04. Que tentativa de homicídio é essa?

2.4K 330 251
                                    


Naquela manhã, Sugawara fazia o café da manhã dos garotos, como de costume. Além dos cereais, serviu para os garotos um capão de vitamina, para mantê-los cheio de energia para o começo naquela nova semana. Em sincronia, Tobio e Shouyou seguravam seus copos, bebendo da bebida. O mais velho olhava-os, encantando, não percebeu o quanto sentia saudades das pequenas coisas do seu cotidiano.

— Terminaram? — perguntou. Os garotos anuíram, mostrando o copo vazio como prova. — Muito bem. Shouyou, você pode acordar o Kenma?

Era domingo, então Sugawara o deixou dormir um pouco mais. Mesmo assim, nunca o deixaria passar demais do horário, o café da manhã era importante para o seu desenvolvimento.

— Tá bom! — exclamou em resposta, prontamente correndo pelo apartamento até seu quarto, com os braços estendidos para trás. Assim que o ruivinho passou no corredor, a segunda porta foi aberta, revelando Iwaizumi.

Com o cabelo mais bagunçado que o normal e os olhos pesados de sono, ele bocejou até a cozinha. Ao mesmo instante, a porta do apartamento foi aberta, dando passagem para Akaashi. Os dois foram até a cozinha, sentando-se à mesa, esperando pelo café da manhã.

Uma das mãos de Sugawara estava sustentando seu corpo apoiada no balcão, enquanto a outra estava em sua cintura, as sobrancelhas arqueadas.

— Isso aqui tá realmente virando a casa da mãe Joana — disse.

— Cadê meu café? — perguntou Akaashi, o ignorando, seguindo até sua melhor amiga: a cafeteira.

Mesmo reclamando, Sugawara preparou a mesa para a segunda rodada do café da manhã, ajudando Iwaizumi a colocar manteiga no seu pão. Sentado ao seu lado, Tobio não parava de encarar o gesso em seu braço. Tomado pela curiosidade, estendeu a mão para tocar.

— Tá gelado!

— É por causa do ar-condicionado — respondeu Iwaizumi, baixando a cabeça para olhar o garoto.

— Dói?

— Não, mas coça bastante.

Tobio continuou encarando, quase hipnotizado, com o dedo indicador preso nos lábios.

— Eu posso desenhar nele? — perguntou por fim. Lembrou que na noite que Iwaizumi apareceu com o gesso, seu pai colocou seu nome, postando a foto segundos depois. Ainda não conseguia escrever seu nome, mas queria de alguma forma registar sua presença naquela tela branca.

— Claro. — O mais velho deu de ombros. Tobio levantou-se, animado, correndo até o quarto à procura de suas canetinhas coloridas.

Ao passar pelo corredor, ele tombou com Shouyou, que corria e gritava, exasperado:

— Papi, papi! O Kenma tá doente!

Sugawara consertou sua postura ao que Akaashi virou tão rápido que quase deixou sua jarra de café cair no chão.

— Ele tá doente, doente, ou fazendo manha pra não levantar? — perguntou.

— Ele tá quente e falou que tá com dor de cabeça — respondeu o ruivinho.

Akaashi largou a jarra no balcão, seguindo até o quarto, com Sugawara em seus calcanhares.

Ao abrir a porta, encontrou Kenma em seu casulo, na cama do meio. Na última reforma, o beliche foi substituído por três camas infantis, Shouyou e Tobio escolheram os modelos em formato de carros de corrida, enquanto a de Kenma era uma edição dos "Vingadores". Akaashi foi até ele, retirando seu lençol, relevando o corpo encolhido do garotinho. Ele se agachou ao seu lado, tocando sua testa e braços.

Full houseOnde histórias criam vida. Descubra agora