Shiro

Shiro XXIV

Era madrugada, o silêncio da noite estava sendo cortado gentilmente por sussurros. Havia gemidos sendo lançados no ar, com o perfume de jasmin emaranhado com o cheiro forte do homem que era seu, que lhe amava intensamente sob o futon macio.

Nana fechou os olhos, tendo-o mais uma vez naquela noite. Agarrou-se nas costas dele, mordendo os lábios quando o sentiu dentro de si. Movendo-se na mesma intensidade, no mesmo desejo.

Hiashi a amava gentilmente, mas também com um desespero insano. Um desejo intenso de sorver para seu corpo. De fazê-la somente dele.

Fazia anos que Nana não sabia o que era ser amada, desejada. Entregou-se totalmente para aquele que a faria feliz de agora em diante.

Sorriu para Hiashi, quando enfim o prazer máximo tomou conta de seu corpo. Nana ofegou, cravando suas unhas nas costas de Hiashi.

Ele não soltou o corpo em cima do dela, deitou-se ao lado, sem que a machucasse com seu peso. A puxou para si, abraçando o corpo quente, suado e perfumado.

Respirou jasmin, depois aliviado por tê-la em seus braços. Satisfeito.

— Finalmente. — Sussurrou, beijando-a no pescoço.

— Você é muito lento. — Ela sorriu, e concertou o que havia dito. — Demorou muito para entender que eu te amava.

— Mas agora não vou esquecer disso. Jamais, minha Nana.

— Os homens Hyuuga sempre muito possessivos. — Ela sorriu, voltando a beijá-lo. Rolou o corpo para cima do dele, e iniciou as caricias novamente.

Permaneceram assim, até o nascer do sol, quando se vestiram e foram para o jardim, ver o dia nascer.

Ao longe, Hinata segurava seu bebê que não conseguia dormir, Hanabi acabara de chegar da rua. Elas observaram o pai. Sorrindo, ambas felizes por vê-los finalmente juntos. Sim, porque era tão óbvio aquele amor, que era impossível de não sorrir e torcer a favor deles.

白

— Cuidado, Tenten!

O grito fora inútil, já era tarde para um aviso. Correu em direção a mulher estendida no chão. Acabara de receber um golpe pelas costas para protegê-lo.

Neji a segurou nos braços, pedindo para que abrisse os olhos. Logo atrás vinha Gai e Lee, que mantinham o inimigo afastado.

A missão estava fora de controle, as rotas do caminho para Suna estavam cheias de emboscada. E, nessa última, logo tão perto de chegarem, foram atacados severamente por ninjas que pareciam brotar do chão.

Neji carregou Tenten desacordada até uma rocha, colocou-a ali encostada na tentativa de protegê-la.

Voltou à luta e, furioso, matou três no primeiro golpe desferido contra eles. Continuou a luta junto com os outros dois, mas parecia que não acabavam nunca os ninjas.

Um dos homens que lhe atacava voou por sua cabeça, indo em direção a companheira de equipe, esse Neji não conseguiu segurar.

Tenten abriu os olhos, vagarosamente. Mas só viu areia cobrir seu corpo.

Neji respirou aliviado, viu a areia do deserto correr nervosamente, e os ninjas foram engolidos por ela, sumindo.

— Kazekage-sama. — Neji se aproximou, voltando a sua atenção para a kunoichi ferida. — Eu me descuidei, ela está ferida.

— Peço perdão por esse ataque surpresa. Vim o mais rápido possível quando soube do primeiro. — Ele parecia tão preocupado quanto os outros do time Gai. — Vamos levá-la, estamos bem perto de um acampamento.

Tenten foi levada para uma tenda onde havia um médico. Gaara permaneceu o tempo todo ali, próximo dela.

Neji já iria perguntar o porque dele estar ali, poderia ter enviado qualquer um, mas foi pessoalmente. Só que ao ver o olhar do Kazekage, soube a resposta imediatamente.

Quando a noite chegou, Tenten finalmente acordou. E ao seu lado, não encontrou um companheiro de equipe, mas sim o homem com quem havia infinitas disputas.

— Finalmente. Você me deu um susto. — Ele disse, acariciando as mãos dela.

— O que o Kazekage faz aqui? — Perguntou, puxando a mão. — Aliás, onde é aqui?

— Não seja teimosa agora. Deixe as brigas e besteiras para trás. Eu estou aqui porque te salvei e você está aqui... bem, porque eu desejo isso.

— Do que está falando?

— Pedi para a Hokage trazê-la até aqui, para mim. Eu só não sabia que haviam ninjas prontos para atacar. Se soubesse, jamais teria pedido para vir.

— E porque me queria em Suna?

— Não lhe parece óbvio? — Ele tentou mais uma vez pegar nas mãos de Tenten, somente tentou.

— Vai com calma. Eu não sei do que está falando.

— Tenten, deixe de ser turrona. Eu quero que você fique em Suna comigo. Você foi embora porque achou que eu não a amo. Não sei de onde tirou isso, mas estou tentando mostrar o contrário. Me ajude, ao menos.

Ela sorriu, deixando o Kazekage sem saber o que esperar em seguida.

— Eu achei que não tinha sorte para o amor, para a vida, pra nada. Porque sempre que me apaixono, é por alguém muito complicado. Mas confesso que o medo é grande também. — Ela sentou na cama improvisada naquela tenda. — Você nunca mostrou que sentia algo por mim.

— Nunca? Eu não costumo convidar mulheres para passar a noite no meu quarto. — Gaara se sentiu ofendido pela desconfiança dela, mas não imaginava que ela também se ofendia com aquela frase.

— Passar a noite no seu quarto? É isso? Eu não acredito que ainda te dou ouvidos.

Do lado de fora da tenda, Neji, sentado próximo a fogueira, ouvia a voz alterada de Tenten, como conhecia aquele gênio indomável, sabia que aquela discussão iria se arrastar por toda a noite. Resolveu dormir. Quem sabe com um novo dia, voltaria logo para casa, para sua esposa e seu filho.

— Lee, se quiser me vencer, terá que fazer melhor que isso. — Neji abriu os olhos, havia se esquecido daqueles dois.

— Hai! Gai-sansei. Agora eu vou com tudo. — Os dois se olharam, até que Lee começou a falar alto. — Pedra! Papel! Tesoura!

— Haaaa!!! É isso aí Lee. Papel ganha da pedra, você esta melhorando.

— Arigatou, Gai-sensei!

***

Notas de aviso de 2010Essa historia era um presente de aniversário para minha amiga Vall que eu comecei em 2009 e acabei no aniversário dela de 2010 kkkk