(Final)
Era madrugada quando ela se levantou para observar o bebê no berço. Foi apenas um susto. Acreditou que estava chorando. Os sentidos de mãe estavam ligados a mil.
Ficou ali mais alguns minutos, velando o sono calmo de seu filho.
Já fazia alguns dias que Neji havia saído em missão. Recebeu uma mensagem dele, informando que de Suna, deveria ir para outra missão, já que eram a equipe mais próxima de onde a Hokage necessitava de reforços.
Ele não informou qual missão era, claro, algo assim não se deve ser dito. Hinata estava ciente de que momentos como esse seriam mais constantes. Neji era sem dúvida um dos melhores ninjas da Folha, senão do mundo shinobi. Um gênio, como ele seria requisitado para quaisquer eventualidade, e em sua maioria seriam as de pleno perigo.
Mais uma coisa que a deixava apreensiva demais. Seu marido, o amor de sua vida, em perigo e ela sem poder fazer nada. Eram pesadelos que inundavam suas noites sozinha na cama, sentindo o desejo de estar ao lado dele. E se morrer, morressem juntos.
Era então agora a Líder de um dos clãs mais fortes e visados, não somente no País do Fogo. Por isso sua nova posição deveria ser de extrema cautela. E não havia mais espaço para aquela mulher medrosa e tímida que um dia fora.
A gravidez a ajudou muito – nesse aspecto –, sentia-se mais confiante agora. Forte e determinada. Pois, após enfrentar as pessoas que lhe eram mais temidas ali do clã, ela tinha a certeza de que poderia conquistar o que desejasse. Com seu esforço próprio.
Esforço, essa palavra que vem empurrando ela desde quando era uma garotinha fraca.
Cresceu, e agora se via uma mulher completa. De sorte e amada. Era o que sempre desejou, aliás. Ser amada. E olha só como o destino é. Ela buscou tanto um amor perdido que encontrou o verdadeiro amor logo ali, ao seu lado. Estava no alcance de suas mãos e demorou tanto para perceber isso.
Hinata sorriu, quando seu bebê se mexeu no berço, esticando os bracinhos pequenos pra cima.
O pequeno Hizashi, o mesmo nome do pai de Neji, seria então o seu sucessor. A mãe Hinata tinha medo disso, mas a kunoichi Hinata sentia-se orgulhosa. Queria, desejava intensamente que seu filho fosse assim como o pai, e os avôs. Fortes, determinados. Talvez um pouco como ela também. Queria que seu menino fosse gentil, fosse bom. Não que os homens citados não fossem bons, mas eles sempre eram bem mais frios e sérios.
A criança tencionou a acordar, mas não fez, voltando a relaxar totalmente.
Hinata se virou, pronta para voltar a dormir. Inesperadamente se deparou com Neji recostado na porta, com um flor na mão.
Ela sorriu, frisando o cenho depois. Ele estava ali a quanto tempo? E como não havia percebido a sua chegada?
— Neji, querido. Você, voltou. — Ela o abraçou, delicadamente, segurando em seguida a flor que ele trouxera. Estava tão animada por tê-lo ali, beijou-o intensamente nos lábios, puxando para a cama. Aquilo o fez sorrir, claro. Ver sua doce esposa tão eufórica, e precisando de seus carinhos, era mais do que um estímulo para não parar o que ela fazia magicamente com as mãos. Tirando suas roupas, expondo seu corpo nu para ele. — Eu não posso esperar.
Confessou, acariciando o tecido por cima do peito. Desceu as mãos finas e ágeis até o laço da calça, desfazendo-o. Puxou então a roupa que cobria o corpo, fazendo Neji suspender os dois braços, facilitando o trabalho dela.
Tocou a pele fria, devido a temperatura mais baixa do lado de fora, as mãos percorreram o músculo do peito, aquecendo-o com leves beijos em seguida. Molhou a ponta da língua e seguiu pelo tronco, ao pescoço, mordendo-o levemente na curvatura.
Neji gemeu baixo, sentindo sua mulher mais ativa do que nunca. Não estava reclamando, só que era inesperado tamanha surpresa. Hinata estava impaciente, cheia de desejo.
Segurou-a pelos pulsos, fazendo deitar na cama, observando a delicada vestimenta dela. O tecido num tom amarelado, pouco transparente, contrastava perfeitamente com a pele dela. E era o suficiente para ver o corpo, em sua melhor forma. A gravidez somente fez melhorar o que já era bom.
Sem mais demora, alcançou as curvas do quadril, apertando a carne com força, puxando a camisola para cima, até deixa-la somente com a fina renda no corpo.
Beijou-a mais uma vez, traçando com os lábios um caminho sinuoso pela pele macia dela. Chegou aos seios fartos, apertando-os com desejo, enquanto as pernas da mulher enroscavam em volta de sua cintura. Seu desejo de possui-la era tão intenso, que não demorou muito para fazê-lo. Hinata estava totalmente excitada e foi fácil e prazeroso penetrá-la. Moveu a pélvis para se encaixar melhor, até sentir-se completamente dentro dela.
Os gemidos baixos e agudos preenchiam o quarto. Controlavam-se da forma que podia para não acordar o bebê. Hinata apertou as costas de Neji com os dedos, numa força tremenda, enquanto ele se movia freneticamente dentro dela. Se entregaram um ao outro como faziam sempre, completamente.
Ao final, Neji a abraçou, apertando o corpo dela contra o seu, beijando o pescoço, declarando seu amor. Dormiram abraçados, ou até o momento em que o bebê acordou.
白
Os olhos brancos seguiam atentamente a criança que dava seus primeiros passos. Com um sorriso maternal, Hinata ajudava o pequeno menino a se levantar quando caía, e deixava que ele mais uma vez tentasse caminhar por si só. Ela sorria, com a curiosidade do filho.
Aos olhos de Neji, que estava sentado um pouco afastado, aquela era a cena mais perfeita que já vira até então. Poderia parar o tempo somente para vê-los assim, juntos. Sua família, num raro momento de prazer e descanso, já que, como sendo uma Líder, Hinata tinha as suas tarefas, e Neji na ANBU também tinha os seus compromissos. A criança teria um logo caminho para percorrer, porque o pai iria fazer questão de ensiná-lo os mesmo valores que aprendeu com o seu, e também com o tio.
Neji as vezes sentia-se inseguro, obviamente. Agora ele pensava na segurança de seu filho.
Viu os dois caminharem na sua direção, levantou-se. O menino o chamou de pai, ouvi falar aquilo dava ainda mais emoção ao coração do homem. Neji sorriu, pegando-o no colo.
Hinata deixou os dois conversarem, era um momento de pai e filho, onde Neji sempre o alertava de que qualquer coisa que acontecesse, ele seria responsável pela mãe. Ouvir aquilo dava-lhe uma dor no peito. Sabia que nada de ruim poderia acontecer, ou pelo menos pensar nisso aliviava mais o medo de que realmente algo viesse a acontecer. Embora soubesse dos perigos que poderiam vir a enfrentar, ela era agradecida por tê-los ao seu lado. Onde valia a pena viver qualquer risco, para proteger os amores de sua vida.
Esse amor que começou assim tão desapercebido, e que hoje era o que lhe dava impulso para viver. A líder aproximou-se do marido e filho, juntando-se num abraço.
***
Notas de 2010Acho que finais tem que ser simples, eu poderia ficar divagando a historia toda sobre cada um, mas acho que a simplicidade foi a melhor coisa mesmo. Espero que tenham gostado. Foi muito divertido. Peço desculpas por não ter tido mais tempo para escrever a historia.Notas de 2020Ainda tem um epílogo.Beijos
![](https://img.wattpad.com/cover/242566396-288-k284056.jpg)
VOCÊ ESTÁ LENDO
Shiro
Fanfiction(+18) Hinata e Neji encontraram um no outro uma chance para aprender o significado do amor verdadeiro. ** Personagens são de Masaki Kishimoto. - A história foi concluída em 2010. Mas eu decidi fazer um epílogo em 2016 para comemorar os 6 anos da his...