A E
Eu estou muito irritado.
Na verdade, estou me sentindo irritado desde que chegamos no Siam Paragon.
Eu até que estava feliz em um primeiro momento, provavelmente porque tive um motorista particular muito bonito me acompanhando, mas, quando meus amigos começaram a chegar no restaurante para comemorarmos o aniversário de Pond e à medida que os idiotas continuaram a me encarar com Pete, minha mudança de humor começou.
Estaria tudo bem se eles tivessem ficado apenas nos olhares, mas quando as perguntas começaram a surgir, uma após a outra, cara!, toda a paciência que trouxe comigo foi para o saco. E eu quero muito socar alguma coisa agora.
— Você está solteiro, Pete? — A primeira pergunta veio de Sun.
Por que caralhos ele iria querer saber isso? Babaca.
Pete olha para mim. Seu rosto parece uma mistura perfeita de preocupação com compaixão por notar minha reação irritada diante da pergunta repentina. Eu sei disso, porque tenho consciência do que ele sente por mim, assim como ele também já sabe dos sentimentos profundos que tenho por ele — mesmo que eu ainda não consiga defini-los ao certo; tudo o que eu sei é que não consigo olhar para ele apenas como um amigo.
Nós não combinamos nada sobre que tipo de relacionamento temos ou algo do tipo, mas, ainda assim, não gosto da resposta que ele dá ao Sun. Não fico feliz de ouvir as palavras saindo de sua boca, não fico feliz com a situação, não fico feliz com nada disso.
— Eu estou solteiro — é o que Pete responde.
E toda a irritação que está dentro de mim se intensifica quando Sun endireita a postura, arregala um pouco os olhos e volta a perguntar:
— Você quer ser o meu namorado por um dia?
Filho da puta.
Eu congelo, segurando os palitos entre os dedos, enquanto tento ignorar a conversa barulhenta que Dear está tendo do outro lado da mesa. Sinto que meu peito vai explodir. Por algum motivo, todas as palavras que eu quero dizer parecem, subitamente, presas em minha garganta.
Só consigo encarar Sun, tendo plena consciência de que minha expressão demonstra parte da infelicidade que estou sentindo.
Mas o desgraçado miserável não dá uma foda sobre como estou o olhando. Ele se apoia na mesa com o cotovelo e continua a encarar Pete, com olhos cobertos de esperança. Em algum momento, até diz algo sobre precisar de Pete para deixar a namorada dele com ciúmes ou alguma coisa do tipo, mas não consigo ouvir direito, porque estou fervendo de raiva.
Puta que pariu. Por que ele precisa usar justo o Pete para a merda dos seus planos infantis?! Cuzão.
Quando tenho noção de todas as coisas que estou pensando e de como minhas emoções parecem borbulhar dentro de mim, o sentimento de choque diante do pedido de Sun acaba se misturando com o sentimento de choque diante das minhas próprias reações. Estou ficando cada vez mais irritado, a ponto de pensar em levantar e jogar a mesa para longe, sem dar a mínima para o que as pessoas vão falar ou fazer sobre isso.
No entanto, ainda consigo controlar meus ânimos, apertando os palitos de aço até que as juntas de meus dedos fiquem brancas pela tensão.
— Por que você não tenta encontrar outra pessoa? O Pete é um cara, ele não vai servir para o que você quer. — Não consigo evitar. Desvio os olhos para o rosto de Sun quando me intrometo na conversa.
Não sei se ele faz de propósito ou não, mas o desgraçado abre um sorriso grande para mim, mostrando uma confiança absurda na porra do rosto bonito que ele tem. Idiota.
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Love by Chance (pt-br)
Storie d'amore• Título Original: บังเอิญรัก (Love by Chance) • Autor: MAME12938 • Idioma original: tailandês • Status: [LIVRO UM] - completo; [LIVRO DOIS] - em andamento; [LIVRO TRÊS] - não iniciado. ---------------------------------------------- Pete, um estudan...