EPÍLOGO

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O caminho até o aeroporto foi silencioso

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O caminho até o aeroporto foi silencioso. Eu precisava de tempo para pensar em como mina vida seria depois que eu embarcasse naquele avião. Minha tia parecia saber disso, e eu fiquei agradecida.

Com o check-in feito, nós sentamos para esperar nosso voo ser anunciado, foi então que tia Denise resolveu começar suas perguntas.

- Você está bem? - Aperta minha mão direita com carinho.

- Na medida do possível.

Eu não poderia mentir afirmando estar cem porcento bem. Claro que agora estou Decidida a enfrentar meus problemas me apoiando em Deus e confiando que tudo se resolverá.

Mas não é fácil.
E em momento algum Deus disse que seria.

- Vamos, querida. - Me ajuda a levantar assim que nosso voo é anunciado.

Me levanto e começo a andar em direção a uma nova vida, porém sou surpreendida ao escutar uma voz muito conhecida por mim, essa mesma voz eu não escuto faz tempo.

- Cléo, espera! - O cansaço era perceptível em sua voz. Parecia ter corrido uma maratona para chegar até mim. - Eu preciso falar com você!

Me viro na direção da voz e sinto sua presença. Marina está em minha frente e não sei como reagir. Então, apenas espero para saber o que ela tem a dizer.

- Olha! - Suspira pesadamente. - Eu estou decepcionada por não ter confiado em você no momento em que você mais precisou de apoio. De verdade! Eu fui levada por meus sentimentos, para ser mais específica, o ciúme que senti de você e Sérgio me cegou. Fui uma péssima amiga, sei disso, mas venho implorar pelo seu perdão. Estou muito arrependida, arrependida de verdade! espero que algum dia possamos voltará a ser ser amigas.

Precisei de alguns segundos para processar tudo que acabei de escutar.

- Eu te perdoo! - pronuncio da forma mais verdadeira que pude. Eu realmente a perdoei.

- Você... Você está falando o sério? - Sua voz sai trêmula e desacreditada.

- Sim, estou! - Faço uma pausa enquanto fecho meus olhos e aperto meus lábios um no outro. - Você sabe por que estou viva agora?

Sua resposta não é imediata, provavelmente havia negado com a cabeça se esquecendo de que eu não poderia vê-la. Mas depois de um tempo posso escutar um "não" quase sussurrado por ela.

- Eu estou aqui porque fui perdoada. Eu sei que não merecia, mas Deus me deu uma segunda chance e eu não posso desperdiça-lá guardando rancor. Se eu fui perdoada, por que não posso perdoar também? eu estaria sendo hipócrita. Por isso te perdoo, mas não quer dizer que voltamos a ser amigas. Quando a confiança é quebrada uma vez, é muito difícil de ser restaurada. Eu vou embarcar naquele avião sem rancor no coração e deixarei Deus guiar minha vida. Se ele quiser que nós voltemos a ser amigas algum dia, isso acontecerá. Mas eu vou fazer essa segunda chance valer a pena.

- Lágrimas escorriam por meu rosto, mas eu não me importei. O que importava  é que eu estava sendo sincera.

- Agora eu preciso ir. Espero que você seja feliz, de verdade! - Pronuncio e procuro a mão de Denise. Antes que me afastasse, escuto fungados. Marina se arrependeu de seu atos assim como eu, e também merece uma segunda chance.

- Você é muito especial, Cléo. - Minha tia sussurra em meu ouvido. - Deus vai mudar drasticamente sua vida!

Essa frase não saiu de minha cabeça durante todo o voo.

Deus mudaria minha vida, só que agora para melhor!

Com Muita Dor, CléoOnde histórias criam vida. Descubra agora