Roseanne Park

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Cidades e ilhas são como pessoas. Você conhece suas vontades, sua cultura, suas cores, suas características, seus climas.

Atlanta me apresentou Jungkook, ele passava a exata essência de todas as vias e quartos, vozes, prazeres e sensações. Não havia Paris, Santorini e nenhum outro lugar que me proporcionasse as melhores coisas que ele e, no entanto ela.

Memphis remetia a Taeyang e Junhoe, sempre me daria as memórias de lar e vida, calmaria.

Agora Santorini trazia a maré amaldiçoada e o mundo dos mortos, e eu me lembraria daqui como o lago dos cisnes, tomada pela fúria, pelos segredos e sensualidade do cisne negro.

Na esplendorosa casa de Seungri, eu descia as escadas, vestindo o meu vestido preto, repleto de pérolas negras e poucas penas em sua barra. Vestia a morte.

Não era rodado, era elegante, fino, sagaz. Era perfeito para o meu objetivo da noite e também para os planos de Seungri de me mostrar como algo extremamente valioso.

Ficamos em quartos separados o dia todo, enquanto eu pensava em tantas coisas e esperava que Sana e Dara estivessem dando conta de Atlanta, minha pessoa favorita, enquanto eu tinha que domar Santorini em uma noite, tocando-a no íntimo.

Algo que Seungri disse no carro, me fez pensar e repensar no que estou fazendo. Ele disse que a morte falsa de Jung foi sua cena para se tornar uma lenda. Ele disse que minha morte falsa também foi minha cena.

Mas, estar aqui e estar do lado dele que é minha cena. E ter ido a Paris com JinHwan, e ter seduzido Sana, ter visto meu pai mais uma vez, ter salvo Jennie, ter conhecido Hanbin e descobrir que Jackson está vivo, isso sim é minha cena.

E hoje a noite é só mais um take, uma filmagem.

Eu queria conseguir Míconos para eles, queria que eles depositassem total confiança e credibilidade em mim, eu sabia que era capaz de muito.

Talvez não entregasse a ilha inteira, mas sempre fui boa em fazer acordos.

Então, me levando até o carro, Seungri colocou uma brilhante pulseira em mim, como se aquilo fosse a cereja do bolo.

-Vou fazer eles gostarem de mim!-afirmei para ele.

-Eles já gostam de você, e os patrocinadores também irão aprovar minha decisão de ter você ao meu lado!-falou, beijando minha mão.

Pelas costas de Seungri, eu havia me comunicado com o braço direito do líder de Míconos. Nosso acordo seria que, no meio da festa, eu deveria ir até o Pathos Club, pois ele já estaria nos esperando aquela altura.

O barco estaria a posto, no meu aguardo, pronto para me levar a minha chave dourada.

Como disse, Santorini era o lago dos cisnes, um grande ato e a festa em uma mansão naquela ilha era uma pesca violenta.

Eu caminhava entre os convidados de acordo com cada nota da música, estava sendo incrível.

Mais uma vez, fui apresentada a conhecidos do Seungri e agi como se aquilo fosse o que eu mais queria. Conversamos sobre eu posar em suas capas de revistas e usar seus relógios de mais de dois milhões de euros. Me queriam em suas passarelas manchadas de tráfico e deslumbrante para os tabletes mais populares da alta costura.

Eram tantas ofertas, tantas parcerias de marcas famosas e conhecidas, se eu puxasse uma linha, todo aquele pano que cobre a sujeira deles, se desmancharia em poucos segundos.

Bebi champanhe, dancei com alguns homens, até um deles me puxar pela cintura.

Ao me virar, dei de cara com o rosto de Jung, que transmitia o charme do filho, mas o olhar de sua ex-esposa.

Soul Criminal III : WHITEOnde histórias criam vida. Descubra agora