Shishio preparou mais alguns sanduíches, comeu um enquanto Umi comia o seu sexto, finalizou e logo sorriu parecendo satisfeita. Ele a olhava intrigado com três coisa ao respeito dela: pelo que podia ter lhe acontecido; Como parecia estar animada mesmo depois do modo como foi encontrada; E como sua beleza era tão acima do normal.
- Umi, posso perguntar algumas coisas sobre seus pais? – perguntou o rapaz com cautela.
- Pode. – respondeu ela passando a fita-lo no aguardo.
- Eles que deixaram você lá onde te encontramos? – optou por ser direto, mas mantendo o tom suave para não assustá-la.
- Não. Eu que fui. – seus olhos passearam pela bancada e logo pararam em uma fruteira no centro do móvel, estava intrigada com aquelas frutas diferentes desde que sentou ali.
- Você foi até lá sozinha? – Shishio franziu a testa com surpresa e confusão. A garota assentiu com a cabeça
Não contendo mais a curiosidade, pegou uma das frutas, era meio pesada e dura, levou até próximo ao nariz e tentou sentir o cheiro dela, mas era um odor incomum. Não que ela conhecesse muitos cheiros de frutas. Shishio ainda estava muito surpreso por descobrir que ela havia ido parar naquele local isolado sozinha, acabou nem notando o que ela fazia até que Umi abriu a boca e deu uma enorme mordida na fruta de cera.
- Não! – ele puxou a fruta da mão dela um pouco tarde demais.
Umi se assustou com o movimento brusco dele, demorando para notar a textura e o sabor em sua boca. Mesmo assim mastigou fazendo uma careta.
- Que fruta é essa? – ela perguntou.
- Ela é de mentira. – Shishio segurou a risada que queria dar pela expressão dela. – É só decoração feita com cera. Cospe, isso não é para comer.
A garota fez como ele disse, não havia gostado nada daquele sabor e da textura esfarelada em sua boca. Cuspiu tudo no prato diante de si e passou a costa da mão sobre os lábios, limpando-os.
- Porque vocês têm frutas que não servem para comer?
- Elas são enfeites. – explicou ele enquanto se dirigiu até a geladeira para pegar uma manga e um suco de uva verde em lata. Voltou até a mesa e abriu a latinha antes de estender para ela. – Aqui, tome isso, é feito de fruta de verdade.
Se fosse antes, Umi olharia desconfiada para ele e o que estava lhe oferecendo, mas agora já se sentia segura com Shishio por perto, com qualquer um dos três na verdade, então pegou o objeto sentindo o metal frio entre os dedos e olhou para o buraco aberto. Shishio se esticou para trás e pegou uma faca no gaveteiro, logo voltando sua atenção para frente, bem a tempo de ver Umi dar o gole no suco.
- Gostou? – perguntou curioso, dividindo brevemente a atenção para a manga em sua mão, começando a cortar a fruta.
- Sim. – Umi sorriu com olhos surpresos – Que fruta é essa?
- É feito de uva. Tem pedaços dentro. – ele sorriu voltando a se concentrar em cortar a manga.
Umi olhou pelo buraquinho da lata de novo, mas não conseguia ver muito, estava escuro lá dentro, então bebeu novamente e dessa vez veio um pedaço de uva na boca. Ela mastigou e sorriu apesar da leve contração de seus olhos pelo azedo que sentia da fruta, o que para ela era apenas um dos motivos para gostar mais daquilo.
- Então... – Shishio decidiu continuar a conversa de antes. – Porque foi sozinha para aquele lugar?
- Que lugar? – ela perguntou distraída, acabando o suco.
- Onde te encontramos. – ele ajeitou o óculos ao voltar o olhar para ela. – Como foi parar lá?
Só nesse momento ele percebeu que não tinha como ela ter ido até aquele local se não tivesse atravessado a nado ou com algum transporte aquático.
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Ningyo Ai
FantasyToki, Gareki e Shishio são melhores amigos, e em uma tarde de passeio eles encontram Umi, uma garota ferida em uma ilha isolada. Levam a garota para casa onde descobrem que ela é uma sereia, com um proposito em terra: encontrar o verdadeiro amor. En...