V - Pacto com o diabo

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Hoje

Tenderloin, São Francisco, Califórnia.

Preparei ovos mexidos e servi dois copos de suco, arrumei a bagunça na cozinha e já estava completamente vestida quando Romano acordou. Acontece que quando você não dorme, te sobra muito tempo livre.

Ele é uma visão e tanto, mesmo ainda não totalmente acordado, enquanto caminha pela cozinha, completamente a vontade, em uma boxer branca, sonolento e bocejando.

— Buongiorno — me diz, sentando na mesa, confortável como se essa fosse nossa rotina de toda manhã. — Você cozinha agora? — ele espeta os ovos com um garfo e cheira.

— Não, mas aprendi uma coisa ou outra.

— Está bom — elogia. — E o suco também, maravilhoso.

— Colocar a bebida no copo ainda é a minha especialidade.

— Ontem à noite, quando eu dormi, achei que não acordaria mais. Pensei que você me mataria durante o sono.

— Eu não vou matá-lo, ainda, a família quer que você seja usado como exemplo. Todos precisam ver que nem um Capo sobrevive a uma traição a Capo de tutti capi.

— Então eles querem que minha morte seja um show — ele ri. — Parece nosso casamento outra vez.

— Eu disse que não vou matá-lo agora, infelizmente, preciso da sua ajuda.

— Não, nem pensar. Se você se deu ao trabalho de realmente me achar para isso só posso imaginar que não seja algo que eu queira estar envolvido.

— Você não tem escolha, Romano. Se eu disser que você cooperou, que está arrependido, podem mudar de ideia.

— Eu não vou voltar, piccola e sinceramente acho que nem você. — Ele é muito presunçoso em achar que eu ficaria. Claramente, Romano pensa estar lidando com a menina apaixonada de antes.

— Você terminou o café? — pergunto, puxando minha bolsa.

— Sim, você se superou... — antes que ele termine a frase, puxo minha pistola da bolsa e dou uma coronhada em sua têmpora. Com o máximo de controle possível entre a força e a velocidade, quero-o desmaiado, não morto. Sua cabeça despenca e bate no prato vazio.

Puxo meu celular e mando uma mensagem ao meu homem de confiança, precisarei de ajuda para carregar Romano para fora daqui.

— Ele está acordado, senhora — Max, meu segurança pessoal e um dos poucos seres humanos ao qual permito alguma confiança, responsável por me ajudar a trazê-lo até meu novo apartamento no centro de São Francisco, avisa

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— Ele está acordado, senhora — Max, meu segurança pessoal e um dos poucos seres humanos ao qual permito alguma confiança, responsável por me ajudar a trazê-lo até meu novo apartamento no centro de São Francisco, avisa. — Devemos neutralizá-lo?

— Não, Max, ainda não. — Subo as escadas até o quarto de hóspedes, atual cativeiro do meu marido. Ex. — Acordou, bela adormecida?

— Uma coronhada, Anitchka? — Romano ainda está sentado na cama, como Max havia colocado, passando a mão pelo couro cabeludo onde, muito provavelmente, deve estar crescendo um galo enorme.

Doce Orgulho (Completa) - Série Criminosos Irresistíveis - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora