Capítulo 24

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Passamos a noite treinando rimas de brincadeira, ele mandava umas cantadas no meio delas mas foi uma maneira da gente se distrair.
Assim que a mãe dele entrou no quarto, ela desabou e eu sabia exatamente o porque: ela estava vendo o Bruno sorrir de novo.
- Mãe - Ele se levanta da cama - Mãe! Eu tô bem, relaxa.
- Eu fiquei tão preocupada - Ela abraça ele - Nunca mais faça isso, Bruno! - Ela grita com ele - Se fizer de novo eu que vou me matar!
Ele da uma risada de conforto pra ela e continuam abraçados.
- Eu vou comprar uma água - Falo pra eles dois.
- Cecília - A mãe dele pega no meu braço - Obrigada, do fundo do meu coração... Por trazer ele de volta.
- Ele me ajudou tanto - Falo olhando pro Kant - Nada mais justo eu fazer o mesmo por ele.
Ele pegou na minha mão e nos juntou em um abraço em família. Confesso que me senti mais acolhida do que nunca, já que não falava com a minha mãe e meu pai a séculos.

×××

- Ceci? - Kant pergunta, já era mais ou menos umas 23h e ele tava dormindo até um segundo atrás.
- Oi - Falo dando um sorriso e me arrumando na cadeira - quer alguma coisa?
- Pode vir aqui? - Ele pergunta e eu faço que sim com a cabeça levantando e indo sentar na cama com ele.
Na hora que eu sento ele me puxa pro lado dele e eu fico deitada com o peso no corpo dele enquanto ele me abraça.
- Você é esperto - Dou risada e me ajeito - Bem melhor que a cadeira.
- Eu sei que você não ia pedir - Ele diz - Obrigada - Ele passa a mão no meu cabelo - Sei que eu te ajudei uma vez mas o que você fez hoje e ontem...
- Não é pra agradecer. Fiz porque te... - Respiro fundo - Considero muito.
- É - Ele da uma risadinha - Você não me engana - Ele me abraça mais forte - Eu também te amo.
Olho pra ele e o mesmo tá encarando meu rosto.
- Para com isso - falo.
- Só tô te olhando.
Abaixo minha cabeça e abraço ele de novo. Era tão bom estarmos finalmente de bem...

×××

- Hoje é dia de sangue - Falo imitando o Bob - Preparado?
- Sempre - Ele diz rindo e vestindo uma camiseta da anti social - Tô bonito?
- Tá lindo - Falo dando um sorriso - Bruno, antes da gente ir.. - Sento na cama - Queria te falar que não sei o que a gente tá sendo agora.
- Você disse que queria ser minha amiga - Ele deu de ombros - Só que eu não aceitei - Ele se aproxima de mim e me rouba um selinho - Cê tá ligado que eu te amo e você me ama também, não tem porque ficar nessa.
- Tem certeza que quer ficar comigo de novo? - Pergunto enquanto ele pega na minha mão.
- Não - Ele ri - Não quero ficar contigo, quero fazer muito mais que isso.
- Para - Dou risada - Então voltamos?
- Voltamos minha loira - Beija meu pescoço e me abraça de novo.
- Opa, tudo bem? - é a enfermeira - Desculpa atrapalhar. Senhor Bruno, o senhor está de alta - ela respira fundo - Espero não te ver tão cedo aqui, ou melhor, não te ver nunca mais por esse motivo.
- Ele não vai fazer mais isso - Olho pra ele - Pode deixar.
- Isso que é bom, uma mulher pra mandar na situação - a enfermeira diz e tira o acesso do braço dele - Obrigada.
E sai da sala.
- Bom saber que você manda na relação - Ele ri enquanto pegamos nossas coisas.

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