Projeto 33 é uma adolescente de 16 anos nascida e criada nos laboratórios da HYDRA. 33 nunca viu o mundo atrás das grandes paredes brancas que a cercavam, mas isso muda quando um grupo de super heróis invadem a base em que é mantida escondida desde...
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"E não tem como eu acabar ficando com você
Mas amigos não olham para amigos desse jeito
Amigos não olham para amigos desse jeito"
(That Way – Tate McRae)
O mundo inteiro nos detesta.
Essa frase ecoava pela mente da jovem após verem os noticiários daquela manhã e da anterior quando decidiram que precisavam manter distância da cidade e das pessoas furiosas que protestavam contra os Vingadores. Fora levada até a casa de Clint e sua família, que ficava no meio do campo quando o mesmo ofereceu apoio e abrigo aos amigos para que pudessem ao mesmo tempo se distanciarem e porem os pensamentos em ordem longe de toda aquela pressão. Sentada na varanda, a jovem apreciava a natureza que ela decidira no momento em que a viu, que tornara-se a sua favorita, deixando prédios e carros para trás.
- Você está bem? – Peter temeroso aproximou-se dela que não esboçou nenhuma reação. - Café? – Depositou a xícara em sua frente.
Quieta, Violet o aceitou. Estava muito aérea, muita coisa aconteceu nas últimas horas e agora eram fugitivos ou algo assim. Não entendia a gravidade daquela palavra, mas sabia que era muito ruim a julgar a tensão que exalava de todos ao seu redor. Peter sentou-se ao seu lado sem dizer mais nada ao entender que a garota preferia o silêncio. Ouviram o canto dos pássaros e isso de alguma forma parecia acalmar o clima entre eles.
- Quem era o homem? – De repente sua voz aveludada ecoou em uma ingênua curiosidade e compaixão por saber que sua pergunta o deixaria desconfortável.
Escorou a cabeça em um pilar de madeira próximo à escada em que estavam sentados, virando um pouco sua face para o garoto afim de analisar suas expressões.
- O que? – Franziu o cenho.
- Eu vi – suspirou. – Tudo o que vocês viram – encolheu os ombros, certa de que aquilo poderia ter sido bastante invasivo da parte dela. – Vi você ajoelhado e chorando ao lado de um corpo...
- Eu sei – a cortou rapidamente.
Peter fechou os olhos e respirou fundo com aquela memória retornando para a sua mente como uma tortura constante, de um pesadelo do qual ele sabia que nunca acordaria. Os piores pesadelos são aqueles que são reais. Violet respeitou seu tempo e silencio. Apesar da curiosidade, não insistiria caso o rapaz não quisesse contar, mas, para a sua surpresa, Peter voltou a falar em tom melancólico:
– Ele era meu tio.
Violet virou-se totalmente para ele que agora fitava o chão. Sentiu-se culpada por fazê-lo sentir aquilo que ela sabia que sentiria.
- Qual era o nome dele? – Questionou baixinho após alguns segundos em silêncio mútuo.
O canto de seus lábios se curvou em um sorrisinho triste e Violet viu seus olhos cabisbaixos brilharem com as lágrimas dolorosas que se formavam.