Projeto 33 é uma adolescente de 16 anos nascida e criada nos laboratórios da HYDRA. 33 nunca viu o mundo atrás das grandes paredes brancas que a cercavam, mas isso muda quando um grupo de super heróis invadem a base em que é mantida escondida desde...
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"Eu te conheci no escuro
Você me acendeu
Você me fez sentir como se
Eu fosse o suficiente"
(James Arthur - Say You Won't Let Go)
O único som que ecoava pelos longos corredores brancos, eram os passos da jovem garota, do sr. Strucker e os dos dois cientistas que vinham logo atrás deles. A garota manteve o olhar baixo para o chão enquanto segurava firmemente a mão do único homem vestido de preto e ao seu lado.
- Será como da última vez, sr. Strucker? – O som da voz melodiosa e baixa dela se fez presente ao adentrarem uma espécie de quarto com uma maca no centro e alguns armários ao redor.
Lembrava-se do quanto havia sido doloroso da última vez em que estivera presa em uma cama como aquela e isso a deixou receosa, apertando um pouco mais a mão junto a sua.
- Sim, 33 – respondeu com a voz e expressão sérias, completamente sem emoções. – Agora deite-se alí – apontou para o objeto que ela tanto temia.
Sem questionar, soltou a mão do homem e, sentindo suas pernas levemente bambas, deu um pulinho para que conseguisse sentar no colchão não muito confortável e em seguida deitar. Com os olhos curiosos e atormentados, viu os dois homens que trajavam roupas brancas, e que até o momento se encontravam calados, andando de um lado para o outro verificando os objetos nos armários próximos de onde ela estava.
A última vez em que esteve alí, lembra-se de ter tido seus braços, mãos, tornozelos e pescoço firmemente amarrados enquanto injetavam algo em seu braço. Fechou os olhos por alguns segundos ao lembrar-se da dor agonizante que veio em sua cabeça logo em seguida, mas os abriu ao sentir um dos cientistas amarrar algo em seu braço. Diferente da última vez, ela não estava presa.
- Vai doer? – Perguntou baixinho para o sr. Strucker que se encontrava um pouco mais afastado e com uma mão sob o queixo, analisando tudo minuciosamente.
Seu olhar sobre ela foi ainda mais duro, como se estivesse a recriminando por algo, a recriminando por fazer perguntas.
Ela sabia que não podia fazer perguntas.
Não precisava.
A leve dor causada pela agulha a fez torcer o nariz, mas logo retomou uma feição séria para não demonstrar fraqueza, sabia que não podia.
Viu o homem de branco recolher uma quantidade de seu sangue com uma seringa e repetiu o mesmo processo mais três vezes seguidas enquanto ela sentia aquela região formigar, mas conteve a vontade de reclamar ou fazer uma careta.