Capítulo 15: Nenhum amor foi perdido nem encontrado

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Aviso Importante:
As atualizações serão feitas uma vez por semana. Ou no caso mais capítulos a cada desafio batido. Desafio é basicamente atingir um número de votos e comentários. Para próxima atualização, podem esperar na terça feira que vem ou atingir 10 votos e 10 comentários!
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Vendo Anne entrar no cômodo, me faço de quem estava falando sozinha, até ela entrar e me olhar com cara de quem tem pena de mim.

— Duas notícias! Primeiro, talvez você vá sofrer um pouco comigo, porque eu estou encarregada de manter você sob controle. Segundo, todos os outros irão para longe fazer tratamentos médicos ou missões... Logo já sabe. — me chacoalhando como se fosse um suco de caixinha, Anne me faz revirar os olhos irritada.

Não é como se eu pudesse fugir daquela casa, não quando ainda tinha algo a fazer, ajudar todos meus irmãos a enfrentarem seus erros e lidar com eles.

— Se todos vão sair em missão, como eu sairei daqui? Você tem ideia que o Ben está com a chave? E se ele terminar o trabalho dele mais cedo? — pergunto a minha irmã que ri alto olhando para os lados.

— Escuta. Eu tenho um plano, mas para isso preciso que você confie em mim...

— Ele me envolve risco de vida? — devolvendo preocupada, recebo um olhar constrangido da criatura.

— Talvez, mas nada na vida é cem por cento seguro! Confia na mãe aqui, ok? Ninguém vai perceber nada. — comentou despreocupada, antes de me olhar de cima a baixo.

Como eu estava com pressa, peguei qualquer roupa na bolsa dada pela minha irmã, que a cada dia comprava mais roupas pra mim, que já não tinha mais espaço nas duas bolsas que guardava embaixo da cama, já indo para uma terceira bolsa inclusive.

— Dá última vez que deixei nas tuas mãos fiquei parecendo aquelas riquinhas metidas! Vai se fuder! Não vou confiar em você! Me arruma um chaveiro enquanto papai e os outros estiverem fora, vou trocar a fechadura dessa porra sozinha!

Me abaixando para pegar minha bolsa, dou de cara com Cinco, que se assustou comigo, mas não fez som nenhum. Merda. Eu tinha que fazer ela sair logo.

— De onde saiu esse jornal? — Anne me questiona fazendo com que eu largue a minha bolsa e olhe para ela culpada.

Puta que pariu! Achei que ele tivesse pego! Abri a boca umas três vezes, antes da minha irmã começar a rir e dizer:

— Relaxa. Eu sei que as vezes é bom parar o tempo, sair, olhar a vizinhança roubar um jornal e fazer parte do mundo. Você durou muito nesse regime. Só se livre depois que fizer as palavras cruzadas, sim?

Concordando rápido, a vejo sorrir antes de começar a falar de um cara que ela conheceu numa balada e tentou ser fofo com ela.

— Tipo, eu gosto de sexo bem sujo, sabe? Ele veio todo romântico e eu tipo: não mesmo. Quase fui embora, mas ele tinha uma língua muito persuasiva, se é que me entende… — me conta sem filtro algum, me deixando completamente desesperada porque tinha um homem escutando tudo aquilo.

— Anne! Pelo amor de Deus! Eu não preciso saber disso! — gritei me colocando de pé para expulsar ela.

— Ai, Cinco! Você é minha irmã gêmea! Deveria me escutar. Ninguém me ouve nessa casa... Que saco. Você nunca me diz do que gosta... É difícil chegar em um assunto em comum. — retrucando chateada, me faz respirar fundo.

Não tem jeito. Ela era a única irmã que me dava alguma atenção. Com isso me sento na cama e cruzo as pernas como fazia quando éramos crianças, para ouvi-la com atenção.

Daddy's Broken Little Girl FIVE RETA FINAL Onde histórias criam vida. Descubra agora