Capitulo II

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Neji Hyuga o sacerdote da deusa Amaterasu, que havia saído as escondidas agora retornava ao templo, se esgueirando pelas sombras, passando por uma passagem secreta que havia descoberto a pouco tempo e que ele sabia que não havia guardas ali.

Com rapidez chegou ao seu quarto, que era simples e modesto, diferente  dos outros sacerdotes responsáveis pela tecelagem. Isso porque ele não era para ser um sacerdote, não fazia parte da família dos escolhidos, somente foi escolhido por causa do seu pai, que implorou a deusa que salvasse seu filho e sua esposa. Sua mãe teve uma gestação difícil, e quando chegou  a hora de Neji nascer, ela teve complicações e quase morreu. Desesperado seu pai implorou a deusa que salvasse os dois e que se isso acontecesse ele entregaria seu filho para ser sacerdote da deusa. Para ele a deusa atendeu o seu pedido e os dois sobreviveram e como prometido entregou seu filho para ser sacerdote. Quando sua esposa se recuperou e descobriu o que ele tinha feito, ficou muito chateada com ele, pois queria que seu filho tivesse o direito de escolher seu futuro e isso lhe foi retirado. Assim que Neji completou 5 anos foi retirado dos seus pais e levado ao templo para a iniciação. Nunca mais ele sairia de lá. 

Neji não tinha raiva do seu pai, até porque ele nunca soube dessa história, da verdade, pensava que havia sido escolhido pela própria deusa. E por isso também nunca entendeu a indiferença com que era tratado pelos demais. Sempre era o mais cobrado, tinha sempre que ser perfeito, sem reclamar, sem discutir, apenas obedecer.

Depois de entrar no quarto e fechar a porta cuidadosamente para não fazer barulho, se jogou na cama com um sorriso no rosto, feliz por ter conseguido sair pela primeira vez  para poder ver de perto toda a criação e por também ter feito um amigo, que era totalmente diferente do que diziam os anciões  e começou a pensar que falavam aquilo para criar medo e fazer com que não quisessem sair.  Deixando esse pensamento de lado, voltou a pensar no moreno sem nome que transmitia tranquilidade e segurança e logo adormeceu, sem tirar o sorriso do rosto.

Distante dali, nos arredores do Castelo, o moreno sem nome, vulgo  Shikamaru Nara ouvia um sermão do seu pai Shikaku por ter sumido por quase metade do dia, mas Shikamaru não estava prestando atenção, seus pensamentos estavam naquele ser de cabelos castanhos longos e sedosos e olhos perolados. Seu pai percebeu que ele não estava o ouvindo e acabou gritando:

- Shikamaru, está me ouvindo.

- Sim pai, estou. - Respondeu sem  realmente ouvir o que seu pai dizia.

- Você deve começar a ser mais responsável. Daqui a uns meses fará 19 anos e irá começar a se preparar para se tornar o estrategista oficial do exército do reino.

- Eu já faço isso, todo dia, praticamente desde que nasci, já estou é saturado de tudo isso. - Disse com a voz um pouco alterado. Não era a primeira e nem seria a última vez que discutia com seu pai sobre isso. Tinha consciência do seu destino, mas ainda tinha esperança de muda-lo.

- Não me responda moleque. Já aguentei demais essa sua insolência, a sua preguiça, seu jeito de não estar nem aí para nada. E por isso tomei uma decisão. - Disse Shikaku sério. 

Essa postura deixou Shikamaru atento, pois sempre que isso acontecia, acabava sobrando para ele e nunca eram coisas boas.

- Assim que você terminar seu treinamento para assumir o meu lugar, você irá se casar com a senhorita Shion.

- Me casar? E ainda por cima com a filha daquele mago louco? Ela é louca igual ao pai.

- Não fale assim do conselheiro do imperador e de sua filha, não lhe dei educação? Ele pode ser um pouco excêntrico, mas é de total confiança e será bom para melhorar a nossa relação com o nosso reino e os demais. Além do mais todos sabem que ela tem interesse em ti.

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