Oi, gente. Espero que estejam bem. Começarei a postar essa nova história, que é da Mari. Espero que gostem, um bj. Fiquem bem!!!
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As coisas pareciam mais difíceis essa semana que os dias anteriores. Eu estava muito cansada, muito preocupada com o meu pai. Ele é tão forte, mas também tem tantos problemas de saúde. Não gosto de preocupá-lo, resolvo o que posso e até o impossível para evitar levar aborrecimentos pra ele.
Penso em como seria a nossa vida sem ele. Aliás, nem gostar de cogitar viver sem ele, um homem tão bom e honesto que cuida da gente desde que aquela cobra... é, não tenho estomago para chamar a Ivete de mãe.
Bem, ela nos abandonou. Desde que saiu de casa e não se despediu de nós que nunca recebemos nem sequer uma ligação perguntando se estávamos bem. Acho que a Ivete nunca gostou de nós, os meus irmãos eram bem pequenos e não se lembram dela, mas eu lembro e se fechar os olhos posso ver o seu rosto tão nítido a minha frente.
Tudo era bom, éramos uma família. Mas ela destruiu isso e nem se lembrou dos filhos. Se um casamento acaba cada um tem o dever de seguir a sua vida, mas agora esquecer os filhos, é demais.
Mesmo essa safada tendo feito o que fez, o meu pai nunca falou sobre ela, nem mal. Descobri o que aconteceu porque uma tia cochichava. Não é fácil você descobrir sobre a sua família por outras pessoas. Tudo o que eu queria era a verdade, e assim, as dezoito anos descobri depois de colocar o meu pai contra a parede que a Ivete saiu de casa para morar com outro homem.
Lembro que o meu primeiro pensamento foi nos meus irmãos. Ela nunca veio procurá-los, os limpou da sua vida. Há muito tempo eu deixei de cultivar qualquer sentimento bom por ela, só sentia um vazio e raiva.
Com o tempo as pessoas não perguntavam mais por ela, achei ótimo, cada um tem que cuidar da sua vida.
Saía da farmácia depois de comprar outro remédio para o meu pai, essa semana ele se queixava de dor nas costas. Mas eu sei que se chegou ao ponto de falar é porque já sentia há dias e a dor estava insuportável. As vezes eu acho que o meu pai é o meu terceiro irmão, quando o assunto é cuidar da sua própria saúde. Ele quer cuidar de todos e eu quero cuidar dele, discutimos pela sua teimosia em achar que nós importamos e ele não.
Não é assim, ele é uma parte de nós. O homem que nos amou e criou sozinho, ele foi maravilhoso desde sempre, é um homem que eu admiro tanto, nos carinho e educação, eu quero cuidar dele, mas se tivesse dinheiro poderia fazer mais.
Não reclamo e sei que a situação poderia ser ainda mais difícil, eu trabalho com recepcionista em um hospital particular. O salário não é atraente, mas dá para pagar as contas, agora com o meu pai doente e falando sobre as dores nas costas, pedi que trabalhasse menos, a nossa situação financeira ficará mais apertada, mas ao menos ele descansará.
Chovia um pouco e fechei o meu casaco abraçando o meu corpo.
— Desculpa. — alguém bateu em mim.
Olhei para a pessoa.
— Me poupe.
— Qual é, Mari?
Tentei passar e ele segurou o meu braço.
— Solta o meu braço. — o conheço bem e sei que não largaria. Bati a sacola de remédios no peito dele.

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MARI
Romance*** Se quiser leia o livro Imperfeito Amor para saber mais sobre o início da história da Mari*** Mari foi abandonada quando criança pela mãe. Ela nunca entendeu os motivos não ditos para isso, o sumiço repentino e a ruptura da sua família. Desde que...