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Joalin e Sabina chegaram quase ao mesmo tempo no lugar. Obviamente as garotas acharam estranho o fato delas terem vindo em carros diferentes, mas não disseram nada sobre isso.

Noah Urrea não estava lá e Sabina até questionou isso mentalmente, mas quando viu Joalin e Any conversando sérias se concentrou em descobrir se estavam falando sobre ela.

— E então? Não vamos começar a reunião? — Sina perguntou e Krystian encarou ela com cara feia.

— Noah não está. — Krystian sentou em uma das cadeiras perto do computador.

— Isso não importa, se fosse outra pessoa que estivesse faltando na sala começariamos mesmo assim não é? — Any indagou.

— Any está certa. Joshua, me traga o mapa por favor.

Josh pegou o mapa do banco e entregou para Sabina que estava ao lado da mesa. Abriu o mesmo colocou objetos encima do papel e respirou fundo massageando as têmporas.

Repassou mentalmente todo o plano que havia discutido com Noah e então começou a falar.

— Vamos assaltar o Bancorp amanhã. Heyoon e Krystian, vocês vão ficar na van, Sina você vai ficar escondida nesse tubo de ventilação até darmos o sinal para você descer.

— O que eu vou fazer?

— Abrir o cofre. Lamar, você será o piloto, ok? — Ela perguntou e ele assentiu. — Joalin, Bailey, Josh e Any, mantenham os seguranças desacordados, eu e Noah pegaremos o dinheiro junto com Sina.

— Parece um bom plano. — Lamar disse e Sabina deu um sorriso orgulhosa de si mesma.

— Na teoria. — Krystian resmungou.

— Me irrita o fato de você sempre discordar de tudo. — Sina disse para Krystian.

— Me irrita o fato de você ser tão bipolar, mas a diferença é que eu não fico falando isso para você! — Krystian rebateu.

As garotas ficaram e silêncio, os meninos não haviam entendido o porquê de Sina não ter falado nada e por isso esperaram alguma reação da garota.

Sina negou com a cabeça e deixou o lugar, Heyoon levantou para ir atrás dela, mas Any segurou seu braço.

— Deixe-a.

Heyoon mesmo preocupada sentou em seu lugar novamente. Sabina deu um suspiro e encarou Joalin.

Krystian olhou para todos na sala não entendendo o que havia acontecido. Uma onda de culpa caiu sobre ele.

Krystian levantou e saiu da sala seguindo a garota que estava no jardim da casa sentada no chão. Suspirou e sentou ao lado dela.

— Se veio gritar comigo pode voltar. — Ela disse.

— Se for ficar irritada com tudo que eu disse me avise. — Ele disse.

Ela balançou a cabeça negativamente.

— Vamos fazer assim, esse lugar é o único onde não podemos brigar. — Ela sugeriu e Krystian fez uma careta.

— Ok, mas também vamos ser sinceros um com o outro. — Ele disse.

Ela assentiu.

— Por que ficou daquele jeito? — Ele perguntou.

— Porque você me chamou de bipolar. — Disse como se fosse óbvio.

— E?

— Krystian, não quero que conte isso para nenhum dos meninos, mas eu tenho transtorno de bipolaridade, e por isso me incomodou você falar aquilo.

Krystian ficou em silêncio enquanto repassava tudo desde que haviam se conhecido, aquilo realmente explicava muitas coisas.

— As garotas sabem?

— Sim. — ela assentiu.

— Então me desculpe, não queria lhe ofender.

Ela encarou ele e inclinou a cabeça dando um sorriso divertido como quem dizia "você queria sim"

— Bem, na verdade eu queria te ofender, mas não desse jeito. — Ele disse.

Ela riu.

— Mas você quem começou... — Ele se defendeu.

— Sem brigas aqui, Krystian. — ela o repreendeu. Meio brincando, meio séria.

Do lado de dentro as garotas trocavam olhares apreensivos.

— Meninas, não se preocupem — Josh começou. — Se estivessem brigando escutariamos algo sendo quebrado ou no mínimo gritos.

Any soltou uma risadinha.

— Já que já sabemos o plano e os dois estão bem lá fora, acho que vou sair. — Any disse.

— Muito bem, eu também vou. Meninos mais tarde irei vim aqui, pra contar o plano ao Noah. — Sabina disse e Bailey cruzou os braços dando um sorrisinho.

— Sabina, não precisa, eu posso explicar para ele.

— Não, Bailey, pode deixar comigo. — Sabina disse para depois pegar sua bolsa e sair.

Provavelmente iria encher Noah de perguntas já que era curiosa, mas antes disso precisava fazer uma rápida visita a uma pessoa.

Regra número 2 Onde histórias criam vida. Descubra agora