13. De volta a estaca zero.

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Harry estava sentado no tapete do estúdio, com suas costas escoradas no sofá enquanto Sophie tinha a cabeça deitada nas coxas do rapaz, enquanto uma das mãos dele fazia pequenos carinhos no cabelo da mulher, que tinha seus olhos levemente fechados, quase dormindo.

Ficaram conversando durante mais algum tempo após Harry mostrar a sua música, e de alguma forma, acabaram ali. Quando Soph questionou o rapaz sobre aquilo, a resposta foi que amigos também podiam fazer cafuné um no outro. E realmente podiam.

— Posso perguntar uma coisa? Pode soar um pouco pessoal. — a voz rouca do cantor soou baixinho, e ouviu um murmúrio em resposta. — Por que você fica fazendo cafuné?

Sophie demorou um pouco para entender a pergunta, franzindo o cenho e abrindo os olhos para encarar Harry. O rapaz entendeu seu olhar de confusão com a pergunta que havia sido feita, e umidificou os lábios antes de continuar o seu raciocínio;

— Mais cedo, quando você estava deitada no sofá, você começou a fazer carinho em você mesma... Acho que nem você percebeu. — ele completou, os olhos verdes intensos analisando-a com cuidado.

— Eu não sei... nunca parei para pensar sobre isso. Talvez seja só um mecanismo. — ela murmurou, fechando os olhos novamente enquanto se aninhava no colo de Harry.

Mas no fundo ela sabia muito bem o que era, só não se sentia pronta para conversar sobre. Era um assunto intocado.

Sophie passava tempo demais sozinha durante seu namoro, já que Dylan estava sempre focado no trabalho e não tinha tanto tempo sobrando para abraçar e trocar carinhos singelos. Com o passar do tempo, Sophie inconscientemente começou a fazer cafuné e acariciar a própria bochecha quando se sentia triste ou sozinha, coisa que acontecia quase sempre.

Parecia estranho, mas era até fofo quando visto de longe.

Harry se limitou a assentir, mesmo sabendo que ela não poderia ver. Sabia que havia algo errado porque Sophie falava demais, sempre e sobre qualquer assunto. Ela não deixaria o sono impedir de dar voz aos pensamentos, a não ser que aquele assunto fosse algo delicado demais para conversar sobre.

Mas o rapaz não insistiria, ela falaria sobre quando chegasse a hora e ele continuou ali, fazendo carinho na mulher, até quando Sophie foi levada pelo sono, acordando alguns minutos depois.
Harry assistiu a francesa levantar do seu colo nervosamente, com as bochechas coradas.

— O que houve? — o cantor perguntou, ainda se mantendo na mesma posição ao vê-la se colocar de pé.

— Uh- nada! Vou procurar alguma coisa para comer, você quer? — ela perguntou atrapalhada, pegando o seu notebook em cima do sofá e deixando um beijo nos cabelos de Harry, que sorriu e negou.

— Não, obrigado. Vou terminar mais alguns ajustes na música. — ele respondeu, se sentando no sofá.

Sophie concordou e saiu do estúdio, com os pensamentos ainda fixados em como aquela relação com o rapaz havia evoluído; um mês atrás estava odiando até mesmo estar na presença dele, e agora estava deitada no colo do cantor enquanto recebia o seu primeiro cafuné após algum tempo.

E o sonho que havia tido com ele alguns poucos minutos atrás, fazia questão de estabelecer esses dois extremos.

***

Sophie havia acabado de sair do banho quando seu celular apitou com a notificação de uma mensagem de Bella, fazendo com que seus olhos se arregalassem um pouco.

Uma amiga maravilhosa:

Você deveria descer aqui.Agora.Estamos na sala de jogos.

Behind The Album ||h.sOnde histórias criam vida. Descubra agora