CAPITULO 04

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Gabriella.

Pensei bem e resolvi entrar, já enfrentava esse mostro a 9 anos mrm, não ia dar pra trás agora.

— Eu te odeio Daniel, imagina os amigo do Davi falando pra ele que a mãe tava sendo puxada pelo cabelo no baile, tu é muito vacilão! – Meto logo o Davi no meio pra pesar a mente dele, precisava apelar.

— Tu que é vacilona Gabriella, quer smp ficar me enfrentando e batendo de frente comigo a troco do que? Da vontade de largar você de mão namoral! – Ele diz sem me olhar e eu engoli o seco.

— Meu braço tá roxo! – resmungo.

— Não reclama, to tirando paciência da onde não tenho pra não perder a razão cntg!

— Há se manca Dinho, você fala como se fosse meu pai, nem pareço que sou sua mulher, trata seus amigos melhor que eu, deve tá dando pra eles só pode!

Assim que fechei a boca ele grudou no meu cabelo me fazendo dar um pulo de susto.

— Melhor você se controlar Gabriella, você sabe que no teti a teti comigo você não aguenta! – Ele diz com nossos rostos colados.

Ele abriu a porta saindo do carro e eu sai em seguida. Nem esperei ele e sai entrando, tava faltando cuspir fogo!

Ele subiu então resolvi ir no banheiro do andar de baixo, entrei no chuveiro e chorei, chorei de raiva e desgosto, odiava passar por essas humilhações.

Tirei minha maquiagem toda e subi apenas de toalha, ele tava sentando na cama mexendo no celular e eu nem olhei, peguei minha roupa e comecei a me trocar.

— Tu clonou meu WhatsApp pra se mandar né? – Ele pergunta e eu fiquei quieta — Fala logo, como que tu enviou mensagem pros moleque se passando por mim?

— Fiz o que você acabou de falar! – Falo seca e ele pega meu celular na estante tacando o mesmo no chão.

— Fica sem essa porra agora, já que vale tudo por um baile! – Ele diz saindo e batendo à porta do quarto.

Olhei pro meu celular todo espatifado no chão e grunhi de raiva, que odeio desse filho da puta. Ele vai me pagar isso com juros!

Depois de tanto tempo eu nunca ia aceitar ser passada por baixo, sou mulher de andar lado a lado e não atrás. O mal do bandido é isso aí, achar que só a mãe dele que fez filho malandro!

Dinho.

Isso que era foda, não tinha necessidade de querer bater de frente comigo, não ia custar porra nenhuma andar na linha, mas não.

Gabriella era muito imatura, tinha que viver muito pra aguentar ser mulher de malandro, ainda tinha sorte que eu era apaixonado por ela mas isso não ia durar pra sempre, que relacionamento dura desse jeito? Ninguém aguenta.

To ficando velho já, tenho pique pra ficar no teti a teti com ela que nem antes não. Passou minha fase de ter paciência pra ficar aguentando mulher me fazendo ciúmes, com desconfiança pro meu lado, isso me fazia logo desanimar.

Sai de casa e subi na minha moto indo pra minha outra casa, não ficava tão longe dali, enquanto passava na rua do baile vi Karine e assim que ela me avistou fez um sinal pra mim parar. Encostei no meio fio e ela veio até mim.

— Quer ir lá pra casa?

— Não, to com cabeça pra nada não.

— Só dormir Dinho, não precisamos fazer nada! – Ela diz e percebo algumas pessoas olhando em nossa direção.

— Depois falo com você! – Falo ligando a moto e ralando dali. Zé povinho é mato nessa favela!

Cheguei em casa e subi pro quarto, aqui não era tão aconchegante mas era o suficiente. Ia ter que me controlar muito pra não fazer uma besteira e largar a mão da Gabriella de vez, chega uma hora que cansa, e eu já estou cansando.

Gabriella | Reticências.Onde histórias criam vida. Descubra agora