O Recomeço.

5- Calma.

PV Arizona Robbins

Prestava total atenção em cada palavra que a latina dizia, quando ela terminou passei uns segundos para poder processar que não era uma brincadeira de mau gosto, precisava encontrar um sinal que era tudo verdade, que o que eu passei anos querendo escutar finalmente tinha saído da boca dela. E quando a ficha caiu, quando percebi que não era brincadeira e que ela estava sendo totalmente sincera eu não tive reação a não ser chorar, coloquei para fora tudo que eu me negava a colocar para fora nesse tempo separadas.

Ela me perdoou.

Ela me pediu perdão.

Ela me ama.

Ela vai lutar por nós.

Quando senti seus braços ao meu redor me senti em casa, senti que podia desmoronar ali mesmo, e que ela estaria pronta para me erguer. Depois de muito tempo chorando eu fui me afastando aos poucos, era minha vez de falar. Quando finalmente encaro seus olhos, e vejo ela tentar limpar suas lágrimas, o que foi totalmente em vão, sorriu e lhe beijou a ponta do nariz vermelho pelo choro.

-Eu... Nossa, isso foi muito intenso- digo e pego suas duas mãos levando para meu colo- Você não faz ideia de como é bom finalmente ouvir isso, esperei por tanto tempo que pensei não ser mais possível, eu estava perdendo as esperanças. Calliope, oh minha Calliope, sim, minha, você sempre foi minha em meu coração assim como sempre fui sua. Fico tão, mas tão aliviada que você me perdoou pelos meus erros do passado, quero deixar claro que isso nunca mais vai acontecer, eu fui... eu fui infeliz muitas vezes, tanto em atitudes como em palavras. Eu... Eu te amo, nunca deixei de amar, eu só fiz o que você pediu, eu parei de tentar consertar... Deixei você livre, livre de mim, te deixei livre para ser feliz, então deixei você ir e te amei em silêncio por todo esse tempo, sonhando com o dia que você voltasse a me amar. Eu te perdoou. Te amo.- Digo e sinto lágrimas rolarem pelo meu rosto mais uma vez, e vejo que pelo dela também. -Vamos ficar desidratadas de tanto chorar- Brinco

-Eu fui uma tola, minha felicidade é ao seu lado, sempre foi e sempre vai ser. Estávamos passando por dificuldades no casamento, mas que casamento não passa? Eu fui fraca, fugi, desisti da minha família, fui egoísta, mas eu prometo que nunca mais vou te deixar, nunca vou desistir de nossa família, porque eu te amo mais que tudo Arizona. Me dá mais uma chance de fazer dá certo, eu só preciso de mais uma chance para fazer você feliz outra vez. Me deixa mostrar todos os dias da minha vida o meu amor. Por favor Arizona. Me dá uma chance.- Começa a falar desesperada.

-Ei. Ei. Calma, nós duas erramos, e nós duas vamos fazer isso da certo ok? Também quero uma nova chance para te mostrar que posso ser fiel, que posso fazer você muito feliz. Eu te amo! Vamos fazer isso da certo ok?-

Ela somente assentiu, e aproxima seu rosto até nossa testas estarem coladas, sem desconectar nossos olhos. Suas duas mão vão para meu rosto delicadamente, vejo seu olhar desceu para minha boca fazendo assim eu olhar para sua. Voltamos a nos olha outra vez, ela finalmente acaba com a distância de nossas bocas. No começo é apenas um roçar de lábios, mas logo sinto a ponta da sua língua circulando meu lábio, abro a boca para acomodar e lhe chupe a língua, escuto um gemido da latina, e logo o beijo é transformado em pura necessidade, necessidade de sentir que éramos uma da outra verdadeiramente, durante o beijo sinto um gosto salgado e só assim percebo que voltamos a derramar lágrimas, mesmo assim só paramos o beijo quando o ar se faz necessário, lhe puxou o lábio inferior finalizando o beijo com vários selinhos.

-Estava com tanta saudade de você, de sua boca, seus olhos que são os meus oceanos particulares, seu sorriso super mágico. De tudo. Meu Deus- Me abraça rindo -Seu perfume continua sendo o mesmo- Cheira meu pescoço me fazem arrepiar e soltar um suspiro.

-Eu também estava com saudade de você. De toda você, cada pedacinho.- Lhe dou outro selinho e vejo a mesma sorrir.

-Temos que falar a Sofia, ela vai ficar louca quando souber que vamos morar juntas outra vez, que somos novamente uma família.- Ela falava toda animada

-Callie, não vamos voltar a morar juntas.- Ela me encara na hora e seu semblante muda -Não agora- Completo

-Como assim? A gente não vai voltar? Não já nos perdoamos? O que vamos esperar?- Pergunta agora andando de um lado para o outro com uma mão na nuca e a outra na cintura -A gente se ama Arizona, porque adiar o inevitável?- Pergunta agora parada na minha frente.

-Calliope, não podemos simplesmente voltar como se nada tivesse acontecido. A gente se ama, mas tenho certeza que não foi só no físico que mudamos. Vamos com calma- Digo colocando a prótese e ficando em pé de frente a ela pegando suas mãos e colocando na minha cintura, e em seguida as minhas rodeiam seu pescoço -Te amo muito, temos que ir devagar para que isso dê certo. Não aguentaria te perder outra vez.-

-Você nunca me perdeu. Pelo menos não meu coração!- Diz emburrada

-Não faz essa carinha! Só quero que tudo dê certo- Digo lhe dando um sorriso de covinhas

-Eu também, mas quero isso com você morando comigo! Por favorzinho- Começa a beijar meus pescoço até chegar na boca e me dar vários selinhos, fazendo meu sorriso aumentar

-Quem sabe um dia meu amor- enfatizou o meu amor.

-Que saudades de ouvir isso!- Já não tinha mais sinal de emburramento

-Ouvir o que?- Dou uma de doida

-O que você me chamou-

-E eu te chamei de que?- Ela revira os olhos e eu dou uma gargalhada

-Te amo meu amor- Diz e me beijar lento, sentia minha pernas se transformarem em gelatina a cada movimento que sua língua fazia dentro da minha boca, poderia ter um orgasmo só com esse beijo. -Vamos subir?- Ela pergunta no meio do beijo.

-Não acho que seja uma boa ideia, você não pagou nem um lanche ao menos- Falo sorrindo e volto a me sentar e tirar a prótese -A proposta é tentadora acredite, só que minha perna ainda tá doendo muito. E quando a gente for fazer amor, só quero gemer de prazer- Lançou uma piscadela para ela.

-Ok! ok! não vou insistir pois estou vendo como sua perna está. Vou pegar gelo para colocar em cima, e sorvete para assistirmos um filme. Pode ser?- Pergunta se abaixando e me dando um selinho, eu só concordo com a cabeça e lhe dou outro selinho.