Seria Digno

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Ela nada disse, apesar de quere-lo responder, debater sobre sua partida, saber o motivo de tê-la deixado, de tê-la tratado tão mal a alguns dias atrás e também de repentinamente desejar reconquista-la. Por que tudo tinha que ser assim, dessa forma tão complicada e difícil? Não acreditava em destino e muito menos em superstições mas se havia alguém com força divina acima de si, ele a odiava com todas as forças. A máscara frente a sua face fora puxada pela outra mão enquanto evitava olha-lo nos olhos, estava acuada e temia vê-lo ali, tão perto implorando para que ficasse, não desejava ouvir aquelas palavras naquele instante, afinal, recairia aos sentimentos confusos que ainda nutria por Madara.

ㅡ Madara, as coisas não funcionam da forma que pensa. Nem todos que estão ao seu redor irão abandonar suas vidas ou desistir de tudo por você. ㅡ Suspirou fechando os olhos que começavam a arderem em lágrimas, com cuidado puxou seu pulso do aperto frouxo do Uchiha e o encarou com o poquinho de coragem que ainda mantinha seu corpo ali, frente ao dele, tão próximo. ㅡ Tu és o pai dos meus filhos mas não é porque tem o seu sangue nas veias deles que eu irei ceder tão facilmente, conseguiu até então o que tanto desejava; retornar, conhecer as crianças e afastar Itachi, o que mais deseja? Que eu ignore tudo o que aconteceu antes mesmo de me tornar sugar baby? Do relacionamento que tivemos durante meu trabalho? Da sua partida a cinco anos atrás sem sequer uma despedida ou uma explicação?
ㅡ Sakura...
ㅡ Madara, apenas tenha em mente que sua obrigação está sendo feita, leve as criança, preciso descansar. ㅡ Deu as costas ao moreno e caminhou retirando a fantasia improvisada do corpo e deixando sobre o sofá.

A mão direita repousou sobre o rosto e respirando fundo apenas sentiu-se pesar e a vista escurecer, seu frágil e magro corpo caiu, e caso o homem ainda não estivesse logo atrás de si teria ido com tudo ao chão. Sua cabeça latejava e o estresse exaustivo que vinha reprimindo estava começando afeta-la, as noites mal dormidas e as horas de alimentação perdidas indicavam seu recente estado de anemia. Aos poucos estava corroendo-se por dentro, estava afundando em seus próprios devaneios e lembranças, martirizando os anos que a deixaram tão amarga com a vida e acima de tudo, tão indiferente em questões relacionadas a sentimentos.
Itachi fora um homem maravilhoso ao qual aos poucos tomou um pequeno espaço em seu frágil coração ao qual ajudou com o tempo juntar os pequenos cacos espalhados por sua alma, no entanto, como sabemos que o que é bom dura pouco; essa felicidade que vinha tendo por anos acabou-se em um piscar de olhos.

ㅡ Mamãe, acorde!

O desespero e choro na voz da pequena criança ressoava por sua mente, conhecia a angústia naquela voz fina, lembrava-se vagamente da sensação de desamparo, da dor e angústia. Sabia que mesmo gritando ninguém iria olha-la e ajuda-la, sabia que; apesar de tudo, ela estava sendo ignorada.


Em um movimento brusco o corpo involuntariamente se pôs sentado, a cama era desconfortável e o ambiente claro e frio demais, o som do aparelho cardíaco resoava seu 'beep' pelo quarto do hospital. Com a mão sobre as pernas e os olhos pouco acostumados pela claridade, acalmou o corpo respirando profundamente e com o restante da sensatez que lhe restava tentou recordar do que haverá acontecido antes que apagasse por completo. A voz de seu filho veio em mente, onde eles estavam? O que havia acontecido? Por que estava em um hospital? Eles estavam bem? Estão com Ino?
Com o desespero o barulho do aparelho aumentava drasticamente causando dores de cabeça mais agudas do que as que lhe era causada pela claridade do ambiente hospitalar, com cuidado retirou a fita de seu braço juntamente com a agulha de soro que lhe era injetada na veia. Suspirou profundamente e retirou os fios por sobre seu peito e de seguida olhou ao seu redor ignorando o longo 'beep' que ecoava pelo cômodo.

ㅡ Sakura, o que está fazendo? ㅡ A voz masculina ressoou por seus ouvidos, os acontecimentos vieram em sua mente como flash claros e dolorosos, em questão de poucos segundos lembrou-se de tudo em máximos detalhes. ㅡ Chamarei uma enfermeira, espere!

O bater da porta na batente fora alto assim também como as batidas de seu coração, estava com medo de que Madara decidisse questiona-la ali mesmo, sobre uma cama hoapitalar o que desejava saber sobre o passado e caso o fizesse questionaria.
As mãos pálidas tocaram a face e esfregaram os olhos na tentativa de se acostumar melhor com o local, suspirou profundamente enquanto organizava sua mente. Questinava-se se valeria a pena dar-lhe a Madara uma nova chance, ele seria digno de ter novamente o que deixou escapar por entre seus dedos? Ele estava de fato diferente de anos atrás? Não obtinha respostas para suas perguntas, no entanto estava mais que disposta a busca-las. Correria atrás dos anos que perdeu sem saber absolutamente nada sobre o Uchiha, questionaria-o até mesmo onde dormiu, quantas horas dormiu e se pensou nela. Talvez devesse ter ficado louca, e caso tenha verdadeiramente pirado, que a internem mas antes precisaria de suas respostas.


ㅡ : X : ㅡ


Olá amores, sei que ando sumida mas ando com problemas e mais problemas, além disso a criatividade têm faltado ultimamente e está sendo um martírio conseguir algo bom, então como já avisado nas minhas mensagens de perfil, ficarei meio off.
Desculpem o atraso do capítulo, não me batam!
:'3

Sugar Daddy - ɴᴀ̃ᴏ ʀᴇᴠɪsᴀᴅᴏOnde histórias criam vida. Descubra agora