Extra 04 - Especial do dia dos pais (Parte 02)

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Shouyou sentou-se no colchão, esticando os braços para afastar a preguiça ao acordar. Ele piscou algumas vezes, tentando recuperar o foco da visão. Quando por fim acordou, ele sorriu, lembrando-se.

— Já é dia dos pais! — exclamou, pulando de sua cama. Ele foi até Tobio, empurrando o irmão, para acordá-lo. — Levanta, Tobiyolo. É dia dos pais! — Ele virou-se na direção da cama de Kenma. — Levanta tu também!

Tanto Kenma quanto Tobio resmungaram, puxando os lençóis até a cabeça. Shouyou fez bico, cruzando os braços. Ele então voltou para sua cama, pegando seu travesseiro. Batendo com ele na cabeça de seus irmãos preguiçosos.

— Vamo! Levanta!

— Que saco, Shouyou — diz Kenma, em meio a um bocejo, acariciando a cabeça machucada. — O que você quer?

— Hoje é dia dos pais — diz Shouyou, mais uma vez. — A gente tem que preparar nossos presente!

— Presente? — Tobio perguntou. — Mas a gente não tem dinheiro pra comprar presente.

— Não precisamos de dinheiro — diz Shouyou —, lembra do que a Yachi-sensei falou pra gente na sexta? Podemos fazer cartinhas e dar um abraço bem grandão neles!

— O que acha da gente preparar o café da manhã? — diz Kenma, a mão no queixo, pensativo.

Domingo era dia de preguiça para seus pais, então eles sempre acordavam mais tarde. Quase na hora do almoço, então nunca tomavam café da manhã. Geralmente Kenma e seus irmãos passam a manhã toda assistindo desenhos e comendo biscoito (sem recheios) no sofá, até a hora deles acordarem.

Era uma boa maneira de retribuir tudo o que seus pais fizeram para eles. E também era a única referência que Kenma tinha, ele viu uma cena parecida no filme que viram na noite passada. Onde o amado levava o café da manhã na cama da prometida. Ao seu ver, era uma ideia brilhante.

— A gente não pode usar o fogão — disse Shouyou.

— Mas podemos chamar alguém que pode — respondeu Kenma.

— Quem? — questionou Shouyou e Tobio ao mesmo tempo. Kenma sorriu.

— O Bokuto. Vou precisar do celular do meu pai.

— O tio Akaashi não deixa a gente mexer no celular dele. — Tobio o lembrou. Kenma fez careta. Ele tinha esquecido desse detalhe. Sugawara e Oikawa nunca tiveram problema em deixar que usassem seus celulares, seja para jogar ou ficar atoa no YouTube. Mas Akaashi nunca, jamais, os deixou chegar perto do celular. Kenma achava que era coisa do trabalho.

— Então vamos ter que ir até a casa dele. — Kenma disse.

Os três garotos então saíram do quarto, na ponta dos pés, eles passaram no corredor. O apartamento em silêncio, seus pais ainda no décimo oitavo sono. Em fila, eles conseguiram sair de casa.

Entretanto, assim que fecharam a porta, eles deram de cara com Iwaizumi.

— O que fazem aqui fora sozinhos? — ele perguntou, os braços cruzados. O que ele achava ser uma postura intimidadora. Mas a real era que os garotos não tinham medo dele. Nenhum pouquinho. Aquela cara marrenta só assustava Oikawa.

— A gente vai preparar o café da manhã para o dia dos pais — disse Shouyou.

— Estávamos indo até a casa do Bokuto — diz Kenma, apontando na direção do apartamento do namorado do pai. — Ele não é bem um adulto responsável, mas é nossa única alternativa.

Iwaizumi riu, balançando a cabeça.

— Eu vou com vocês. — Disse ele.

Os garotos então o levaram até o apartamento de Bokuto, onde Kenma entrou usando a senha. Assim como Bokuto tinha passe livre no apartamento deles, eles tinham a mesma liberdade de entrar no apartamento do universitário.

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