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P E T E

Eu tenho um sobressalto pelo susto, com o peso do meu corpo apoiado na porta, enquanto sou incapaz de reunir as forças necessárias para impedir minhas mãos de continuarem a tocar em meu próprio corpo. O que eu estou fazendo? Céus, o que deu em mim?

Uma das minhas mãos está estimulando a ereção dentro da minha calça, enquanto a outra se ocupa com meu mamilo sensível. E todas as sensações estão tão fortes que eu não consigo nem mesmo sentir meu próprio coração; ele poderia ter saído do meu corpo e rolado para algum lugar do banheiro, porque estou prestes a morrer depois de ouvir Ae bater na porta mais uma vez.

Começo a tremer compulsivamente quando penso na reação que ele teria ao entrar no banheiro e ver o que estou fazendo agora.

Ei, Pete, eu posso pegar um pouco de água? Estou com sede — meu namorado grita do outro lado da parede.

Espremo os olhos, esperando alguns segundos até arriscar abrir minha boca.

— P-pode pegar, Ae... Hm...

Quero tanto conseguir parar de me tocar, mas quanto mais me dou conta de que, sim, Ae está logo atrás dessa porta, fico mais e mais excitado. E sua voz é tão bonita que eu não sou capaz de proibir minha mão de apertar meu pênis com mais força, aumentando o atrito de quando deslizo meu toque pelo comprimento fervente e ereto, tornando impossível manter a respiração regulada.

Hm, você está bem? — Ouço a voz de Ae novamente, agora mais baixa. — Sua voz está estranha.

Eu tenho que parar. Tenho que parar agora mesmo.

Mas não paro.

Na verdade, intensifico meus toques ainda mais, espremendo os olhos, porque só a voz dele já é capaz de me deixar louco.

Só que eu tenho que conseguir. Eu tenho que parar.

— N-não — tento dizer, suspirando em seguida. — Eu estou, ngh, bem...

Tenho plena consciência de que minhas palavras transmitem o oposto do que digo. Mas é inevitável, porque minhas mãos continuam trabalhando, fazendo todo o calor se alastrar para as minhas pernas. Estou me masturbando mais rápido, fazendo minhas pernas fraquejarem, os músculos das coxas tremerem.

Toda a luxúria parece me abraçar, fazendo-me quase chegar no limite.

Ei, é sério, sua voz está muito estranha. Você está chorando, Pete?

— N-Não... Eu... não, ngh... Ae... Ah, eu não estou...

Eu só preciso de um pouco mais de tempo. Só um pouco mais. Se eu for um pouco mais rápido, vou conseguir terminar logo. Só um pouquinho.

Não paro de repetir as palavras na minha cabeça, enquanto tento gozar de uma vez. Mas quanto mais eu me esforço para isso, mais o meu corpo esquenta e mais forte meu coração bate contra meu peito. Nesse momento, a intensidade do meu medo é equivalente à excitação que sinto por estar pensando no garoto parado tão perto de mim, mas ainda bloqueado pela porta fechada na qual estou encostado.

Não sei o que fazer. Não sei o que fazer, porque tudo o que eu queria agora era poder transar com Ae.

— O que tem de errado com você?! — Agora ele está gritando, batendo na madeira com mais força. — Abre a porcaria da porta, Pete! Sério!

— Eu estou bem... Ae...

Mesmo que a situação toda esteja estimulando meu corpo como se estivesse sendo realmente tocado pelo meu namorado, eu ainda não quero que Ae me veja fazendo algo tão horrível dentro desse banheiro. Não quero que ele descubra que apenas sua presença é capaz de me fazer desejá-lo dessa forma descarada.

Love by Chance (pt-br)Onde histórias criam vida. Descubra agora