A data da viagem tão esperada finalmente havia chegado. Depois da noite do meu baile eu tive que ser totalmente fria e fingir que não me importava com nada do que ele tinha dito e feito.
Até mesmo quando ele fez questão de contar que deu ordens aos próprios seguranças para atirar nos meninos, em pleno café da manhã.
Tive que fingir que não sentia nada, e que saber daquilo, não me afetava. Eu sabia que ele estava me testando em todos os meus limites para ter a certeza de que um dia eu poderia ser exatamente como ele.
Com apenas duas malas em nossa bagagem, nos acomodamos em um de seus jatos particulares. Com cerca de sete seguranças e uma mulher que as vezes era obrigada a virar uma taça de champanhe nas bocas imundas deles, viajamos para Santorini.
A viagem durou horas, e Seungri ficou no celular, fazendo alguns acertos à distância. Ninguém falava nada, era um silêncio irritante e ao mesmo tempo bom.
Até que ele mandou que eu prestasse atenção em suas explicações sobre o que ele costumava fazer na ilha. Falou sobre artefatos valiosos, um tráfico excelente e bem gerenciado por um grande amigo de confiança, um sócio que cuidava de tudo por lá e planejava expandir os negócios até Mícono, outra ilha da Grécia.
O empecilho em seu plano era que Mícono já tinha um mafioso e ele não gostava muito de concorrências em seu território, e certa vez mandou aniquilar a família inteira do próprio amigo, também mafioso, que queria separar os negócios e os territórios.
Ele era um clone do Seungri e por isso ele reconhecia que seria difícil bater de frente com ele, mesmo tendo o dobro de influência no Ocidente.
Eu sabia de tudo, mas deixei que ele falasse, como costumava fazer, somente para ouvir a versão dele, onde o mesmo se auto-destacava sempre que podia.
Chegamos no nosso destino e fomos muito bem recepcionados, com carros magníficos a nossa espera, com bebidas boas e um clima extremamente agradável para uma cena romântica e avassaladora.
Mesmo com o fuso horário nos abalando um pouco, não desviamos nossa rota e fomos diretamente para um café tradicional e privado, pelo menos nas primeiras horas do dia.
Assim que chegamos, nos deparamos com homens de cabelos grisalhos e expressões bem humoradas, saboreando Retsina e pratos caros com frutos do mar e frutas tropicais raramente vistas.
Desfrutavam de um banquete e gargalhavam, até notarem nossa presença e se levantarem na hora, para nos receber.
Um deles, que estava de costas, demorou um pouco para se virar, mas quando o fez, arrancou a cor de meu rosto e o ar de minhas vias respiratórias.
Não pude deixar de ficar surpresa nem por um segundo ao me deparar com aquela face, me olhando com um sorriso e estendendo sua mão para finalmente nos conhecermos.
-Finalmente nos apresentou sua filha, essa deve ser Jennie Kim! É um prazer conhecer uma das herdeiras do Seungri!
Na tentativa de disfarçar meu espanto, ergui a mão para que pudéssemos nos cumprimentar. Delicadamente, como se segurasse uma pétala, ele a virou para poder beijá-la.
-Jennie não pode vir, mas trouxe minha primogênita, minha sucessora, essa é Lalisa Manoban!-ele disse, com uma de suas mãos nas minhas costas, me exibindo como um de seus artefatos.
No mesmo instante, Jung que mal havia encostado seus lábios em minha mão, direcionou seus olhos para mim e voltou a sua postura lentamente.
Agora ele apertava minha mão com uma força considerável, sem soltá-la, mesmo quando os outros fizeram menção de me cumprimentar também.
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Soul Criminal III : WHITE
أدب الهواةAtlanta precisa que uma bandeira branca seja erguida o quanto antes, mas, se depender de Jungkook e Lisa, isso não vai acontecer tão cedo. Dessa vez, lutando de lados opostos, irão descobrir seus verdadeiros sentimentos e segredos que foram guardado...