Crows • [Haikyuu]

33. Faça-me sorrir

— At...sumu...? — Indaguei ainda sonolenta, não crendo no que meus olhos estavam vendo.

— Sou eu.

— Nem fodendo.

— Wow, é estranho ouvir você usando esse tipo de palavreado.

— O que você... está fazendo aqui? — Perguntei.

— Eu disse que viria caso você sumisse e não respondesse mais minhas mensagens.

— Você atravessou o país pra me ver? Atsumu, como você me achou?

— Comprei uma passagem de avião até Sendai e perguntei para Tobio-kun onde você morava. — Atsumu me respondeu.

Eu andei em sua direção lentamente e encostei minha cabeça em seu peito, envolvendo meus braços pela sua cintura logo em seguida.

— Eu não sei se você é incrível ou idiota. — Falei. — Acho que é as duas coisas.

— Eu sinto muito pelo o que aconteceu com seu pai. Eu acompanhei o noticiário. Queria ter vindo te ver antes, mas presumi que quisesse passar um tempo sozinha. — Ele me abraçou de volta enquanto acariciava minha nuca com sua mão livre. — Mas então você simplesmente sumiu, ignorava todas as minhas mensagens e telefonemas, eu fiquei preocupado.

Sinto meu coração bater um pouco mais forte quando o mesmo disse que se preocupou comigo, acabo por ruborizar levemente, então resolvi afundar meu rosto em sua camiseta.

— Eu não quero nem imaginar quantas notificações suas tem em meu celular.

— Cerca de 400 mensagens e 80 ligações.

— Atsumu, eu te odeio.

— Todo mundo me fala isso. — Ele falou dando um riso nasal. — Vamos, tire esse pijama e vá se trocar. Quero que me mostre a cidade.

— Não sou guia turístico. — Desfiz o abraço e me afastei um pouco dele.

— Eu viajei mais de 800 km de Hyōgo até Sendai apenas para ser maltratado? — Disse ele jogando a cabeça para o lado e pressionando os lábios num beicinho.

— Eu já volto. — Bufei antes de me dirigir para dentro de casa.

〜 ✘ 〜

— Hm, o que é isso?

— Aqui é o Castelo de Aoba, do clã Date. — Iniciei. — Foi construído em 1601 mas foi tomada pela facção imperialista durante a Guerra Boshin em 1870.

— Pra mim, isso parece mais uma praça vazia.

— Tudo o que restou foi apenas uma base de um dos seus pilares. E aquela ali é a estátua de Data Masamune. — Aponto para a estrutura.