O barulho irritante de notificação fez o rapaz apertar os olhos e xingar baixo, queria ficar mais cinco minutos dormindo, ainda preso a um bom sonho, mas quando abriu os olhos viu que ainda estava enrolado a mulher que dormia tranquilamente em seus braços.
Tentou se sentar sem acorda-la e por um momento sua cabeça girou, culpa do uísque que Aya havia pedido e que mesmo bebendo poucas doses, foi efetivo em o deixar alegre. Não tinha a mesma resistência a álcool que a mulher.
Wooseok não demorou a sair da cama, deixando o edredom branco e fofinho do hotel de lado para procurar suas roupas, afinal estava nu, o que não era novidade — Se lembrava de cada detalhe da noite anterior, apesar do álcool. — Tudo o que viu foram suas calças e os tons de creme das cortinas do quarto luxuoso.
Os olhos sonolentos passeiam pelo quarto que foi seu teto nos meses de trabalho; o piso de madeira escura contrasta com todo o resto do quarto que estava decorado em cores claras, desde os armários até os desenhos em gesso no teto, cada mísero detalhe extravagante ao qual nunca se acostumaria.
Foi inevitável segurar o sorriso mínimo que tomou seus lábios quanto notou que Aya usava sua camisa e ficava absurdamente larga e bela no corpo pequeno dela, as tranças longas e grossas se espalhavam pelo travesseiro tão escuras quanto a pele da moça, em um belo tom chocolate, e o rosto delicado estava quase todo enterrado no travesseiro, escondendo os lábios redondos e cheios que estavam apertados. Os olhos de ônix se abrem por breves segundos, o encarando com um mínimo sorriso, mas ela resmunga e se vira logo em seguida, voltando a dormir.
O celular volta a apitar, mas Wooseok apenas o ignora, seguindo até o banheiro a passos calmos. Só pôde deixar um suspiro escapar quando se olhou no espelho, teria que esconder aquelas marcas antes do evento depois da cerimônia no parlamento, se a primeira-ministra descobrisse que sua relação com Aya era algo além de profissional, perderia o emprego, afinal, deveria protegê-la com sua vida e não se envolver sexualmente e romanticamente com a única filha dela.
Deveria chama-la de sogra na próxima vez que a visse?
Iria perder o emprego, sem dúvidas sobre isso, mas não negava que havia valido a pena.
Não se arrependia de nada.
Ele havia sido contratado há alguns meses atrás pela própria Effie Kanope, recém eleita primeira-ministra de Segeul e uma das primeiras pessoas a ter certo poder no governo. Quando foi contatado imaginou que seria guarda-costas da própria primeira-ministra, mas se surpreendeu quando foi apresentado à mulher jovem e petulante, poucos meses mais nova. Aya sorriu ladino assim que ele se apresentou, desdenhando da ideia de ter alguém cuidando dela pelo próximo mês. Wooseok também não gostou muito da ideia, que serviços ele poderia prestar a uma jovem que vai ter que passar seus dias na capital enquanto a mãe resolve as coisas?
Tudo ficou claro para o segurança quando foi dispensado depois de sua apresentação e acabou ouvindo as duas conversando.
"Aya, minha filha, eu não quero que discuta comigo, muitos matariam pela informação que está guardada nisso. Não queria te envolver, mas preciso que isso fique com alguém que confio caso as coisas saiam do controle até o dia que vamos assinar o tratado."
Os dois jovens ficaram em choque.
Effie terminou entregando o HD externo para sua filha, como garantia. Se algo acontecesse com a primeira-ministra, a informação que tem não morreria com ela. Foi quando Wooseok percebeu que uma hora Aya realmente correria risco e então parou de questionar a seriedade de seu novo trabalho.
A confirmação veio assim que Effie o chamou, praticamente implorando para que ele ficasse ao lado de sua filha e nas escolhas que ela vai tomar quando a hora chegar. O desespero de uma mãe o fez assentir e dizer que faria de tudo para que Aya fique segura e consiga dar continuidade ao plano, Effie piscou, sabendo que ele havia ouvido sua conversa e completou:
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Basquiat » » Pentagon
Fanfic"Se a rebelião tem uma voz, então a faremos ser ouvida." Segeul havia acabado de se tornar um país independente quando a república que mal havia se consolidado colapsou. Os militares junto de influentes políticos deram um golpe de estado e tomaram o...