Capítulo 11

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Depois do incidente fomos pra casa do Bruno. O Bernardo foi socorrido pelo pessoal da emergência do SAMU e eu optei por não fazer um boletim de ocorrência.
O pessoal da batalha só concordou que o Choice não era mais bem vindo enquanto não parasse com a obsessão comigo.
Caralho, 6 bilhões de pessoas...
Justo eu.
Assim que sentei na cama do Kant eu percebi que ele tava meio esquisito.
- O que foi?
Ele não parava de andar pra lá e pra cá.
- Bruno! - Chamei a atenção dele - O que foi cacete?
- Cecília, eu gosto muito de você! Não sei se você consegue entender isso...
- Eu também gosto - Me aproximei dele mas ele me afastou com as mãos de leve.
Não estava entendendo.
- E é porque eu gosto muito de você que eu não quero mais te ver - Ele disse baixinho, quase inaudível.
- Tá brincando né?!
- Não.
- Bruno, você não vai me falar que é por causa do caralho do João.
- Você já notou que desde que a gente se conhece você foi quase estuprada, assediada e vire e mexe passa por alguma coisa por causa minha ou do Krawk?
- Não tem nada a ver, eu sou mulher! Passo por isso todo dia... E eu tô contigo porque gosto de você, nada vai mudar isso.
- Eu não quero mais, Cecília. Por favor, entenda o meu lado - Ele me olhou sério.
- Vou pedir um Uber e vou embora - Peguei meu celular e chamei o Uber.

×××

Cheguei em casa em prantos.
Não parava de chorar.
Não tive chance de dizer que amava o Bruno. Nem de dizer nada...
- O que aconteceu, Ceci? - Isa perguntou.
- Ele terminou comigo - Sentei no sofá ao lado dela e do Krawk.
- Eu mato ele! - Krawk ia pegando o celular dele.
- Não! - Peguei no braço dele - Ele tem razão... Ele disse que só me causou mal até hoje e talvez seja melhor assim.
- Eu sinto muito, amiga - Isa me abraçou.
Dali em diante eu só lembro de ter chorado.
Muito.
Mesmo.

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