03. Se tá com fôlego pra me xingar, você tá bem

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— Vamos ao parque de diversões hoje! — exclamou Oikawa, entrando na cozinha.

Tobio e Shouyou soltaram exclamações animadas, até mesmo Kenma, que não era muito fã de lugares lotados e gente gritando o tempo inteiro, estava ansioso com a ideia.

Akaashi por sua vez, estreitou os olhos, encarando o amigo.

— O que você tá tramando?

— Credo, você falou como o Iwa-chan agora — Oikawa revirou os olhos, puxando uma das cadeiras para se juntar a eles na mesa —, apenas quero passar um tempo com minha família. Nem lembro qual foi a última vez que saímos juntos.

— O Koushi ainda não voltou, vamos sem ele?

— Ah, que horas ele volta?

— A última mensagem dele foi ontem a tarde, quando falou que estava voltando e que era para esperarmos por boas notícias. — Akaashi checou o celular. — Depois não falou mais nada e nem apareceu.

— Aconteceu alguma coisa com o papi? — perguntou Shouyou. Akaashi apertou os lábios, não percebeu que o garotinho estava atento a conversa deles.

— Não, baixinho, ele tá na casa da vovó, lembra? — O garotinho anuiu. — Logo mais ele tá de volta.

Shouyou baixou a cabeça, a mão que segurava a colher do cereal vacilou. Logo os primeiros sinais de choro começaram a bagunçar seu rosto. Entretanto, Akaashi foi mais rápido.

— Termine logo de comer, assim podemos chegar ao parque mais cedo.

O brilho então voltou para o garotinho, sorrindo, ele devorou seu café da manhã em uma velocidade que se Sugawara visse pediria para que parasse para não causar indigestão.

Logos os três terminaram de comer, mostrando o prato vazio como prova, e seguiram para o quarto, conversando em voz alta o quanto estavam ansiosos pelo dia, deixando Akaashi e Oikawa sozinhos.

Akaashi pretendia terminar seu café quieto, mas o sorriso de Oikawa deixava claro que ele não iria conseguir aquilo.

— Diz logo.

— Eu vi a foto que vocês dois postaram ontem — disse ele, balançando as sobrancelhas. — Foi difícil saber quem era quem. Ao seu lado, ela se parece ainda mais com você. Foi divertido?

— Um pouco — confessou, os lábios contra sua xícara, escondendo seu sorriso. Não ia dar a Oikawa o gostinho de saber que estava gostando de conhecer sua irmã, que a havia aceitado como família, e que suas conversas eram tão naturais e o deixavam confortável, como se tivesse passado a vida toda ao lado dela.

— Chama ela pra ir com a gente.

— Você vai pagar a entrada dela?

— Você realmente me vê como um caixa eletrônico, né?

— Ah, e do Koutarou e do Tetsu também.

— Por que eu pagaria a entrada do teu namorado? Ele que lute.

— Porque ele vai ajudar a gente a controlar os meninos.

— ... Será que se a gente mentir ele paga meia?

Akaashi riu.

— Vou chamar o Iwa-chan também.

— Aposto dez conto que ele já te bloqueou pra poder dormir em paz.

— Ele não faria isso, ele me ama. — Oikawa pegou seu celular, discando o número de Iwaizumi no automático. Nada. Franziu a testa, tentando mais algumas vezes, recebendo o mesmo resultado.

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