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Heyoon acordou meio confusa. Não estava em seu quarto e nem sabia como havia ido para ali.

Olhou para  a penteadeira e viu que ali havia uma foto de Sina pequena e então soube que aquele era o quarto da loira.

Mas então imaginou quem havia levado ela para o quarto, então se lembrou de Josh.

Levou a mão a cabeça. Por que Josh havia ido até lá? Era isso que ela se perguntava.

Heyoon estava com vergonha de sair do quarto e ver o garoto, desejava internamente que ele não estivesse ali.

Levantou da cama e passou a mão pelo cabelo antes de abrir a porta do quarto e sair.

Josh estava na cozinha fazendo panquecas e quando Heyoon entrou foi direto pegar um prato.

Entre a sua vergonha e sua fome a fome havia ganho.

Assim que Josh sentou na sua frente ela parou de comer.

— Como você sabia? — Encarou o prato.

— A alguns anos atrás minha mãe também tinha crises de ansiedade.

Ela assentiu passando o garfo pela panqueca.

— Obrigada... — Sussurrou.

— Não precisa agradecer.

— Eu ainda não havia terminado. — Ela o Encarou. — Por favor, não conte isso para ninguém e não me trate diferente por saber.

Ela levantou deixando o prato na pia.

— Não vai terminar de comer? — Ele encarou o prato na pia.

— Perdi a fome, mas obrigada. Vamos?

— Pra onde?

— Pra sua casa, provavelmente já estão resolvendo os últimos detalhes do plano.

Ele levantou e saíram da casa.

— A propósito, cuidado quando estiver sozinha em casa. Quando eu entrei estava aberto.

Ela assentiu e fechou a porta, ambos entraram no carro e se mantiveram em silêncio até basicamente a metade do caminho.

Josh estava bravo. Heyoon havia percebido isso e agora estava incomodada.

— Porque está indo pelo caminho mais longe? — Ela se virou para ele.

— Para ver se você entende que estou com raiva e me pergunta o porquê. — Ele respondeu.

— Por que está com raiva, Josh?

— Porque eu já passei exatamente por isso anos atrás com minha mãe. Você não sabe o quão frustrante é saber como ajudar alguém, mas não pode fazer nada porque a pessoa não quer.

— Josh, eu só...

— Está acostumada a fazer as coisas só, ser independente. É, eu sei. Mas você conseguiu se auto-ajudar? Por que não falou para elas? São suas amigas.

— Você não entende não é? — Ela gritou. — Cada uma de nós tem um problema. Saiba você ou não, e quer saber? Eu não tenho tanto interesse assim em saber os problemas delas porque eu não consigo nem resolver os meus, mas eu sei que elas têm.

— Pensei que vocês eram mais do que parceiras de crime.

— E nós somos! Por favor, Josh, não questione a minha relação e das meninas, se eu não estou pior hoje é por causa delas.

Josh ficou calado por um tempo.

— Tudo bem, elas têm seu próprios problemas para resolver e por isso você não quer incomodar elas não é? — Ele indagou e ela assentiu. — Mas eu não tenho grandes problemas, pode contar comigo.

Ela não respondeu. Quando Josh estacionou o carro antes dela sair ela o encarou e disse:

— Obrigada de verdade, Josh. Mas acho que não vai ser preciso.

E então saiu do carro, tocou a campainha. Noah abriu e ela entrou.

— Droga! — Josh resmungou, respirou fundo e saiu do carro também entrando dentro da casa.

Regra número 2 Onde histórias criam vida. Descubra agora