Neji praticamente correu para o templo, quase não se escondendo, tamanha era a pressa para chegar ao seu quarto. Quando finalmente chegou, sentou na cama pegou um travesseiro colocou no rosto para abafar o grito que deu. Não fora muito alto, mas mesmo assim quis se precaver. O grito era de raiva, vergonha e arrependimento por não ter dito o que sentia, pois teve uma pequena certeza de que o outro falava de si quando disse que estava apaixonado e ele por medo saiu correndo como uma garotinha assustada.
Shikamaru ficou um pouco mais no local antes de ir para casa. Queria apenas sua cama, deitar e esquecer o dia de hoje, exceto a parte em que quase beijou o perolado. Ah como ele queria aquele beijo. Quem sabe numa próxima. Chegando em casa, seu pai já havia chego, algo raro de acontecer, apenas o cumprimentou com um aceno e foi para o quarto, não queria conversar. Mesmo do quarto, pode ouvir seus pais conversando.
- Você sabe o que está acontecendo com nosso filho Yoshino, ele se abre mais com você do que comigo. – pediu Shikaku.
Nessa hora Shikamaru começou a prestar atenção na conversa, não queria que sua mãe falasse sobre ele estar apaixonado. Mas para sua surpresa, sua mãe mentiu, e ela nunca mentia principalmente para seu pai.
- Eu não sei marido, ele não me fala nada. Está distante de tudo, nem comigo ele está se abrindo. Deve estar chateado por conta do casamento. Você já percebeu que ele não quer se casar. Penso que ele achava que iria se casar com quem gostasse e não por obrigação.
- Nosso casamento também foi arranjado e nós nos damos muito bem. Nos amamos. Somos felizes. Ele também pode ser, só ele deixar de ser ‘problemático’ como ele diz.
- Eu sei, eu sei. Mas se me permite dizer, acho esse casamento um erro, o que iremos ganhar com isso? Fazer parte da nobreza? Sabe que não me importo com isso e sei que você também não. Muito menos Shikamaru, ele sempre quis ter uma vida simples, pacata, sem preocupações.
- Ele terá que esquecer esse sonho infantil...
-Sonho infantil pai? É um sonho infantil eu desejar uma vida pacata, como uma pessoa comum? Sem ter que me preocupar em ter um monte de vidas em minhas mãos, me preocupar com estratégias para o exército do reino tirar a vida de outros. Não queria isso. Gosto de coisas simples, e sempre quis, se um dia me casasse, que fosse um casamento como o seu e o da mamãe. Por mais que foi um casamento arranjado também, admiro tanto vocês dois. Mas não é isso que terei não é, pois o que quero não importa, eu aceitei isso por obrigação, então não espere que fique feliz. – respondeu Shikamaru voltando para o quarto deixando os outros dois surpresos.
- Agora tenho certeza de que tem alguma coisa acontecendo com ele, já que não é do seu feitio agir dessa maneira, ele sempre usou mais a razão e agora parece que está usando o coração.
- Esqueça isso por agora, ele só deve estar insatisfeito com a situação. – disse a mãe de Shikamaru, tentando fazer Shikaku esquecer o assunto, pareceu que funcionou, pois ele deu de ombros. Jantaram somente os dois já que o filho não saiu do quarto depois da discussão.
Os dias se passavam lentamente para os dois apaixonados quando não se viam. Para Shikamaru era pior, pois a Shion estava mais no seu pé, sempre atrás dele, disposta a descobrir quem era aquela que havia roubado o coração do seu amado. Mas o moreno não era um excelente estrategista a toa, conseguia despistar a mulher com frequência.
Fazia mais de uma semana que Shikamaru não via seu perolado, seu mal-humor estava beirando o insuportável, precisava tanto ver aquele que o acalmava e lhe trazia paz. Estava ficando preocupado com o desaparecimento dele, por mais que soubesse que era difícil para ele sair do templo, nunca tinha ficado tanto a dias sem o ver. Estava tão dependente que chegava a assustar. Será que outro tinha desistido dele? Dos encontros? Justo quando tinha decidido se declarar, colocar para fora o que sentia, estava começando a ficar com medo de perder algo que sequer tinha.
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Forever Love
Fanfiction2 jovens apaixonados... Impedidos de se amarem. Condenados a eternidade Porém sem poder se amar. Vida e morte Após anos, ou séculos, já perdeu a conta de quantas foram as vezes que se encontraram, se apaixonaram e se perderam. Um ciclo sem fim. Tud...