Anitchka Della Volpe é a mulher mais poderosa da máfia. Futura chefe das famílias italianas aliadas, ela tem tudo planejado, só precisa resolver uma ponta solta, Romano Fattore.
O homem com quem é casada, apesar de não ver há oito anos. Anna precis...
Oi, amadas, antes de começar esse capitulo quero convidar vocês para passarem no meu perfil e lerem o primeiro capítulo da nova história que estou postando: Enlaçada por você. É um romance com um cowboy mal humorado e uma "patricinha" da cidade grande. Estou começando as postagens hoje, teremos um capítulo por semana.
É isso, passem lá, também votem e comentem por aqui se estiverem gostando dessa história.
XOXO
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9 anos antes
Milão, Itália.
Eu merecia um maldito Oscar. Não, melhor ainda, eu merecia ser a grande estrela no próximo festival de Veneza. Durante todo o jantar, eu tinha atuado como a perfeita esposa e parceira de negócios de Romano e seu pai. Eu estava quase comportada aquela noite. Algo dentro de mim dizia que se eu queria me impedir de surtar, tinha que me forçar a ficar relaxada o tempo todo. O que era um grande desafio, considerando que meu modus operandi era um estado de alerta total. Mas Omero estava sendo educado, Donatella era quase divertida, Romano ficava sempre com a mão apoiada em minha coxa ou sobre meu ombro me transmitindo sua própria paz e até Nikki estava comportada. Carina tinha caprichado no jantar e tudo estava maravilhoso.
Até não estar mais, é claro.
— Bruno Conti está vivo — Omero anunciou enquanto degustávamos a sobremesa. Eu sabia disso. Domenico tinha me informado na mesma noite que Bruno tinha conseguido escapar. E eu tinha cotado a Romano logo depois. Mas Omero anunciou isso como se fosse uma grande surpresa. Como se ele fosse a pessoa mais bem informada na sala e seu filho e eu meras crianças brincando de casinha.
— Nós estamos cientes — meu marido respondeu, controlado como sempre era na presença do pai. Tão diferente do homem gentil e divertido que eu conhecia.
— E não fizeram nada? — ele criticou. — Temos que pegar Bruno. — Eu tinha o meu interesse em Bruno, mas ainda não tinha conversado nem com Romano sobre o assunto, certamente não ia fazer isso na frente do nojento do seu pai. Arg, eu odiava esse homem e me odiava por não poder matá-lo e odiava Romano um pouco por ser tão superior a nós.
— Vamos pensar sobre isso ainda — ele tranquilizou. — Bruno não vai poder se esconder para sempre.
— Que você é um frouxo eu já sabia, filho, mas achei que a sua mulher fosse mais audaciosa.
Meu sangue congelou, como costumava fazer.
— Nikki, querida, venha me mostrar seu quarto. — Donatella chamou a filha e eu percebi que involuntariamente ela queria tirar a garota dali. Não sei se pelo trauma do marido violento que por anos a agrediu ou se só por um reflexo inconsciente.
Eu nunca tinha gostado nem desgostado de Omero antes de saber sobre o que ele fazia com Romano, mas depois de ver com meus próprios olhos as cicatrizes, depois de passar meu dedos em cada uma delas a noite, eu sentia nojo ao olhar para Omero. Seu cabelo grisalho com aspecto sujo me dava nojo, sua pele enrugada me dava nojo, seu olhar de superioridade, tudo sobre ele. E ódio.
