Amando um Roqueiro - XXX

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Era sexta feira de manhã ja havia algum tempo que eu não via Davi. George sentado na mesa da cozinha me vendo preparar o café vestindo apenas uma cueca samba canção, com seu peitoral peludo a mostra me contando histórias de quando ele morou em Londres.

George falou sobre a família que o hospedou e de como se deu bem com Peter e várias histórias que aconteceu com ele e que de alguma maneira o tal Peter aparecia. Confesso que ouvir aquilo me deixou um pouco enciumado e George percebeu, pedi para ver fotos do tal Peter, na verdade eu ate ja tinha visto, ate porque eu ja sabia de sua existência, mas estranho como certas coisas so ganham importancia de repente. talvez pelo fato do amigo estrangeiro de meu namorado chegar, vindo de tão longe estivesse mexendo comigo.

George pega seu notebook abre sobre a mesa e la está o cara alto da altura de George, porém magro, bem branco, olhos verdes, cabelo loiro. Em todas as fotos sorrisos, acenos, aquela mão sempre na cintura de George me incomodava, sim eu fiquei inseguro ao ver como o cara não era feio.

Continuamos a tomar nosso cafe da manhã e conversar pego a garrafa de café que esta em cima da mesa me sirvo mais uma xícaras. George se serviu também novamente e elogiou meu café, mas sabe aquela coisa que você pensa que ele está te elogiando para que você pare de pensar besteira, foi o que eu pensei.

De repente uma sensação horrível, uma falta de ar, meu coração apertado e imagens de Davi ensanguentado aparecendo como Flash's em minha mente. Não consegui segurar a xícara que caiu no chão espirrando café pela cozinha, coloquei a mão no peito e a outra tentando alcançar algo para me apoiar. George ao ver a cena como um raio se levantou deixando sua cadeira cair e veio a meu socorro desesperado, me perguntando o que estava acontecendo.

Após alguns segundos sem respirar consegui puxar o ar e gritei:

_ Davi!

George que estava me segurando, me soltou perguntando de que eu tinha o chamado, mas ao ver que eu sem forças para me sustentar ia caindo me segurou novamente, me ergueu e me ajudou a me sentar na cadeira. Enquanto pegava um pano para limpar o cafe que tinha derramado em mim me questionava o que estava acontecendo.

_ O Davi, aconteceu alguma coisa com o Davi.

George limpa minhas pernas e olha se não queimaram, apenas um pouco de vermelhidão onde o cafe quente pegou, mas nada grave. George se agaixa em minha frente e me pede para olhar em seus olhos.

_ Edu, Eduardo! Se acalma! Olha para mim, o Davi esta bem, esta no apartamento dele, você esta aqui no nosso apartamento, eu sou seu namorado, eu te amo e não tem nada errado acontecendo!

_ Tem! Tem sim! Tem alguma coisa acontecendo com o Davi, eu sei! Eu sinto! Eu vou... Eu vou lá.

_ Não! Você não vai!

_ Se você não quiser me levar eu vou sozinho.

_ Porque? Porque você esta fazendo isso Edu? Estávamos indo tão bem. Eu pensei... Eu pensei que você finalmente tinha esquecido aquele cara...

_ George meu amor, eu te amo! Estou muito feliz ao teu lado, mas eu não posso ignorar se meu amigo esta precisando de ajuda.

_ Ajuda Eduardo? Alguém ligou? Alguém veio aqui te chamando, te pedindo ajuda?

_ Não, mas eu sinto, eu sinto George!

Digo colocando a mão no peito. George se levanta balançando a cabeça.

De costas para mim se apoiando na pia de cabeça baixa George diz:

_ Então vai! Se você quer ir ver aquele cara, vai!

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