Capítulo IV

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Estavam cercados, por guardas do reino, pelos sacerdotes do templo e a frente estava Shion com um sorriso maléfico nos lábios. Estavam presentes também seus pais, que o olhavam com desgosto. 

- Por favor, soltem ele. Ele não fez nada. – implorava Shikamaru ao ver seu amado ser arrastado para longe de si enquanto era segurado por guardas.

- Ele fez sim, ambos fizeram. Desrespeitaram o templo, a deusa Amaterasu, os sacerdotes, o reino, o imperador, a sua noiva, todos. Vocês são pecadores, os piores que podem existir. E agora irão pagar o preço por tamanha heresia. 

Os guardas que seguravam Shikamaru o forçaram a levantar a cabeça para ver o que estava acontecendo com o perolado, que se encontravam amarrado e fora jogado ao chão como se não fosse nada.

- Você sabe qual a consequência para seus atos? - Perguntou um sacerdote com sarcasmo, como se estivesse se divertindo com aquilo.

- Sim, eu sei... e... não me... arrependo... Eu amei e fui amado... algo que vocês nunca conhecerão. -  Respondeu o perolado com dificuldade e sorriu para seu amado, como se quisesse confortá-lo de alguma forma, mostrar que apesar de tudo estava bem e o amava.

- Esteja preparado para seu fim. - Disse o sacerdote levantando a espada para efetuar o golpe final.

- NÃO! 
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Shikamaru acordou assustado, com os olhos úmidos e o coração acelerado, a imagem do perolado amarrado, imobilizado preste a ser executado estavam vividas em sua mente. Após se acalmar um pouco, sentou-se na cama, tentando organizar seus pensamentos quando a porta do seu quarto foi aberta de uma vez e sua mãe entrou preocupada, pois tinha ouvido seu filho gritar.

- O que aconteceu filho? Você está pálido e ouvi você gritar. – perguntou preocupada, nunca viu seu filho daquele jeito. 

- Foi apenas um sonho mãe, não se preocupe. – disse tentando acalmar sua mãe.

- Tem certeza? - Perguntou Yoshino olhando para seu filho, que confirmou com um aceno de cabeça. – Tudo bem, se levante e venha tomar café da manhã, seu pai está lhe esperando para irem se encontrar  com o senhor Orochimaru para tratar sobre seu casamento.

Shikamaru havia esquecido completamente daquela reunião. Ainda mais depois da conversa na noite anterior com sua mãe, sua descoberta sobre seus sentimentos e o pesadelo. Hoje o dia não havia começado bem. Levantou-se desanimado, fez suas higiene matinal e se dirigiu a cozinha onde seu pai o aguardava.

- Bom dia,  tome logo seu café que já estamos atrasados para nos encontrar com o senhor Orochimaru e a senhorita Shion. – disse seu pai sério como sempre.

- Tenho mesmo que ir junto? Não podem resolver sem mim? – disse sem ânimo algum.

- Sim, você precisa. Afinal você é o noivo, tem suas obrigações. – respondeu Shikaku.

- Obrigações, obrigações.  Estou sempre sendo obrigado a algo. Obrigado a ocupar seu lugar. Obrigado a fazer estratégias para o exército do reino. Obrigado a me casar. Que saco. – respondeu Shikamaru exaltado.

- Pare de reclamar. Já conversamos sobre isso. Não é mais uma criança para fazer birra. – disse seu pai.

- Parem de brigar os dois, por favor. Ultimamente vocês não sabem trocar duas palavras sem discutirem. – interveio sua mãe.

- Me desculpe mãe. Pai, eu sempre fiz e faço o que me pedem. Eu reclamo das coisas? Sim e muito eu sei. Mas eu não quero me casar, não com ela. Não me obrigue a isso, por favor. – pediu Shikamaru. 

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