Meu Destino - Drarry

Minerva McGonagall

Harry Potter

   Ouvi atônito sobre a morte de Dumbleodore, não querendo acreditar nem que ele morreu nem que Gina o matou e possivelmente iria matar Draco também se ele não tivesse sido rápido o suficiente em fugir, mas meus olhos foram tiveram que abertos para a terrível verdade quando um grande tumulto se formou lá fora, possivelmente uma comoção pela morte do grande homem que foi Alvo Dumbleodore.

Abracei mais forte Draco contra mim, sentir seu pequeno corpo tremendo pelo desespero e choque pelos recentes acontecimentos acabava comigo. Eu senti que algo errado estava acontecendo com ele, eu deveria ter ido ver o que era, mas achei que Snape estivesse apenas dando um bronca nele ou algo do tipo, como fui idiota! Deveria ter percebido que todo o desespero que me era passado através da marca deveria significar algo a mais, mas agora já não adianta se lamentar pelo passado, aprendi com os meus pais que os mortos não voltam a vida porque você lamenta a morte deles e os vivos não ficam vivos para sempre, então cada momento com eles pode ser uma última oportunidade.

Deixei meus feromônios mais fortes para que pudesse acalmar mais rápido a Draco e pedi desculpa a Pansy e Ronald que pareceram entender a situação. O cheiro de um alfa incômoda a outros alfas, pois eles sentem como se estivessem roubando o seu território.

Quando o meu ômega ficou mais calmo, deixei um beijo rápido em seus lábios e segurei em suas mãos, caminhando junto com ele e meus amigos para fora do quarto de Pansy e indo até a multidão de alunos que se formava em volta do corpo inerte e sem vida do homem que já foi o diretor desta grande escola. Observei com lágrimas nos olhos o corpo já frio de Dumbleodore enquanto os professores faziam o possível para afastar os alunos do local e tirar a casca mórbida do ex-diretor. Olhando para sua figura sem vida, concluí o óbvio; dias ruins estão por vir e teremos que ser fortes.

Eu só espero não perder mais ninguém, eu já perdi muitas pessoas importantes para mim ao longo de minha vida e não quero ter que enterrar mais ninguém. Talvez estivessem certos ao dizer que os mortos são os que nunca mais acordam e os vivos são aqueles que sentem a dor da perda.

Segurei com mais força o corpo ainda trêmulo de Draco, eu não deixaria nada acontecer com ele, nem que para isso eu tivesse que sacrificar a minha vida. 

Como se tivesse lido o meu pensamento, o loiro se virou rapidamente para mim e me abraçou, me envolvendo em seus braços calorosos.

-Você acha que vão suspeitar de mim?  Acha que tem como recuperar a Drarry? Ela é importante para mim e eu tive que jogar e deixar ela lá para conseguir fugir-Perguntou o ômega com a voz baixa enquanto os professores pareciam finalmente conseguir aos poucos dispersar os alunos curiosos que tentavam ver o que estava acontecendo.

-Ninguém sabe da existência da Drarry então é muito pouco provável que suspeitem de você e eu infelizmente acho que não vamos conseguir pegar ela de volta-Falei fazendo um leve carinho nos cabelos sedosos e dourados do ômega, tentando acalma-lo -O mais importante é que você está bem e vivo

-Mas e a Dra...-começou o menor mas eu o interrompi. Ele era a prioridade ali, não a cobra.

-Draco! Eu posso fazer até mil pelúcias para você, mas não poderia te fazer voltar a vida se tivesse morrido lá. Você não sabe o quanto eu estou feliz que você tenha saído ileso e o quanto agradeço por a Drarry estar lá justo naquele momento- confessei, abraçando ele com força e vi o loiro assentir com a cabeça e abrir a boca para falar algo, logo sendo interrompido novamente, mas dessa vez pela professora  Minerva McGonagall.

-Alunos! Hoje ocorreu uma terrível fatalidade, o grande Homem e diretor, Alvo Dumbleodore, morreu... com certeza uma perda irreparável para todos nós e seguindo os desejos que foram deixados por ele antes de morrer... eu irei tomar conta de Hogwarts como a nova Diretora em seu lugar e saibam, que quem quer que seja que tenha o matado, se arrependerá amargamente pelo que fez- Afirmou Minerva, praticamente sibilando as últimas palavras em uma clara ameaça enquanto os alunos escutavam em silêncio tudo o que ela tinha dito, completamente horrorizados com a morte do diretor e preocupados com o que estava por vir. McGonagall fez um gesto com a mão e Snape tomou o seu lugar, se pondo na frente da multidão enquanto a agora diretora saia.

-Em breve nós falaremos quando vai ser o funeral de Dumbleodore, sei que muitos de vocês tem um grande... apego pelo diretor- comunicou Severus, parando brevemente o olhar em mim e em meus amigos e logo continuando a falar- Mas quero deixar bem claro que acredito que quem quer que seja que tenha feito essa atrocidade, é um dos alunos dessa escola e quero deixar bem claro que eu vou descobrir quem é, e vou fazê-lo se arrepender de ter nascido-ameaçou o professor Snape, com a voz perigosamente baixa e penetrante, num tom ligeiramente mais agudo.

Olhei para Draco e ele assentiu com a cabeça, dessa forma fazendo um combinado mudo de que iríamos contar para Snape quem matou o diretor. 

De mãos dadas com Draco, esperei que Severus se afastasse da multidão desesperada que se dispersava cada vez mais e o segui junto a Draco.

-Padrinho! Espera!- Pediu Draco e Snape parou de andar, se virando para nós e nos analisando com o olhar.

-O que foi?- perguntou o outro alfa com a cara ainda mais fechada pelos últimos acontecimentos. Assim como nós ou talvez até mais, Severus estava desolado com a morte do diretor. Deve ser difícil trabalhar por muitos anos com uma pessoa e de repente receber a notícia de que ela morreu e você nunca mais irá vê-la.

-Nós sabemos quem matou Dumbleodore-afirmei, ganhando sua atenção e vi ele engolir em seco, franzindo a testa.

-Vamos para o meu escritório, aqui em Hogwarts paredes tem ouvidos-falou o moreno e nós o seguimos para o tão familiar e frio cômodo que ele costuma usar de escritório.

Só espero que em quanto estamos aqui, Hermione e Pansy estejam conseguindo acalmar e convencer Ronald de que a irmã dele não presta, não precisamos de mais problemas nesse momento.