02. Você cresceu tão corajoso

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— Que bagunça é essa na minha sala? — disse Sugawara.

Tobio e Shouyou ergueram a cabeça ao ouvi-lo, Kenma estava ocupado demais, afogado nas histórias em quadrinhos antigas.

— O Bokuto que deu pra gente! — disse Shouyou, levantando o livro  infantil que ele e Tobio estavam colorido.

— Bokuto, hm? — Sugawara cruzou os braços, girando nos calcanhares para  se virar na direção da cozinha. Onde o casal estava tendo seu encontro matinal na mesa.

— O Koutarou tá trabalhando em uma banda de jornal — explica Akaashi, bebendo seu café.

— Eles iam jogar fora — disse Bokuto —, mas vi que tinha muitas revistas ainda em bom estado, então as peguei.

— Tem a primeira edição do Capitão América! — exclamou Kenma. Ele com toda certeza era o mais animada com tudo aquilo. Estava praticamente submerso dentro de um ninho de revistas e histórias em quadrinhos.

— Já checou se isso não tá cheio de barata e cocô de rato? — disse Sugawara.

— Ah, vamos, você só tá assim porque foi o Koutarou que trouxe — disse Akaashi. Ele já estava ficando cansado da marcação de Sugawara em cima do seu namoro. — Não é só porque elas estavam em um armazém sujo que significa que tenham— Uma barata!

Sugawara se desesperou para pegar Tobio do colo e puxar Shouyou, enquanto gritava para que pegassem um chileno logo.

Bokuto foi rápido em subir na cadeira, desesperado, cobrindo os olhos com as mãos. Akaashi não sabia se o socorria ou procurava pelo maldito chinelo.

Então Kenma, sem desviar os olhos de sua leitura, retirou seu sapato e matou o inseto. O jogando para longe com a ponta do calçado.

— Shhhh, eu estou tentando ler — disse ele.

O silêncio pairou na sala. Sugawara e Akaashi olharam para a barata morta e de volta para Kenma. Orgulhosos e chocados ao mesmo tempo.

— Eu te criei tão bem — disse Sugawara, limpando as lágrimas no canto dos olhos —, você cresceu tão corajoso.

— Então eu posso ficar com as revistas? — Pergunta Kenma.

— Não, pode tirar esse lixo da minha casa.

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