Because I Had You || Fanfic • THOLLAND •

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N/A: oii, tudo bem??

esse capítulo foi bem especialzinho pra mim rsrs! espero que vocês gostem também ps; comentem pra eu saber!!! e favoritem, isso faz toda a diferença!!

obrigadaaaa BOA LEITURAH

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Pisco pela milésima vez depois de ler o e-mail na tela do meu celular. Minhas mãos tremem. Eu nunca achei que isso fosse possível, pelo menos, não agora.

As letras miúdas na tela, anunciando a minha aprovação na Universidade, brilham como um clarão em direção aos meus olhos.

— Anna? — Mamãe me chama enquanto segura o volante do carro. Minha avó sorri no banco do passageiro, me elogiando sempre que pode. — Chegamos.

Pela janela, consigo visualizar o prédio alugado para fazer o baile de formatura. Todos os formandos estão reunidos na entrada e alguns já vão entrando. Meus olhos vão para o garoto moreno, parado na calçada ao lado da família. Provavelmente devem estar esperando a minha chegada para registrar o momento mais aguardado do dia. O Tom está com um charme surreal esta noite. Meu coração falha uma ou duas batidas e um suspiro sai de minha boca.

Hoje é a noite das noites! E nada pode me abalar ou estragar o que tiver que acontecer, mas ao olhar para o aparelho em minhas mãos, tudo parece ir para o espaço.

Eu fui aceita na Universidade do Sul da Califórnia, morando em Londres. E esse é o problema.

Meus pais decidiram se divorciar na melhor fase da minha vida — escola, amigos, festas e chances de ter namoricos —, mas não os culpo completamente. Sei o quão importante a separação foi para eles, então não cheguei a me rebeldiar por não ter meus pais juntos, ao contrário disso, eu os apoiei, já que não aguentava mais vê-los sofrendo por algo que não era pra ser mais.

Papai voltou para a Califórnia — nossa terra natal — enquanto Stella, minha mãe, usufruiu dos bens em Londres, ficando apenas eu, ela e a minha avó.

Simon Hills sempre teve as melhores condições de bancar a família do que mamãe, que é enfermeira no tempo que fica fora de casa. A minha avó tem suas despesas com os remédios para a velhice, e é claro que quem os banca é a Stella, que não aceita nenhuma ajuda financeira, por simples orgulho — por isso, não temos a brecha de viver no luxo, e nem de pagar uma faculdade para mim em Londres.

Um pouco antes do final do meu ano letivo, meus pais conversaram comigo sobre o meu futuro, dizendo que eu encontraria mais oportunidades nos Estados Unidos, e mesmo sem querer, fiz uma entrevista online com a Universidade da Califórnia. O acordo estava feito: caso eu fosse aprovada, eu iria para o outro lado do mundo e moraria com meu pai. Seria melhor para as despesas da minha mãe e, de acordo com Simon, eu teria "mais conforto" e, obviamente, toda a propaganda de que lá é o lugar certo, foi para ter a minha guarda em suas mãos o mais rápido possível. Meu pai é sozinho — filho único, pais falecidos e sem mulheres — e eu seria a sua compainha estando lá.

Eu não aceitei de primeira, é claro. Não quero deixar a vida que construí aqui. Não quero deixar meus amigos e a minha família — por mais que o acordo permitisse a minha vinda à Inglaterra em feriados e datas festivas. Mas se eu quero ter um futuro, essa é a minha única opção.

Meus olhos chegam a lacrimejar ao olhar Thomas alheio a todo esse assunto que fiz questão em não dizer, jurando que receberia uma carta de reprovação, e assim, evitaria algum confronto desnecessário. Nem a Zoey tem ideia disso, e me dói o coração saber que em breve não estaremos mais juntos.

Passo as mãos na barra do vestido antes de sair do carro e me despedir das mulheres nos bancos da frente. Respiro fundo, tentando me recuperar e coloco um sorriso no rosto.