Não demoramos a encontrar a fonte, me despi, Dororo estava nervosa e preocupada em tirar as suas roupas, será que ela sabia que eu sabia que ela era uma menina, eu não podia enxerga-la, com roupas ou sem roupas, via a mesma chama pequena e branca.
- Não olha para cá, eu sei que você não enxerga, mas...
Me virei para escutar melhor o que Dororo dizia.
- Eu falei oara não olhar!
Entramos na água e a sensação era reconfortante.
Dororo reclamou dos cortes estarem ardendo. Senti algo do tipo também mas não era nada que pudesse atrapalhar a sensação de bem estar.
- O céu deve ser assim, não é?
Uma risada conhecida ecoou.
- Há há há, isso deve ser verdade. Então talvez não seja má idéia morrer de uma vez, não é.
Dororo deu um grito e quase pulou sobre mim. Mas logo ela reconheceu o velho sacerdote.
- É você sacerdote? De onde você saiu?
- Você fala como se eu tivesse surgido do inferno. Eu estava aqui antes de vocês.
Ele estava certo, eu o tinha percebido antes.
- Devemos estar destinados a nos encontrar.
Lembrei das vezes em que podemos conversar, ele enxergava como eu e me ajudou a dar nomes a todas as cores das chamas que eu podia ver, muitas delas eu sabia o nome em meu coração quando eu vivia no mar de silêncio, trancado em mim mesmo.
Mais pessoas entraram na fonte, mais duas crianças e um adulto, todos estavam se divertindo, observei Dororo se incomodar quando as crianças viram algo em suas costas, diziam ser um mapa.
- Calem a boca, parem de olhar para as minhas costas!
- Vai, mostra para a gente – dizia uma fãs crianças.
Eu sabia que um mapa era alguma coisa que servia para ajudar a pessoa a ir a um lugar específico.
Depois de algum tempo saímos da fonte, fomos ao templo que ficava ali perto.
Dororo conversou com o Sacerdote sobre esse mapa.
-Então acho que entendi, então esse mapa deve aparecer sempre que seu corpo é aquecido .
- Eu nunca havia tomado um banho quente. Nem imaginava que tinha isso nas costas.
- Entendi, seus pais o fizeram carregar um fardo muito pesado.
- Pouco antes da minha mãe morrer ela me mostrou um um mapa em suas costas e pediu para eu o memorizasse. Ela tinha me dito que a outra metade do mapa estava sempre perto de mim. Que eu entenderia quando conhecesse alguém em que confiasse, mas eu não entendi o que ela quis dizer e eu meio que já havia me esquecido.
-Mas isso é sorte, agora voce6 tem um leque maior de escolhas.
-O quê?
-Digamos que vocês derretem todos os demônios e recuperem o corpo de Hyakkimaru. O que vão fazer depois?
Eu ainda não tinha parado para pensar nisso e talvez Dororo também não.
-Dinheiro é uma coisa importante – continuou o Sacerdote – Se sua barriga é cheia, seu coração é calmo e gentil. Você consegue enxergar em volta. E começa a pensar no futuro. Manter-se leal ao seu ideal quando isso significa viver ou morrer, não é algo que qualquer um consegue fazer. Mesmo que derrotem alguns demônios aqui e ali, isso não mudará o mundo em nada. Mas o que você tem nas coisas Dororo pode motivar pessoas a mudarem o mundo. Pode ser uma fonte de grande poder. Em outras palavras, agora você tem muito mais opções. Pode encontrar o dinheiro e viver com ele tranquilamente ou formar seu próprio domínio. Pode até viajar para alguma terra desconhecida. Tire um tempo para pensar nisso Dororo.
O sacerdote antes de sair falou algo que me deixou pensativo.
-A menos que você queira destruir as terras DO Daigo em troca do seu corpo. Só estou te dizendo.
-O Hyanikin não é assim. – Dororo interveio.
Realmente eu não sou? Eu não sei, quero muito recuperar o que é meu. Não penso no que isso pode acarretar para os moradores daquela terra que sobrevive em cima da minha maldição .
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Hyakkimaru e Dororo.- Narrado por Hyakkimaru.
FanfictionEsta é uma aventura do Anime Dororo narrada pelo próprio Hyakkimaru. O modo simples de se expressar quando ele vivia fechado em seu mundo silencioso, como ele sem saber falar, sem poder ouvir, ou ver conseguia organizar seus pensamentos sobre o qu...