qualquer sinal da presença da menina. Em poucos minutos já havia movimentado todos que viviam com ela na pequena vila, procurado em todas as casas, ao redor dela, nas proximidades mata a dentro. Wendy não estava lá.

Não muito longe dali, Hyori corria com Yeri nos braços, havia conseguido despistar o neto, enquanto Mark se desesperava por não saber onde a irmã mais nova estava. O filhote corria em círculos sem perceber, enquanto seu alvo se afastava cada vez mais. A ômega já havia conseguido fazer a neném se calar, o que lhe dava a vantagem do silêncio, sem o choro, seria praticamente impossível encontrá-las.

Enquanto isso, Jaehyun e Taeyong haviam acabado de abandonar o carro da família na estrada perto da mata, embrenhando-se por entre árvores.

— Vai na frente. — Taeyong sentenciou.

— Não vou deixar você sozinho.

— Você vai mais rápido, procura onde você puder, eu vou até aquela cabana...

— Você acha que eles podem estar lá?

— Eu não sei, mas, eu vou mesmo assim.

O alfa moreno se aproximou, agarrando Taeyong pela cintura e puxando-o para o próprio colo. O ômega assustou-se com a movimentação repentina, prendendo-se ao quadril de Jaehyun com as coxas e segurando-se com força nos ombros dele.

— Promete que vai estar lá quando eu chegar, Taeyong.

— Eu prometo.

Juntaram os lábios num selinho agoniado. Aquela era uma péssima ideia, Jaehyun tinha certeza, mas, nem por um decreto Taeyong iria mudar de ideia. Ele só esperava estar enganado. Apertou o ômega no abraço, esfregando o nariz na curva do pescoço dele, fungando e memorizando o cheiro que só ele tinha.

— Eu vou estar lá. — Taeyong sentenciou baixinho, foi colocado no chão com cuidado e segundos depois já perdia seu alfa de vista.

Suspirou pesadamente antes de começar a correr.
Por alguma razão ele tinha certeza que seus filhotes estavam lá, todos eles. Taeyong não sabia porque, mas, era como se berrassem pedindo ajuda e os gritos viessem de lá. Sabia que caminho percorrer, ele sabia como chegar lá, ele não deveria saber, não deveria se lembrar de nada daquilo, mas, ele lembrava. Havia a droga de um mapa tatuado no seu cérebro.

Luda tentava a todo custo causar qualquer ferimento em Changmin, mas, o alfa era surpreendentemente forte. Com alguns movimentos, ele conseguiu empurrar a garota e tirá-la de cima do próprio corpo, atirando-a violentamente contra a parede logo atrás dela.

— Isso é algum tipo de brincadeira? — o alfa levantou-se enquanto assistia a garota retornar a forma humana — ISSO É ALGUM TIPO DE BRINCADEIRA? — ele repetiu — UM FILHOTE? VOCÊ ACHA QUE PODE COMIGO?

A menina não esperou que ele terminasse, voltou a ataca-lo, pulando sobre o seu corpo, voltando a se transformar. Com o tempo, havia conseguido controlar quanto tempo levava cada transformação, mesmo assim, foi imediatamente repelida pelo alfa, que se transformou ao mesmo tempo.

Em poucos segundos os dois estavam atracados, perdidos entre rosnados e mordidas. Para qualquer um que estivesse de fora, era claro: aquela seria uma luta perdida para Luda. Até ela mesma sabia disso, ainda assim, usaria toda e qualquer força que restasse em seu corpo miúdo para atrasar Changmin. Custasse o que custasse.

MARK'S CURSEOnde histórias criam vida. Descubra agora