"Se você soubesse o quão rápido vão te esquecer quando você morrer, não estaria deixando de fazer tanta coisa por medo do que vão pensar"
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POV'S S/N
Allison entrou na sala com Luther, todos permaneceram em silêncio, ninguém sabia o que dizer, passaram-se alguns minutos, Allison estava bebendo um pouco de Whisky também, Diego só encarava a lareira, Vanya e Luther ficaram olhando para o nada e eu e Klaus bebendo sem dizer uma palavra sequer.
Ficamos assim por longos minutos, até que Luther levanta do sofá e começa, tomara que ele não fale merda.
-É...eu acho que já dá para começar, a gente vai fazer uma cerimônia em homenagem ao nosso pai, no jardim, ao pôr do sol, para dizer algumas palavras no lugar preferido dele.
-Ele tinha um lugar preferido?- Allison pergunta.
-Tinha, debaixo do carvalho- ele dá um pausa- a gente se sentava ali sempre, vocês não faziam isso?
-Vai ter comes e bebes? Chá? Bolinhos? Sanduíches de pepino que sempre fazem sucesso- fala Klaus com uma garrafa de bebida na mão e um cigarro aceso na outra.
-O que?- ele diz meio indignado- não...e apaga isso, nosso pai não gostava que fumassem aqui- ele fala em um tô autoritário.
-Pera aí, essa saia é minha?- eu pergunto para Klaus, que acabei de notar que havia trocado de roupa.
-Ah...isso aqui? Eu achei no seu quarto, achei um pouquinho ultrapassado mas...é bom que bate um vento, faz parte- ele diz e eu rio.
-Escuta aqui, ainda tem coisas importantes que temos que discutir, tá legal?- diz Luther.
-Tipo o que?- Diego pergunta.
-Tipo a causa da morte...
-Vai começar- Diego diz revirando os olhos.
-Eu não estou entendendo, disseram que ele morreu do coração- diz Vanya.
-É...de acordo com os médicos- responde Luther.
-Eles entendem disso- eu falo.
-Teoricamente- ele diz.
-Teoricamente?- fala Allison
-Eu só acho que no mínimo aconteceu alguma coisa. Da última vez que eu falei com o nosso pai ele tava esquisito.
-Qual é a surpresa?- Klaus fala com bebida na boca, o que fez sua voz ficar engraçada.
-Esquisito como?- eu falo.
-Ele estava nervoso e dizia que não devia confiar em qualquer um- ele me responde e eu dou de ombros.
-Luther- Diego diz se levantando- ele era um velho ranzinza e paranóico que já não estava batendo bem da cabeça.
-Não! Ele sabia que alguma coisa iria acontecer...olha, eu sei que não gosta de fazer isso, mas tem que falar com o nosso pai- se dirige a Klaus.
