The Fear

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Sete anos depois. 

Victoria estava no sétimo mês de gestação, um garotinho que ela e Krystal haviam decidido chamar de Jeno. A ômega exibia toda orgulhosa a marca deixada por sua alfa em seu ombro e, é claro, a barriga enorme que abrigava o filhote tão amado. Uma gloriosa cicatriz que significava muito para elas, principalmente para a alfa, que não podia estar mais feliz por conseguir aquela conexão, principalmente, por consegui-la sem mortes, finalmente.

Depois da partida de Jaejoong, Sunmi e somin haviam se aproximado muito, alfa e ômega foram os alicerces emocionais uma da outra naquele período turbulento, acabaram, vamos dizer assim, bem próximas. O que nos leva a outra novidade, Somin que agora era uma Lee, exibia uma grandiosa e recente marca roxa no ombro direito e, é claro, um diamante gigantesco no dedo anelar da mão esquerda.

— Papai... — a voz suave de Mark encheu o quarto, mas, não foi suficiente para despertar o ômega. — Papai? — empurrou a porta com cuidado e caminhou até a cama. — Papai Tae... — insistiu mais uma vez, tocando os dedinhos nas bochechas coradas de Taeyong.

— Hum... — Lee resmungou, abrindo os olhos com dificuldade, sorrindo assim que viu o rostinho do filho — Hey sweet... — a voz sonolenta do ômega fez o garoto sorrir.

— Papai Jae ainda não voltou e eu não consigo dormir... — fez um biquinho adorável.

— Venha aqui, vamos aproveitar que ele ainda não voltou. — um sorriso sapeca brincou no rosto de Taeyong enquanto ele movia-se um pouco mais para o meio da cama e erguia o cobertor, para que o filho se deitasse ali.

Com cuidado Mark se aninhou nos braços de Taeyong, erguendo uma das mãos e apoiando-a sobre a barriga enorme do ômega. Jaehyun sempre olhara torto para a mania de o moreno deixar o filho dormir com ele, principalmente depois da gestação. O garotinho se mexia muito enquanto dormia, poderia machucar o pai e a irmã, mesmo que sem intenção.

Mark tinha os olhos de jabuticaba, os cabelos eram compridos e castanhos, os lábios cheinhos, tanto que quase formavam um coração e o nariz pequeno, delicado. A pele branquinha e as bochechas ganhavam um tom de rosa adorável se ele ficasse sem graça ou se corresse. Era um garoto lindo. Na verdade, a beleza era tanta, que chamava atenção onde quer que fosse.

— O que aconteceu, huh? Você tem acordado todas as noites... — o ômega ponderou, passando os dedos sobre os cabelos compridos do filho.

— Eu tenho pesadelos... Muito feios, papai. — choramingou, escondendo o rosto no peito do pai.

— O papai já disse que são só pesadelos, nada disso é real, sweet. — Taeyong sentiu um estranho aperto no peito, como se algo muito ruim estivesse prestes a acontecer.

— Eu sei papai, mas, eu fico com muito medo. — Taeyong apertou o filho ainda mais em seu abraço. — Será que a Yeri tem pesadelos aí dentro da sua barriga papai? — passou os dedinhos sobre a barriga, em um carinho suave.

— A Yeri não tem pesadelos amor e nós não vamos mais falar sobre isso, ok? Se você pensar muito, então eles vão ficar aí e você vai sonhar com coisas feias outra vez. Vamos pensar só em coisas boas, sim?!

— Sorvete de chocolate! — Mark disse animado.

— Sim! Um pote bem grande de sorvete de chocolate, tão grande que você consegue ficar dentro dele...

— Numa cidade feita inteirinha de doces, papai!

— Com casas feitas de biscoito, rios de calda de chocolate, árvores de jujuba!

Alguns minutos se passaram enquanto Taeyong e Mark criavam uma cidade de faz-de-conta quando o garotinho não resistiu ao sono, dormindo encostado ao peito do pai, enquanto sua irmã mais nova se movia elétrica sob o toque dos dedos pequenos. Antes que Taeyong também fosse dominado pelo sono, a porta do quarto foi aberta, exibindo um alfa cheio de sacolas nos dedos.

MARK'S CURSEOnde histórias criam vida. Descubra agora