— Ela está viva... — Jungwoo disse baixinho, segurando o rosto de Kun que o olhava desolado — Amor, ela está viva. Eu sei que sim. Por isso ela não estava lá. Ela está viva…
— Jungwoo... — puxou o ômega, fazendo-o encostar o rosto em seu peito — Por favor, amor…
— Eu sinto... Eu sei que ela está viva... Mas, ela precisa de mim... Ela está lá fora, sozinha e com medo, ela precisa de mim... — ergueu os olhos, segurando o beta pela camisa — Nós temos que procurá-la, Kun, ela precisa de mim. De nós. Nós temos…
— Shhh... Vai ficar tudo bem... Nós vamos encontrá-la…
— Ela está viva…
Kun não sabia mais o que fazer. Parte dele queria acreditar que existia alguma ligação mágica entre ômega e filhote e que Seungwan estava viva, que Jungwoo estava falando a verdade, mas, outra parte, a maior delas, sabia que aquilo era impossível, que ele estava se agarrando à uma esperança vazia. E ver seu ômega naquele estado o deixava ainda pior. Ele não queria que Jungwoo se agarrasse àquilo e acabasse decepcionado. Quem sabe o que poderia acontecer…
— Você precisa se concentrar, amor... — voltou a segurar o rosto do ômega — Você viu o quarto. Você viu... — o ômega fungou, se afastando de Kun, mas, não o suficiente, os braços do beta continuaram rodeando seu corpo de forma protetora.
— Não... Aquilo... Não era real... Não era a Seungwan... Não era a nossa filha... Você…
— Jungwoo, já chega! Isso já é difícil o suficiente sem você surtando e falando esse monte de bobagem. A Seungwan morreu. Ela não vai voltar. — o ômega o encarou com a expressão magoada. Mais lágrimas voltaram a tomar o seu rosto — Amor…
O beta não pôde continuar, Jungwoo se afastou, sumindo do seu campo de visão. Kun pensou em ir atrás do ômega, mas, ele obviamente não teria sucesso em nada que tentasse naquele momento. Decidiu voltar para a sala. Enquanto se aproximava, podia ouvir claramente os rosnados raivosos e os gritos exasperados de seu alfa. Apertou o passo correndo até onde ele estava.
— Eu perdi a minha filha. E como se isso já não fosse ruim o suficiente, eu a perdi de novo. — Yukhei gesticulava nervoso — ONDE ELA ESTÁ? — segurou o policial pelo colarinho.
— Senhor... Nós estamos fazendo tudo que está ao nosso alcance para encontrá-la!
— ELA NÃO SAIU ANDANDO, ALGUÉM LEVOU O CORPO DA MINHA FILHA BEM EMBAIXO DOS SEUS OLHOS! — fechou o punho socando o rosto do policial, que também era um alfa, logo depois.
— Yukhei! — Kun se aproximou, segurando seus braços.
Jaehyun correu, amparando o policial nos braços e tirando-o de perto do casal, pedindo mil desculpas, rezando internamente para que o alfa não acusasse seu amigo de agressão. Chegou à varanda a tempo de ver o carro de Taeyong estacionar e seu ômega descer do veículo desesperado, sendo seguido de perto por Luda.
— JAEHYUN! — Taeyong correu até o alfa, que soltou o policial a tempo de segurar seu ômega nos braços. — O MARK SUMIU! O QUARTO ESTAVA UMA BAGUNÇA ELE... ELE NÃO ESTAVA LÁ, NÃO ESTAVA…
— O QUE? — perguntou um tanto atônito sentindo Taeyong abraçá-lo e esconder o rosto em seu peito. — Taeyong do que você está falando? Como assim o Mark sumiu?
— Papai Jae, ele deixou um bilhete... — a alfa mais jovem entregou o pedaço de papel rasgado à Jaehyun — Eu sei que ele está em perigo, mas, eu não consigo encontrá-lo, eu não sei onde ele está... Ele está apavorado... Precisa de mim…

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MARK'S CURSE
Fanfictionjaeyong | abo • Durante oito anos a família Lee Jung manteve-se em segredo. Durante oito anos viveram em paz, trabalharam, amaram seus filhotes, viram-nos crescer. Durante oito anos Taeyong e Jaehyun viveram uma ilusão, a vida real é uma droga e ele...